lightning and thunder

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Estava frio

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Estava frio.

Particularmente esses dias de chuva e um céu nublado me deixavam com sono, por isso que ao acordar, o mundo estava se acabando entre águas e trovões fortes, já era de noite e meu quarto está bastante escuro.

Não comi nada desde que cheguei, por isso ouvir meu estômago roncando não foi nenhuma surpresa, me levanto lentamente de minha cama, encostando meus pés no chão senti a corrente elétrica, a casa estava um gelo, me abracei procurando pelo escuro o interruptor do quarto, calcei minhas pantufas e fui tatuando a parede com minhas mãos até achar o que procurava e ligar a luz do quarto, era franca, e piscava bastante, mas eu conseguia ver pouca coisa mesmo assim.

Pingo se desapegou de minha cama indo para a janela e se deitando por lá, admirando a ventania que balançava as enormes árvores arrancando suas folhas verdes espalhando pelo chão da floresta, e os raios colorindo o céu preto, o som era alto me deixando com medo, peguei meu maior casaco colocando meu capuz escondendo meus cabelos azuis escuros, abro a porta colocando apenas minha cabeça para fora, a procura dos meus pais.

Mas tudo que ouço é a chuva forte e impiedosa batendo no teto, os trovões deixavam a casa clara por segundos até voltar a ficar sombria, me assusto com pingo passando entre meus pés, saindo do quarto parando no começo da escada, ele me encara e mia, como um convite para o seguir.

Com sua elegância e seu rabo balançando em uma velocidade lenta, ele desce os degraus, eu o acompanho. Olhando a porta do quarto dos meus pais fechada, provavelmente estariam dormindo pela hora em que acordei, obviamente seria uma grande luta para voltar a dormir, mas nem pensei nisso e desci as escadas deslizando minha mão pela barra de madeira, estranhamente estava limpa e nada empoeirada, talvez minha mãe tivesse a limpado.

Fui até a cozinha ligando o máximo de luzes que eu encontrava pelo caminho, rodei a mesa indo até a geladeira procurando algo a comer, e não havia nada a não ser por um prato que minha mãe deixou para mim, ela sabia que não acordaria para comer com eles pois era sempre um ar morto, por isso peguei e esquentei.

Comi em silêncio, ouvindo meus próprios pensamentos com pingo enrolado na minha perna, me fez pensar que deveria colocar comida para ele, e foi o que eu fiz ao terminar de comer, enchi uma pequena vasilha com ração para gatos e outra com bastante água, levaria até meu quarto já que ele estava sempre ao meu alcance, mas algo prendeu a minha atenção.

Ainda não tinha explorado a casa por completo, por isso fui a sala, onde ouvi um batido estranho, deixei as vasilhas no último degrau da escada deixando o bichano comer em paz enquanto fui diagnosticar o problema.

O lugar em si era grande, o sofá estava no canto já que ainda não ajeitaram por aqui, assim como a televisão jogada por aí, o tapete já estava no centro dando um aspecto de uma família feliz que reúne amigos aos domingos e comem juntos, não era bem assim. Aquela casa  dava medo.

Ouvi novamente o barulho, e meus olhos bateram no momento certo no lugar, na janela no meio da parede, onde dava para o telhado que ficava em cima do porão, a princípio pensei que era culpa dos vizinhos este barulho infernal, então fui no tédio para perto da janela procurando do lado direito alguma coisa e quando olhei para o lado esquerdo abri minha boca e um grito mudo, e meus olhos se abriram mais ainda, meu corpo ficou  trêmulo por breves instantes e dei um solavanco para trás.

Havia uma pessoa ali e ela me olhava, o raio deixou tudo mais inacreditável e pude ver o seu rosto com clareza, o estranho acenava para mim com a feição despreocupada, minha primeira reação seria sair correndo e chamar o meu pai, ou talvez a polícia, mas até que eles chegassem aqui, todos da casa já teriam morrido.

Mas o tal sujeito sílaba a palavra desculpas, e eu estampei em meu rosto o ponto de interrogação, não entendendo o que diabos  estava acontecendo, me aproximei da janela que abria para cima, e a abri sentindo o vento na minha cara com brutalidade, meus olhos se apertaram por conta da pouca água que teimava em cair neles, dificultando minha visão , outro raio caiu me assustando novamente.

