Ela é a décima mulher mais rica do mundo

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Viviane acabava de sair do banho e vinha em minha direção, desfilando pelo quarto, sem roupa. Nem bem se pôs em cima de mim, me oferecendo os lábios e meu telefone tocou. Era Arnaldo, meu chefe e CEO da companhia pra a qual eu trabalhava.  Beijei-a rapidamente e peguei o telefone pra atender. Foi o mesmo que pôr a mão em um vespeiro.

_ Eu não acredito que você vai atender esse telefone?- perguntou com  as mãos na cintura.

_ É o meu chefe!- respondi como se fosse óbvio.

_ Pois então, transe com ele! Tchau!- disse jogando a toalha na minha cara e começou a se vestir.

_ Espera um segundo, Vivi! É uma ligação importante!

_ A cirurgia que eu deixei de acompanhar pra estar aqui também era!- disse já pegando sua bolsa.- Faz assim: fala com seu chefinho que eu vou pro hospital! Minha carreira não vai me rejeitar.

E saiu pisando alto. 

Deixei pra pensar nesse problema depois e atendi ao telefone.

_ Arnaldo?

_ Gael, a chance das nossas vidas acabou de chegar por email! Fomos convidados a disputar uma concorrência na ASLO mineradora! Não é o máximo?

_ Mineradora? A gente não assegura nenhuma mineradora.

_ Até esse momento, meu caro. Se prepare para desenvolver um plano de cobertura exclusivo para conquistar Aldo Santisteban e companhia! Você tem três semanas!

Era um prazo absurdo, mas também era um desafio e tanto. E ser desafiado me motivava de um jeito que me causava ereções!

_ É um prazo bem apertado, mas ok. Vamos lá. Vou começar a pesquisa agora mesmo e amanhã já terei um esboço pra te apresentar!

_ Ótimo! Aguardo você! 

E Viviane ficou pra depois outra vez. Eu queria muito transar com ela, eu gostava dela, mas virar a noite trabalhando em um projeto totalmente novo, era bom demais, eu não podia me controlar! Por outro lado, ela também estava bastante ocupada com a residência e aquela noite seria uma espécie de prêmio de consolação pelo tempo que passamos sem nos ver nos últimos dias. Ela usou a mim e a situação de bode expiatório, pois estava louca pra acompanhar a tal cirurgia e eu não me deixei atingir por isso, pois queria começar a trabalhar imediatamente na proposta. 

Nosso relacionamento não era tradicional, a gente se via quando podia, transava quando queria e não havia cobranças. Eu odiava cobranças e ela aceitava tudo numa boa. A gente se curtia bastante, não costumava interferir na carreira um do outro- aquela tinha sido a primeira vez e confesso que me causou certa estranheza- e essa era nossa zona de conforto.

Dias depois nos reencontramos, na minha casa mesmo, para um jantar de reconciliação.

_ Exagerei um pouquinho aquele dia, não acha?

_ Confesso que estranhei. Você é tão tranquila quanto a isso. E eu também poderia ter falado com Arnaldo depois, então, por favor, me desculpa.

_ Está desculpado.- disse afagando minha mão sobre a mesa. Vivi deu um gole no Pinot Noir e me olhou sorrindo sem jeito- Sabe Gael, eu nunca tive esse tipo de relação e confesso que pensei que daria conta...

_ Daria conta do que exatamente?

_ Dessa coisa sem compromisso, sem ser sua prioridade principalmente. Eu gosto de você e mesmo que a gente não  fique junto todo dia, até porque sua carreira nem a minha permitem, eu queria uma coisa séria, real e queria que fosse com você.

Engoli seco. Eu não queria namorar com ela. Tá eu era um idiota com esse papo de não tô pronto para um relacionamento sério, que ela era a pessoa certa na hora errada e blá blá blá. Eu gostava de ter ela disponível pra transar de vez em quando, mas não queria namorar mesmo sendo um idiota por isso.

Ao Seu DisporWhere stories live. Discover now