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STELLABACKER
06|CAPÍTULO SEIS
"Cacete Aaron, que susto" Falo ao ver que foi Aaron que me puxou.
"Desculpa se eu assustei mas eu precisava fazer isso." Antes que eu possa perguntar o que ele queria fazer, Aaron me puxa pela cintura selando nossos lábios.
Ele coloca suas mãos na minha cintura fazendo uma leve pressão me fazendo ficar fraca, seu perfume tem um cheiro tão bom que acho que vai sempre ficar gravado na minha memória.
Sem cuidado Aaron leva uma mão até minha nuca me puxando para um beijo, esse beijo é com vontade e desejo. Sua língua pede passagem e eu sedo na hora sem rodeios, Aaron interrompe o beijo e eu fico frustada pela falta que senti da sua língua, ele começa a beijar toda extensão do meu pescoço fazendo movimentos suaves com a língua.
O filho da puta sabe muito bem o que fazer.
Aaron me pega no colo me colocando encima de uma cômoda vazia do quarto, logo em seguida ele começa a me beijar mais intensamente e eu sei bem aonde ele quer chegar e realmente não vai rolar.
"Desculpa gatinho, mas eu tenho que ir." Falo colocando minhas mãos em seu abdômen afastando ele de mim.
"Por que?A gente tava indo tão bem" Desço da cômoda e dou risada.
"É Aaron a gente "tava" indo tão bem" viro as costas para ele e coloco a mão na maçaneta para abrir a porta.
"Ninguém vira as costas pra mim Stella." Aaron fala parecendo irritado.
"Que pena Aaron, pra tudo tem uma primeira vez na vida." Saio e fecho a porta antes que ele possa falar mais alguma coisa.
Desço as escadas e me sinto um pouco tonta, não pelo beijo mas pelas bebidas que eu bebi mais cedo.
Aaron é realmente lindo e gostoso, mas ele não é ninguém pra me tratar daquele jeito ridículo de hoje. Esse jeitinho dele de badboy barra conquistador barato não vai funcionar comigo.
Chego na sala e vejo que todos ainda estão lá, e descido ir embora. Amanhã tem aula, tem amistoso, eu não sou muito fã de acordar atrasada e principalmente tenho que ter uma boa noite de sono.
"Hey meninas eu vou indo embora tá?" Falo alto o suficiente pra elas me ouvirem.
"Nós vamos com você, só estávamos te esperando." Emma fala e se levanta arrumando seu vestido rosa.
"Na onde você tava menina?Demorou pra cacete." Serena pergunta franzindo o cenho.
"Depois eu conto pra vocês, agora vamos que eu tô morrendo de dor com esse salto."
A gente se despediu da galera e as meninas me deixaram em casa, descobri que elas não moram tão longe da minha casa.
Cheguei em casa e fiquei na esperança do meu pai ligar ou mandar mensagem mas nada acontece, fiquei pensando em ligar mas segundos depois mudo de ideia. Não é meu papel correr atrás do meu pai, sei que como uma boa filha eu tinha que ligar e saber como ele tava e se precisava de alguma coisa.
Mas aonde ele tava quando eu fui vítima de um estrupo, aonde ele esteve quando eu me machuquei me culpando por ninguém se importar comigo, aonde ele tava quando eu me senti totalmente perdida sem saber o que fazer, ele não estava lá. Não me ajudou, não se preocupou e nem sonha nas coisas que já aconteceram comigo.
Eu amo meu pai mas tudo isso que aconteceu na minha vida eu passei sozinha, não tive ninguém pra me ajudar e dizer que tudo iria passar e ficar bem. Mas isso me ajudou porque eu estou superando sozinha e tudo isso me fez não ser uma pessoa dependente do amor ou preocupação de ninguém, realmente não sei se isso é bom ou ruim.
Ele sempre me deu tudo o que eu precisei em questão de bens materiais, as melhores roupas, melhores escolas tudo pra mim sempre foi do bom e do melhor. Mas eu nunca quis isso, vocês podem estar pensando que eu estou falando isso por ser rica, mas não.É claro que eu sempre gostei de gastar e ter coisas boas, mas a única coisa que eu sempre quis do meu pai ele não pôde me dar. Que era amor, carinho e preocupação de pai.
Não sei se com minha mãe aqui,viva ,seria diferente mas com certeza seria bem mais fácil.
Mas tudo isso passou e hoje eu estou aqui, na cidade onde era meu sonho morar, com pessoas que eu acho que realmente vão virar minhas amigas e em uma escola onde eu posso praticar meu esporte favorito.
