Capitulo 35

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•|Narradora|•

Akemi havia saído do esconderijo com a desculpa de que iria analisar os futuros recrutas para a organização, agora ela estava voltando e se preparando para dar a falsa notícia. Entrou na base em que se escondiam pronta para começar com o plano, tinha uma cara meio melancólica e surpresa - não sabia porque não era atriz ainda. Assim que entrou dentro da base, o Chefe já a aguardava, sabia que ele esperava boas notícias e tudo que ele teria era uma cela na prisão de segurança máxima do Japão.

- Como foi?! Hã?!

- Foi bem, todos os nomes da lista eram aceitáveis para entrar na organização.

- E por que diabos você está com essa cara?! - ele estava nervoso e isso significava que não pensaria direito.

Perfeito!

- Fiquei sabendo de uma coisa, não acho que vai ficar feliz com a notícia.

- O que é?!

- Seu filho, Izuku Midoriya, está vivo... - sua voz saia como um sussurro, como se estivesse hesitante ao dar à notícia.

- Como?! Eu o infectei com minha areia negra, como aquele pirralho está vivo?! Hã?! Me responda! - estava com nojo daquele homem, sentia a ânsia na boca do estômago por ouvir tais palavras, mas precisava manter suas expressões intactas.

- Aparentemente os heróis conseguiram salvá-lo, ele ficou algum tempo no hospital inconsciente e agora se recupera em casa. - deu uma pausa para esperar que ele prosseguisse, mas nada de ele falar - O homem com quem Inko se relaciona hoje está trabalhando na polícia no nosso caso, está no escritório todas as noites.

- O que quer dizer?

- Seria fácil sequestrar Inko e seu filho. - disse pensativa, como se analisasse cada palavra do que dizia - Mas acho que devemos mesmo nos concentrar em crescer na organização, estamos só eu e você agora.

Sabia que ele não irá lhe ouvir, nunca ouvia o que dizia quando se tratava de Inko e Izuku. Ao analisar a expressão maquiavélica e psicopata que ele tinha feito, tinha certeza que o plano daria certo, ele estava louco e desesperado de mais para pensar direito. Agora era só manter o de cabelos verdes sem suspeitar de nenhuma de suas ações.

- Vamos sequestrar eles, quero ver eles desesperados em minhas mãos! - riu daquela forma psicopata que causava arrepios em Akemi.

- Nos temos outras prioridades agora, Hisashi! Não devemos focar neles por hora! - insistiu sendo completamente ignorada.

Ótimo!

- Vamos esperar o anoitecer, esperar que o marido dela não esteja em casa e assim vamos tirar ela e a criança de lá! Quando estiverem aqui iremos tortura-lós de todas as formas possíveis! - estava completamente louco.

- Mas-

- Não insista, Akemi! Já está decidido, ou você faz o que eu mando ou morre nesse instante! - olhou para ela com um olhar ameaçador, formando uma nuvem de areia negra em suas mãos, pronto para atacar.

Dessa vez ela se permitiu estremecer em sua frente, sentia uma pontada de medo e um sentimento amargo de decepção e mágoa se formava dentro de si. Um nó se formava em sua garganta, era um sentimento horrível ter seu melhor amigo de uma vida inteira lhe ameaçando, a pessoa que você daria sua vida lhe traindo, aquele em que você mais confiava sem ligar para seus sentimentos. No fundo, bem lá no fundo, ela estava feliz por tomar a decisão certa de pará-lo, estava feliz de se libertar.

- Claro, estou sempre ao seu lado. - olhou no fundo de seus olhos ao dizer essas palavras.

***

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