Capitulo 32.

5.4K 379 10
                                    

Olá meus amores. Hoje é dia 17 de fevereiro, dia em que o doutor delicia completa um ano no wattpad. O ano passado nessa data foi postado o prologo do primeiro livro. E assim embarcamos nessa aventura que esta em seu segundo livro já. Quero agradecer a todos vocês que tornaram meu sonho possível. E saibam que cada estrelinha e cada comentário deixados para mim são tão importantes como os capítulos para vocês. Mil beijinhos e boa leitura a todos.

Fernando

Nossa vida tem sido uma eterna correria. Estamos cheios de problemas e o que mais me preocupo agora, é  a gravidez da minha mulher. Gostaria que ela estivesse tranquila nesse momento. Só que já percebi que não será possível. Hoje de manhã ela estava linda quando sai de casa. Foi à coisa mais difícil que já fiz foi deixa-la sozinha. Essa historia esta me preocupando muito. Por isso resolvi pedir a minha mãe que fosse fazer uma visita casual a Laura, não quero que ela saiba que mandei alguém para tomar conta dela. Tenho certeza que ficaria uma fera.

- Fernando temos uma emergência você precisa vir comigo? – Heitor entra no consultório praticamente correndo.

- O que houve? Vamos diga logo.

- Temos que entrar em uma cirurgia em menos de cinco minutos se apresse e venha comigo.

- De que se trata?

- Acidente de carro. – Ele informa em quanto corremos para o centro cirúrgico.

Nós entramos no vestiário fazemos todos os procedimentos de profilaxia e corremos para a sala de operação. Ao chegar ao centro cirúrgico já encontro o paciente sendo preparado para anestesia. Observo rapidamente o prontuário e vejo que os parâmetros hemodinâmicos registrados não estão indo bem. O paciente teve uma hemorragia grave. Analisando o caso mais de perto percebo que ele teve um trauma torácico e que há um significante estilhaço de vidro empalado em seu peito. Tudo que temos que fazer é conter a hemorragia abrir um local próximo ao trauma para drenarmos o sangue que jorra na cavidade pulmonar. Começamos o procedimento, estou auxiliando a equipe que já estava a postos. Nosso trabalho tem sido duro, há mais sangue jorrando do que se esperava. O coração do paciente esta cada vez mais fraco, o monitor não para de nos alertar sobre isso.

- Doutor nogueira, se não drenarmos todo essa sangue, ele vai entrar em estado de choque. O sangramento é intenso.

- O senhor tem razão doutor Oliveira. Estou tentando de tudo mais o vidro esta pressionando a artéria pulmonar, se tira-lo de lá a coisa vai piorar não podemos arriscar aqui.

- Alguma coisa precisa ser feita, peça os medicamentos e ordene ao anestesista que administre no soro. A compressão na artéria esta fazendo com o que o corpo perca a oxigenação vamos lá. Só temos que tentar e nada mais.

- Vamos doutor, eu puxo o vidro e o senhor tenta controlar o fluxo que vai sair da artéria. – Me preparo para fazer algo delicado.  Retiro o vidro e o resultado previsto acontece, as coisas só pioram. Não tínhamos escolha precisávamos arriscar algo. O monitor começa a bipar em sinal de parada. Afasto-me para que o procedimento seja feito pelo doutor Nogueira. O Heitor parece não acreditar no que esta vendo. E sua expressão me diz que não adianta tentarmos. Insisto para que seja feito mais uma reanimação e nada dá certo. Perdemos o paciente.

- Fernando, não há mais o que fazer. Venha comigo você não tem mais nada pra fazer aqui.

- Não Heitor, eu não quero sair. Preciso ficar até o ultimo momento.

- Olhe pra mim cara, não existe ultimo momento. Nós o perdemos é fato. Deixe que a equipe termine o que ainda precisa ser feito. – Ainda meio resistente, me deixo ser levado por ele. Isso me fez perceber o quanto não posso ser sempre o herói. Nunca havia perdido um paciente em sala antes. O Doutor Reis e eu sempre tivemos sucesso em tudo que fazíamos e hoje infelizmente não foi assim.

Desafios do Amor.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora