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Passado um mês, notou-se que eu e Dabi tínhamos um laço estranho. Não diria que éramos amigos, ou que soubéssemos muito sobre o outro. Mas diria que mesmo não conversando normalmente, nós tínhamos alguma ligação.

Íamos em mais missões que o comum juntos, e normalmente Himiko nos juntava em passeios incomuns, como hoje.

Estávamos numa praça, e eu estava sentindo meu corpo estranho. Mas eu obviamente não disse nada.

"Venha, vamos tomar um sorvete." Toga me puxou pelo braço, e fomos à lojinha de gelados, e eu escolho um de chocolate. Dabi nem ao menos quis um sorvete, e Himiko escolheu um de baunilha.

Enquanto comíamos, o moreno pareceu notar algo em uma multidão de pessoas.

"Eu já volto." dito isso, saiu de perto, sumindo por entre as pessoas.

"Relaxa, ele é assim mesmo." ia me notar encarando-o ao sair, Himiko decide dizer tais palavras. "Aliás, vocês são o que? Namorados ou algo assim?"

"O que? Porque?" evito a vergonha, a encarando com curiosidade.

"Vocês são conectados de alguma forma. É bem esquisito. Até Twice já disse isso."

"Ah. Nunca reparei." fingi uma expressão apática, mas por dentro estava um turbilhão de pensamentos ao mesmo tempo.



.



dabi pov.



Aquela mulher. Aquela mulher era extremamente familiar.

"Eu já volto." digo, colocando as mãos nos bolsos e andando com passos apressados na rua. Uma mulher andava com uma máscara preta e roupas de couro, com luvas. Só via pele do rosto. Se parecia muito com Nara Kimura, então conectei ao fato dela ser de uma família conservadora e de máfia.

Deveria estar atrás de sua filha, e como ela não queria voltar para casa ainda, penso em uma forma de aproveitar a presença da mulher ali.

"Ei, você." a parei na calçada, ela me olha, ajeitando a máscara. "É daquela máfia de venenos?" falei baixo, a fitando com intensidade.

"Sim." ela responde sem hesitar. Seus olhos tem um brilho audacioso. Era de se esperar de uma chefe de máfia.

"Você também trabalha com antídotos?"

"Trabalho." ela pareceu mais interessada em minhas perguntas agora. "Está afim de barganhar? Tenho o mais forte antídoto que cura o mais poderoso veneno comigo agora... Se você for digno, posso trocar por algo de alto valor também."

"Quero trocar o veneno pela sua filha." falei com firmeza, sentindo agora que ela estava muito mais interessada. "Eu sei onde ela está, e posso entregá-la a você."

"Você tem uma oferta boa. Onde ela está?"

"No meu esconderijo. Vou levá-la, amanhã às 19:00pm."

"Certo. Localização?"

"Rua xxx. Você verá um bar."

"Te vejo amanhã." ela disse com a voz doce, mas sabia que essa mulher estava longe de ser doce.

Caminho novamente em direção de onde estavam Himiko e Nara, observando-as conversar sobre algo que deixou a menina venenosa envergonhada. Era engraçado como ela conseguia se envergonhar de forma fofa e ser assustadora ao mesmo tempo.

"Oi." falei me sentando no banco, ao lado de Kimura. Ela estava entre mim e Toga.

"Oi, oi!" a loira sorriu, acenando sem necessidade. Ela era muito energética para mim, nunca entendia o motivo de tanta alegria. Mas todos na Liga sabiam que era uma adolescente e uma vilã muito nova, então secretamente eu só aceitava sair com ela para lhe dar uma adolescência no mínimo interessante.

Eu parei de pensar nisso quando notei o sorvete de chocolate de Kimura cair no chão, seu corpo pendendo para frente. A seguro pelos braços.

"Me-me levem.. até o meu quarto na Liga..." murmurou, sem forças. Foi tão do nada que me senti aflito por segundos. Mas mantive minha expressão calma, e a pego no colo. Toga me acompanha pelas ruas mais desertas a caminho do esconderijo.

Chegando lá, Nara me pede para levá-la ao banheiro. Eu a deixo perto da privada. Eu estava prestes a sair, mas ela segura na ponta de minha calça. A observo vomitar um líquido negro por um momento, então fecho a porta do banheiro e me ajoelho ao seu lado. Ela me da sua máscara e eu lavo na pia, colocando em seguida no meu rosto. Seu vômito deveria ser contagioso pelo cheiro também.

Discretamente, seguro em sua mão, e ela pareceu relaxar mais seus músculos com isso. Depois de vomitar muito, ela desmaia.
Seguro-a, pegando-a no colo novamente e limpando sua boca com papel.

Suspiro, abrindo a porta do banheiro e seguindo para o andar de quartos, abrindo sua porta e a deixando deitada em sua cama. Tranco a porta do quarto e sem perceber, durmo ao sentar no chão encostado na parede.

POISON; dabi  [✓]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang