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Todos desceram da Van e Arthur tratou logo de esconder sua decepção consigo mesmo com um daqueles sorrisos de parar o trânsito. Dante ao seu lado se perguntou se aqueles sinais que Arthur haviam lhe explicado estavam acontecendo por mera coincidência ou....Ele não pode nem terminar sua linha de raciocínio quando Liz se colocou à frente deles com uma cara séria.

— Os amigos do Verissimo na Polícia nos disseram que o lugar tá todo ferrado, cheio de sangue e horrível então se preparem...

— Liz a gente já fez isso várias vezes-Joui riu

— Eu sei, mas não posso deixar de me preocupar...-Liz bagunçou os cabelos-Vamos! Vou abrir a porta, quem me dá cobertura?

Sem que alguém pudesse pensar em dar qualquer resposta Kaiser puxou a arma das costas e a arrumou pronto pra atirar em quem quer que fosse. Liz sorriu de lado, esse era seu Césinha. A mulher abriu a porta dando um chute nela e o cheiro podre daquele lugar a acertou em cheio. As paredes tinham marcas de sangue, algumas mãos borradas que mostravam que as pessoas haviam tentando resistir ao possível assassinato, os móveis estavam bagunçados e quebrados mas tinha mais alguma coisa ali. Coisas vivas, rastejantes, elas pulsavam e queriam rasgar, comer, matar quem quer que fosse. Todos adentraram o lugar e Liz já sabia o que os aguardava a frente.

— Zumbis de sangue...-A mulher ouviu sua voz ecoar pelo cômodo que se parecia com uma sala de filme de terror-Cuidado...Não sei ao certo quantos devem ter...

— Fer, você tá bem? Quer chamar o Lu?-Erin questionou preocupada

— Tô bem, Erin. Só preciso me recompor...-Ele segurou a arma que trazia consigo com firmeza

Orpheu que antes estava quieto no ombro de Beatrice se levantou e sobrevoou até uma das poltronas quebradas da Sala e por ali se aprumou. A menina apenas observou o pássaro e pode notar o brilho de seus olhos focarem no cômodo a frente. Ela empunhou a balestra com uma flecha pronta bem no instante em que um Zumbi grotesco e nojento atravessou a porta de um dos cômodos e partiu na direção deles. A flecha de Beatrice saiu de sua balestra acertando um dos braços do monstro que guinchou de dor.

— Obrigado-Ela falou para o Pássaro quando ele voltou para se ombro e todos focaram no Zumbi

— Belo tiro, Sardinha. Tá esperto hein, Orpheuzinho...-Tristan fez um carinho na cabeça do Urutau

— Eu sei que a gente arrasa..-Beatrice colocou uma nova flecha em sua balestra enquanto o Zumbi vinha em sua direção guinchando e se rastejando

— Eles viraram isso?-Joui tirou sua Katana das costas e apontou na direção do monstro

— Quem sabe? A única coisa que sei é que a gente tem que matar esse carinha...-Liz apontou a arma pro Zumbi animalesco e como se tivesse tirado um Extremo nos dados ela explodiu a cabeça do monstro que despencou em carne vermelha e nojenta no chão-Pelo visto Tristan está certo, eu ainda tô inteirona...-Ela riu

— Nunca duvidei disso...-Arthur sorriu encarando a mulher-Se eles viraram zumbis de sangue então tem mais de um...

— Nisso você está certo, Arthur...Afinal, a Karine e o marido foram brutalmente assassinados aqui com uma criança pra ver, a membrana nesse lugar deve estar bem fraca...-Kaiser afirmou enquanto segurava a arma mirando na porta de onde o Zumbi tinha saído-Tem mais alguém aqui?

— Deixa que eu vou na frente, Gracinha...Você não vai querer mais uma cicatriz no seu rostinho lindo, vai saber que merda tem aí dentro-Arthur tomou a frente

— Seu rosto também já tem uma cicatriz, Arthur. Deixa que eu vou!-Joui se ofereceu

— Crianças...Olha pra sua bochecha, Joui-Liz revirou os olhos passando na frente-Quem tá aí? Responde!

O espelhoWo Geschichten leben. Entdecke jetzt