🌺 FAIT EN FLEUR • pjm + jjk

Lilium

Cinquième: Homme doux, lèvres sur l’égalité

Quinto: Homem doce, lábios em igualdade

Depois do período do almoço, Jimin retornou para a floricultura e chegou praticamente ao mesmo tempo que Jin. Não demorou muito para que os clientes começassem a aparecer e isso já era rotineiro, a floricultura ali era famosa de certa forma, além de ter uma variedade bem maior de flores do que outras. Talvez fosse a mais procurada e adorada em Busan, já que pessoas de todas as partes da cidade viajavam somente para visitar a loja – ou talvez fossem facilmente fisgadas pelo carisma inegável de Park Jimin e Kim Seokjin, que as deixavam com um constante desejo de estar ali.

Pela primeira vez em muito tempo, Jessica também estava conversando com os clientes. A mulher costumava ficar mais nos interiores da floricultura, montando os arranjos e separando pedidos feitos por encomenda. Porém, como Jimin já havia adiantado boa parte daquelas tarefas, a alfa decidiu que ajudaria os dois nas vendas. Apesar de não ser acostumada a lidar com o público como os outros dois, Jessica parecia bastante confortável e sempre atendia com um sorriso no rosto, dando até mesmo chocolates como brinde quando os clientes traziam uma criança.

Do outro lado da loja, Jimin observava a forma como a mulher se portava, até mesmo gargalhando vez ou outra. O coração do alfa se acelerou ao ver o rosto de Jessica ser tomado por sorrisos sinceros, como se não tivesse como expressar mais alegria e inconscientemente também sorriu, feliz por vê-la daquele jeito. Depois de tantos anos vendo apenas o rosto tomado de um semblante sério, ver aquele sorriso fez seu interior se aquecer em uma sensação deliciosa de nostalgia. Percebendo que o rosto de Jimin estava ficando mais leve com o passar dos dias, Jin se aproximou do mais novo e tocou seu ombro, falando baixinho.

— Jimin-ah... você e sua mãe estão “bem”? — perguntou, fazendo aspas com a mão esquerda. Jimin suspirou e olhou para cima, deixando que seus olhos respondessem antes de seus lábios. Seus olhos brilhavam e Jin sorriu levemente de lado.

— Eu não sinto mais uma energia ruim perto dela, hyung... é como se algo tivesse levado a raiva que ela sentia por mim pra muito longe. Eu não sei até quando isso vai durar e não sei se é apenas um momento, mas vou aproveitar da forma que puder — disse também em um sussurro, sorrindo despercebidamente. Ninguém no mundo imaginava o quanto Jimin queria abraçar sua mãe, já que a última vez que o fizera, sua cabeça ainda ficava no tórax de Jessica e agora ele era bem mais alto que ela. Porém, sabia que deveria ir devagar. — Nós deveríamos trabalhar, sabe.

— Desculpe, patrão.

Jimin deu risada e quando o horário de pico chegou, os três correram de um lado para o outro na floricultura para poderem atender a todos. De fato, naquele dia o bom humor de Jessica contribuiu para energizar os outros dois funcionários, que nem mesmo perceberam que já era hora de fechar a loja. Às seis da tarde em ponto, abaixaram as portas e Jin se despediu, com um semblante cansado. Enquanto Jimin trancava as portas por dentro, ouviu Jessica se aproximar e ao olhar para ela, viu o dedo indicador desta apontado para si.

— Tem uma folha no seu cabelo. Você ‘tá parecendo um manggaetteok.

Pego de surpresa pelo comentário, Jimin não aguentou e riu alto por ser comparado a um bolinho de arroz. Suas bochechas já não eram tão gordinhas como quando era mais novo, mas de certa forma se orgulhava da aparência fofa que tinha pelo rosto mais cheio. Percebeu, ainda que de relance, que Jessica tentava reprimir o riso, escondendo-o através do rosto quase sem expressão. O alfa então levou a mão direita ao cabelo e retirou a folha dali, encarando-a.

— Agora eu sei porque Soobin riu de mim quando fui atender sua mãe. Obrigado por me avisar, vou tentar não parecer mais tão fofo daqui pra frente – falou ainda rindo e Jessica balançou a cabeça negativamente, sorrindo quase que de forma imperceptível com os lábios pressionados e então se virou, se encaminhando para casa e deixando um Jimin com o rosto corado de felicidade para trás.