Capítulo 111

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Mariana P.O.V

Fomos para a sala após conversar um pouco na cozinha. Me acomodo ao lado do Rafa, que se senta ao meu lado no sofá. Thiago se acomoda na poltrona em que deixou  a sua jaqueta.

- Vim aqui porque ontem conseguimos imagens de uma mulher saindo de um banco em uma cidade a treze horas aqui..- me olhou - Temos certeza que é ela. Jogamos alguns programas de reconhecimento, e bateu.

- Liguei para a irmã dela naquele dia, comentei com você, lembra? - digo apontando para o meu cunhado. Ele concorda - Ela me disse que já fazia uns dias que não tem contato com ela. Contou que ela comentou por alto sobre uma viagem..- digo.

- Sim, por isso pedi para que nós focássemos nisso lá no trabalho também..- balançou a cabeça.

- Já sabemos que quando vocês a localizarem, ela vai exigir um advogado. Já pensou no que eles podem alegar para que ela se livre da cadeia? - meu marido perguntou.

- Temos imagens dela no carro cometendo o crime..- Thiago falou - Sabemos que dirão que ela sofre de alguma doença mental, temos certeza. Mas também sabemos como é fácil falsificar um exame desses..- revirou os olhos.

Meu moreno estalou a língua.

- Espera..- toco o coxa do Rafa - Você não disse que ela conseguiu um emprego em uma empresa, mas lá era necessário fazer um teste psicológico, e dependendo do resultado tinha que fazer um outro, mas dessa vez com um psiquiatra? - olho para o homem ao meu lado.

- Sim, eu comentei com você naquele dia..- falou parecendo não entender aonde quero chegar.

- Ela conseguiu o emprego, ou seja, ela passou nos testes. Se os advogados dela alegarem doenças mentais quer dizer que ela está mentindo em um dos testes. Ou no do que  ela fez para conseguir o emprego, ou no que ela irá usar para justificar o crime! - estalos meus dedos ao finalizar.

Sou uma gênia!

- Porra, sim! - meu marido entendeu e sorriu.

- Cacete, Mari, muito bem pensado! - meu cunhado apontou pra mim - Vou mandar alguém da minha equipe ir agora até a empresa e pegar uma cópia desses exames..- se levantou já com o celular na mão - Já volto!

Aceno com a cabeça, e o Rafa se vira pra mim.

- Porra, você é muito inteligente, meu amor..- sua mão adentra a minha coxa, me pegando totalmente de surpresa. Arfei um tanto alto colocando a minha mão sobre a sua, parando um pouco antes de chegar na minha calcinha - Céus, você está tão sensível ao meu toque..- disse rouco, aproximando o rosto do meu - Agh, isso é tão sexy..- deixou um beijo molhado a minha mandíbula.

- Huum, amor..- gemo manhosa. Procuro ver se o Thiago continua distante de nós, e digo perto do ouvido do meu marido - Ela não proibiu boquetes, não foi? - mordo seu lóbulo, e ele respira fundo.

Quando nos afastamos, seus olhos já estão escuros, tomados por tesão. Mordo meu lábio tentando controlar a minha vontade de mandar o meu cunhado ir embora e parecer um casal de coelhos com o meu moreno aqui na sala mesmo.

- Mariana..- disse duro ao sentir a minha mão sobre a sua no interior da minha coxa, o fazendo apertar ali. Sorrio piscando um olho para ele e retiro a sua e a minha mão de lá ao ouvir os passos do Thiago.

- Pronto, dois policiais já estão indo pra lá..- Thiago voltou ainda com os olhos na tela do celular - Já pensou em ser policial, Mari? Ou investigadora como eu? - sorriu.

Neguei com um sorriso largo.

- Não, nunca pensei..- respondo.

- Bom, eu preciso ir, só vim dar essa atualização..- se levantou com a jaqueta nas mãos - Muito obrigada, Mari, de verdade. Ter esse exame conosco já é dez passos a frente..- vestiu a peça - Se tiver qualquer outra ideia, ou caso se lembra de outra coisa, me liga..- me abraçou.

• Everything we shouldn't do is better • (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora