— Chas, o que você falou? – ele vem até mim, se acomodando entre minha pernas.

— Eu escutei mamãe e Katy, falando sobre o bebê que ela perdeu e, minha professora disse, que quando alguém perde outro alguém, é porque ele foi morar lá no céu, porque ele é um anjo e, por isso, ele tem que ficar lá para poder cuidar da gente lá de cima, porque de lá ele pode ver tudo.

Deixo com que minhas lágrimas caiam, e Chase escala minhas pernas subindo em meu colo, logo abraçando meu pescoço, o envolvo em meus braços, chorando sobre seu ombro. Pode parecer ridículo, mas, Chase era tudo que eu precisava naquele momento.

— Tudo bem, papai – olho para ele que sorri, secando minhas lágrimas. —, ela disse que eu ainda posso ter mais irmãozinhos.

— Sim, você pode e, a mamãe e eu lhe daremos um irmãozinho.

Ele pode ser adotado? – olho-o confuso. — Tem um menino na minha sala, que ele foi adotado pelos pais dele e, ele disse que antes ele ficava sozinho com outras crianças e, ele se sentia sozinho.

— Chase, você realmente tem cinco anos? – assente, confuso. — Vamos dar um tempo para a mamãe, ela ainda está frágil e nós precisamos cuidar dela agora.

— A gente sempre cuida dela.

— Sim, a gente faz. – porra, eu amava pra caralho esse garoto!


[...]

— Você quer me dizer, porque você e Chase passaram uma hora no quarto e, porque voltou com a cara de quem tinha chorado? – tiro minha camisa e calça de moletom, me deitando ao seu lado, Mirela passa uma de suas pernas por minha cintura, sentando sobre mim, acaricio sua cintura, descansando uma de minhas mãos em sua coxa.

— Segredo de garotos. – a mesma ri. Mirela teve sua primeira consulta com o psicólogo essa semana e estava bem mais leve.

— Eu não posso nem ter um pouco disso, afinal, estou em desvantagem aqui. – a conversa que tive com Chase, vem em minha mente.

— Precisamos resolver isso. – me olha séria agora.

— Justin, não acho que eu esteja pronta para ter um bebê, acho que agora quero deixar isso para depois e...

— Chase disse, que quer um irmão que seja adotado. – Mirela me olha confusa. — Ele disse, que tem um garoto na sala dele que foi adotado, e que disse, que ele se sentia sozinho antes de ser adotado.

— Meu Deus! – assinto, sabendo no que a mesma pensava. — Chase me assusta às vezes.

— Eu disse para ele que vamos esperar...

— Isso parece perfeito para mim. – olho-a, sério.

— Mirela, não acho que isso seja bom agora, nós acabamos de perder um bebê, você ainda está frágil com isso, nós não podemos decidir isso assim, não nesta situação. – ela assente, se mexendo para sair de meu colo, sento-me, envolvendo sua cintura. — Vamos esperar um pouco, nós podemos conversar com seu psicólogo sobre isso, e então, quando sentirmos que estamos certos sobre isso, vamos adotar uma criança para nós e, vamos amá-la como amamos Chase.

— Eu amo você. – selo nossos lábios.

— Eu sempre vou amar você.


[...]


Chase estava com a bola e, estava perto de marcar uma cesta, quando perdeu a mesma. Ele parou, olhando para todos e, parecia estar decepcionado com si mesmo. Me levanto na arquibancada e o mesmo me olha, faço sinal com a mão para que ele volte ao jogo, e assim ele faz.

Last Love [Entrará em correção]Where stories live. Discover now