Blue house

1.3K 255 46
                                    

Utilidade pública, não vá onde a escuridão é mais densa. Será o primeiro lugar em que te encontrarão.

Eu sei, é sensacional sentir aquelas borboletas na barriga, um formigamento indecifrável, o gosto do prazer, a sensação do proibido, não te culpo. Fazia a mesma coisa se não soubesse que estava já totalmente fodido.

- Porque você tem as chaves dali?- Taehyung me pergunta, mas meu único questionamento é, como?

- Como isso tá aberto?- meus olhos não desgrudaram sequer um segundo do porão.

- Você deve ter aberto ué.- ele não entendia a gravidade da situação.

- Taehyung... E-eu não abri nada.- Dei passos para trás, e se eu queria passar a sensação de que estava louco, tinha conseguido, pois o maior me olhava cabreiro.- Cheguei da escola não tem nem uma hora, e as chaves estavam no meu bolso desde ontem.

- Você não acha que tem mesmo um Fantasma aqui, acha?- É claro que eu acho!

- Não Taehyung, é apenas o Michael Jackson brincando com a minha cara- minha vontade era de acertar uma marreta na cabeça desse cara, e pra piorar, ele riu mesmo daquilo

- Você é hilário.- Seu sorriso se tornou cafajeste e me laçou com a mão no final de minha espinha, fiquei surpreso perguntando o que ele pretendia fazer, seu olhar se fechou enquanto suspirava parecendo se controlar- me deixa excitado.- E de novo lá estava, a voz tentadora e grossa, baixa. Com o corpo grudado ao meu com sua costa um pouco curvada para ficar diante de meu rosto. Os olhos quase pretos virados para mim me apertando sem piedade.

Eu precisava de foco, por mais que os lábios famintos de Taehyung me chamassem, teria que resistir.

- Taehyung... Agora não.- meu suspiro era pesado, era tentador fechar meus olhos e apenas apreciar a sensação, e tudo piorou quando as mãos do maior desceram minha curva enchendo elas com a carne de minha bunda, foi quando minha boca abriu em um som mundo, ok foco.- Não Taehyung.

- certo, certo- levantou as mãos em rendição- o gato primeiro.

Confirmei sentindo meu ventre arder, ele também parecia inquieto já que ajeitou sua camisa cobrindo seu suposto volume, limpei a garganta naquela situação constrangedora.

- Vamos.- cautelosamente fomos até mais perto do bendito cujo, e eu havia esquecido, a luz se ligava apenas por dentro, no meio do lugar.

- Eu é que não desço ai- ouço Taehyung dizer, rolei meus olhos olhando o magnífico ativo top.

- Quem é que tá com medo agora?- uma pergunta não retórica, antes de descer com tudo de olhos fechados tateando o teto com toda a rapidez que eu pude até achar o interruptor e acender, logo subindo quase caindo no chão, com a respiração descompensada. Não tinha nada, absolutamente nada, e quando digo isso, também falo que as prateleiras não existiam mais ali- o que?

- Oque foi agora?

- Cadê?- fiz um círculo com a mão querendo que Taehyung adivinhasse o que eu queria dizer. - Tudo. Cadê tudo?

- Tudo oque? - maneirou a cabeça para o lado

- As prateleiras, as caixas....- eu não entendia, olhei para o meu braço que tinha sido arranhado quando cai de uma delas, e não tinha sequer um risco.

- Nunca teve nada aí Jimin- o maior franziu o cenho. Isso é impossível.

- Não, não pode ser eu- fiquei calado por segundos, raciocinando- eu vim aqui com o Jin, uma vez, e tinha coisas aqui.

- Jimin eu acho que você... Não tá muito bem.- segurou meus ombros querendo me acalmar, me afastei irritado, exaltado.

- Eu sei o que eu vi! E o Jin pode comprovar isso.

- O Jin.- O acizentado levantou uma sobrancelha- o nosso vizinho que acha que o marido morto, tá vivo?

Pensando por esse lado ele tinha razão, ninguém acreditaria em mim, minha cabeça estava uma confusão, e eu nem sabia mais o que pensar, me sentia sem chão, mas parei em um ponto quando eu lembrei que podia comprovar com uma coisa.

- A caixa.- voltei a correr, para dentro da casa, sua os degraus pulando de dois em dois, indo diretamente para o meu quarto, a procurei em cima do meu armário, debaixo da cama, no guarda roupa, no cesto, tinha sumido- Não.

Puxei alguns fios do meu cabelo, e pude ouvir, um miado baixo, virei de costas devagar, e vi pingo na minha cama, soltei o ar pela boca, e ainda mantendo ela entreaberta, cheguei perto, querendo saber se aquilo era real, e era, o bichano veio até mim, dando carinho a si mesmo se esfregando em minha mão que estava em cima da cama, eu não sabia mesmo o que estava acontecendo.

Mas eu tinha a noção, estou enlouquecendo na casa azul.

Pompeii Onde histórias criam vida. Descubra agora