🐺 12 - Ômega de fogo 🐺

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Duas luas cheias depois, Reino da Lua - Serafina. 🌙

O majestoso rei Chang estava na varanda dos aposentos reais no topo de seu velho castelo de pedra, observava seu extenso reino, as terras secas sem nenhuma plantação eram um cenário triste aos olhos, o povoado dos plebeus lá em baixo só aumentava mais o cenário de ruína. A fome era severa, mas ali no castelo havia comida e especiarias dos mais variados tipos.

Por mais que o reino deteriorasse e seu povo padecesse, o rei ainda gastava todo o ouro que ainda restava nos cofres com comida para alimentar sua gula sem fim.

Andou para dentro do quarto, indo até a adega e se servindo uma taça de vinho, apreciando o cheiro delicioso antes de levar a taça aos lábios, se sentou em sua poltrona de couro perto a lareira apagada, pegou a carta novamente de seu bolso e se pôs a pensar.

Já fazia dez luas que um corvo tinha a trazido, e as palavras não saiam de sua mente um minuto sequer, novamente ele se pôs a ler a carta:

Saudações majestade, venho respeitosamente lhe comunicar sobre os acontecimentos. Tenho observando o ômega lúpus, devo dizer que ele se parece muito com a rainha, especialmente os cabelos prateados como a lua cheia no céu, não há dúvidas que é vosso filho, também devo frisar que se comporta como um alfa selvagem desprovido de quaisquer modos, ele já carrega a marca do líder da alcatéia e participou do rito de casamento arcaico e desonroso, se tornando oficialmente um dos selvagens.

No entanto a maior de todas as minhas surpresas, foi o fato de que aqueles ovos que ele carregava para todo o canto realmente eclodiram, e dele saíram duas criaturas completamente exóticas, dragões, posso afirmar. Temo que o ômega porte dois dragões que o obedecem inteiramente.

Ainda são pequenos, mas crescem assustadoramente rápido, e logo se tornaram grandes feras soltando fogo capaz de destruir até o maior dos exércitos em minutos.

Majestade peço desculpas pela demora em lhe contactar, tive de ser sorrateiro e me manter longe deles por um tempo, pois o ômega de alguma forma sente minha presença, quase fui pego uma vez, apesar de tudo, consegui saber que eles se encaminham para às vilas sulinas nas campinas, afim de fazer mais um de seus saqueamentos. Eles estão indo pela floresta pantanosa.

Afirmo também que exército nenhum no Norte é páreo para eles, são bárbaros sanguinários, assassinos natos, e numerosos, até mesmo as mulheres betas pegam em armas, e até as crianças mais graudas já tem sua própria espada.

Atenciosamente: Woo Jyung.

Chang guardou a carta no bolso novamente tomando de seu vinho, tinha ciência de que seu exercito não era páreo para a comitiva dos selvagens, e isto o irritava, e o irritava mais saber que o ômega que abandonou na floresta a muito tempo atrás estava vivo e com os malditos dragões, ele podia sim ser o homem que a profecia ditava.

O Último Ômega • jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora