A primeira vez a gente nunca esquece

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Nunca havia contado aquela história a ninguém, não com aquela riqueza de detalhes, mas Aliyah precisava saber que eu tinha meus demônios e que eles me assombravam.

Entretanto, o fato de não contar a história com frequência, não queria dizer que eu não lembrasse daquele acidente todos os dias da minha vida e que terríveis pesadelos não me assolavam todas as noites.

Depois de tomar café, enquanto Aliyah falava e falava ao telefone, às vezes em português, às vezes em árabe e até francês, comecei a trabalhar na estratégia que ela queria apresentar ao conselho. Foram horas em silêncio, cada um em um canto do sofá, concentrados.

Percebi que a gente transbordava um ao outro ao notar o respeito do espaço individual que havia ali. Estávamos juntos, no mesmo sofá, mas fazendo coisas alheias sem que isso nos tornasse distantes. Exemplo disso era que os pés dela repousavam em meu colo enquanto eu massageava seus dedos, mesmo estando concentrado no trabalho em pleno domingo. Algo me dizia que nossa parceria daria muito certo.

Quando terminei, mostrei a ela.

_ Nossa! Está perfeito.

_ Não está pronto ainda.

_ Vai melhorar?

_ Sim. Amanhã, Duda edita tudo e passa para o programa de apresentações que for compatível.

_ Maravilha! Aprovadíssimo!

_ Em que mais posso ser útil, Senhora?

_ Realizar uma fantasia minha!

_ Hummm, gostei...

_ Vem comigo!

Segui Aliyah pela casa, curioso.

Ela entrou no quarto e pegou sua bolsa, tirando um objeto de dentro. Era um brinquedo, um vibrador revestido de silicone, daqueles que estimulam o clitóris, mais precisamente.

Eu podia sentir minhas pupilas dilatando e tive uma ereção de doer.

_ Quero que use isso!

_ Em quem?

Ela riu, provavelmente de meus olhos arregalados.

_ Em mim! Quero ser penetrada pelos dois. Você escolhe onde põe o seu!

Disse lambendo o brinquedo, enfiando ele inteiro na boca e tirando.

Aquilo me fez tremer de desejo.

_ Caralho! Você é muito foda, mesmo!

Aliyah levantou a camiseta branca, revelando que esteve sem nada por baixo durante todo esse tempo.

Ela então se deitou de pernas abertas e começou a deslizar o brinquedo já ligado pelo corpo voluptuoso, passando pelos seios com os mamilos já endurecidos, até chegar em seu sexo.

_ Onde vai esse aqui?- perguntou com sua voz de veludo que me deixava louco.

Eu estava sedento, lambendo os lábios, com a respiração ofegante e meu pau latejava de tão duro.

_ É uma tentação, mas eu preciso te confessar uma coisa antes.

_ Qualquer coisa!- disse pincelando sua buceta com o brinquedo, me seduzindo.

_ Eu adoraria colocar o meu pau aí atrás, mas eu nunca fiz isso antes.

Foi uma surpresa até pra mim dizer aquilo em voz alta. Eu nunca tinha feito e a idéia de machucar Aliyah era dolorosa.

_ Oh... mas você tem vontade?- me perguntou surpresa.

_ Muita vontade, mas não sei o que fazer...

_ Vem. Deixa acontecer!

Ao Seu DisporOnde histórias criam vida. Descubra agora