54 - marry me someday.

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Já era a quinta manhã de Harry aqui e eu desta vez havia dormindo em meu quarto e ele no trailer, porque minha mãe praticamente me obrigou a dormir em casa. Ele precisava ir para a padaria trabalhar e eu para a loja de discos, o trabalho dele começa um pouco mais cedo, mas vou com ele da mesma forma.

Eu o encontrei sozinho na cozinha, apenas sentado na mesa sem mexer em nada. "Ah, meu Deus... Você não comeu nada ainda?"

"Não, eu não sei se eu posso."

"É claro que pode, meu amor." Eu seguro seu rosto e lhe dou um selinho. Ele leva sua cadeira um pouco para trás e assim consigo me sentar em seu colo. "Você está em casa agora. Fica a vontade para cozinhar o que quiser, juro."

"Ok." Ele fala, um sorriso tímido no rosto, e eu mexo em seu cabelo. "Você acordou ainda mais linda hoje."

"Você diz isso todos os dias." Rio.

"Bem, é verdade." Ele beija meus lábios com carinho. "Bom dia, Ray."

"Bom dia, meu amor." Eu o abraço, preguiçosa, minha cabeça em seu pescoço.

A mão de Harry faz carinho nas minhas costas. "Dormiu bem?"

"Não."

"Não?"

"Não." Respondo, manhosa. Eu fico muito carinhosa de manhã, nem eu me reconheço. "Senti falta de dormir com você."

Harry ri, franzindo o cenho com um sorriso. "Você é tão bonitinha, Ray... Ainda bem que sou eu quem recebe todo esse amor que você tem para dar."

"Eu digo o mesmo sobre você." Beijo a ponta de seu nariz. "E esse amor todo é só para você, nem eu sabia que eu era assim. Você acabou com a minha reputação."

Harry ri, desacreditado. "Reputação?"

"Sim." Mordo o lábio. "Minha reputação de bandida má."

Ele sorri, negando com a cabeça. "Ninguém achava que você era uma bandida má, amor, foi mal te dizer. Todo mundo sempre te achou bonitinha e boazinha desde que você chegou."

Finjo que isso me irritada, e ele ri ainda mais. "Falando no que as pessoas achavam de mim, o Louis me mostrou algumas coisas que você disse a ele sobre mim."

"Ah é?" Ele não parece incomodado com isso. Quer dizer que ele nunca falou mal de mim. "Que coisas?"

"Ele me mostrou uma conversa sua do dia que fomos ao nosso primeiro encontro."

"Nunca fomos a um encontro, amor. Só aquele em Londres que você me levou para o restaurante do Harry Potter." Ele diz e eu nego.

"É claro que fomos! Eu indo te ver no bar não foi um encontro?" Pergunto e ele nega. "Então você tá me devendo muitos encontros, Harry Styles."

"Pode deixar." Ele beija meus lábios com delicadeza. "Então eu acho que sei o que foi que Louis te mostrou."

"O quê?" Pergunto, querendo saber se ele se lembra daquele sentimento todo.

"Eu disse" Ele me segura ainda mais em seu colo, me olhando nos olhos. "Que quando a gente quase se beijou, eu pensei que iria me casar com você."

Ah, meu Deus. Ele lembra. E me disse isso agora então não é algo que ele mudou completamente de ideia. Certo? "Esse sentimento ainda existe?"

"De que vou me casar com você?" Ele pergunta, eu afirmo, e ele responde, o tom irônico. "Não..."

"Harry!" Bato em seu braço.

"É claro que penso, Ray." Ele diz, segurando meu rosto. "Acha que eu não penso sempre sobre o dia que vamos fugir só nós dois?"

"Isso não é o mesmo que casamento." Não é como se eu estivesse querendo me casar agora, mas eu quero um dia, sim, talvez. Eu nunca havia me visto como uma mulher que iria se casar, mas as coisas mudaram bastante desde que eu comecei a pensar em ter uma vida ao lado dele. Só quero saber o posicionamento dele sobre isso.

"Eu sei." Afirma com a cabeça, mexendo no meu cabelo. "Ray, você não faz ideia de quantas vezes eu me imaginei morando com você, tendo uma família, me casando com você. Eu quero isso. Mesmo. Só não agora..."

"Ah, sim, não agora." Eu falo, concordando, fingindo que suas palavras não causaram a maior festa dentro de mim.

"Então você quer?" Harry vira o jogo e me interroga. "Quer se casar comigo?"

"Um dia, eu quero." Respondo, mais segura disso do que de qualquer outra coisa. A Verônica de dois meses atrás nunca responderia algo assim, e não acreditaria que eu estaria falando isso, nunca.

Um sorriso brilhante cresce no rosto de Harry, a covinha dele funda em seu rosto. Ele abaixa o olhar para sua mão, sempre cheia de anéis. "Escolhe um."

"Eu?" Por que isso? "Eles são seus, Harry."

"Escolhe." Ele insiste, mais sério.

"Esse." Coloco a mão sobre um anel com uma pedra retangular vermelha. Harry tira o anel de seu dedo indicador, e eu me arrepio toda enquanto ele coloca o anel no meu dedo anelar. Subo meu olhar ao dele, sorrindo.

"Quer se casar comigo, Ray?" Ele pergunta, falando realmente sério. "Quando estivermos prontos para isso, você vai aceitar quando eu pedir de novo?"

"Sim." Eu falo, em um sussurro, querendo voar de tanta alegria. "Eu te amo."

Harry afirma, sorrindo e suspirando. "Eu te amo, Verônica."

Eu o beijo, estou feliz não apenas pelas palavras terem saído de sua boca, mas também, e principalmente, porque ele disse que só ia me falar que me ama quando estivesse perfeitamente feliz, o mesmo com o nome Verônica. Ele só pode me chamar assim quando ele estiver feliz. E ele está. Ele está perfeitamente feliz agora. E nada importa mais que isso.

Sunflower, Vol.6 - HSWhere stories live. Discover now