— Jesus!—  disse, olhando brevemente a floresta e depois encarando a tal pessoa totalmente fora de si por está ali

— Na verdade, meu nome é Jin.— Deu seu sorriso, parecia simpático mas não lúcido

— Você é algum fantasma suponho.— tive que falar um pouco alto já que a chuva não permitia que ele ouvisse o o que tinha a dizer

— Fantasma? Não, não— sorriu novamente— Sou seu vizinho do porão— apontou para baixo— estou aqui porque a televisão parou de funcionar, e a minha antena é colada nisso— olhei para onde ele encarava, e realmente sua antena ficava na parede ao lado da janela.

— Olha, não quero parecer grosso. Mas você já pensou na possibilidade de ser por conta da chuva?— Perguntei como se fosse mais do que óbvio, ele estava se molhando todo e tinha o risco de escorregar do telhado, quem em sã consciência faria esse tipo de coisa, com a possibilidade de pegar o raio no meio da cabeça?

— Acho que tem razão, bem que Namjoon me avisou— bateu em sua própria testa, o olhei como se fosse louco— bom, então tá.— ele andou para o final das telhas e pulou, a princípio eu pensei que ele tivesse caído e me desesperei, mas o vi se levantar e ele caiu no muro de cimento que ficava ao lado, me olhou sorrindo e disse— Venha nós visitar qualquer dia vizinho, adoraríamos conhecê-lo— e se foi descendo para o porão.

Pisquei mais algumas vezes antes de fechar a janela, meu rosto estava molhado e meu capuz havia caído para trás.

— Pode ter certeza que eu não vou.— Rolei meus olhos, era confirmado de que nunca teria vizinhos normais na minha vida, mas se fosse para ficar louco nesse ponto, eu preferiria os gritos do meu antigo prédio.

Andei para longe da janela passando pela sala novamente e indo pegar as vasilhas, vi que pingo já havia bebido metade da água e suspirei, voltei para a cozinha para encher de novo, liguei a torneira esperando completar olhando a tempestade lá fora pela janela pequena em minha frente com minha cara de tédio.

Olhei com atenção para tudo, a terra devia está uma loucura de molhada, deixando tudo em forma de lama, e os rastros do carro foram apagados totalmente, prestei atenção nas árvores, principalmente as que ficavam perto da casa, e como se já não bastasse, percebi que tinha uma pessoa em delas, não era possível ver seu rosto, mas eu conseguia ver silhueta do seu corpo, encostada na árvore com uma perna apoiada atrás enquanto seus braços estavam cruzados, parecia olhar onde exatamente eu estava e isso subiu os pelos de minha nuca.

Seria o louco do Jin novamente? Eu não conseguia dizer, mas o estranho me deixava com calafrios, porém ele sumiu no momento em que o trovão se chocou contra a árvore me abaixei por impulso, e quando voltei a olhar ele desapareceu na escuridão, não era possível que aquilo seria uma pessoa, já teria morrido se fosse.

E com uma grande dúvida na mente eu saí dali, subindo as escadas com cuidado para não derramar a água que havia enchido demais por não prestar atenção, mas antes de subir derramei um pouco na pia para não transbordar, feito isso entrei para o meu quarto, e pingo já estava por lá.

Me pergunto se ele viu o que eu vi, já que minha janela dava o lugar exato onde eu olhei aquilo, tentei acalmar meu coração, e sem muita coisa para fazer, passei o resto dos minutos no celular, olhando fotos antigas já que estava sem internet para comunicação.

Deslizando para o lado acabei encontrando uma foto com meu ex melhor amigo, falo isso pois nossa amizade acabou quando me mudei, ele queria me esquecer e arrumar pessoas novas, Yoongi era alguém problemático e que nunca foi pela razão, então fiquei absorvendo que amizades são passageiras, a maioria delas.

Respirei fundo e soltei o ar pela boca, em meus plenos 17 anos havia coisas para me preocupar, e sinceramente a morte tiraria 99% das minhas preocupações, mas não sou de fugir, e sim de enfrentar, acho que já percebeu isso.

Pompeii Where stories live. Discover now