29. Desconhecido

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Comecei a andar sem rumo nenhum, na estrada só há eu, minha filha e a poeira subindo cada vez que eu dou um passo

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Comecei a andar sem rumo nenhum, na estrada só há eu, minha filha e a poeira subindo cada vez que eu dou um passo.

Vejo então apenas um caminhão se aproximando, parei de andar e dei minha mão dando um sinal. Isso é muito arriscado, mas seria minha única chance.

Avisto um senhor que aparenta ter uns 55 anos, saindo para fora do caminhão e vindo em minha direção, confesso que seu olhar não me transmite muita confiança.

Mila: Moço, eu preciso sair deste lugar é uma longa história.

Que bela maneira de explicar né, mas enfim, ele sorriu para mim nem sei por que.

Joel: Olha moça, é muito perigoso ficar assim no meio de uma estrada deserta.

Ele tem razão, mas eu não tive tanta culpa eu acho.

Mila: Moço, foi uma doida que fez isso comigo.

Joel: Certo, entra aí eu vou ver o que posso fazer por você.

Eu não deveria, mds quando eu vou aprender a não confiar em estranhos, mas talvez eu não iria ter outra oportunidade.

Mila: Não, eu não posso confiar em estranhos.

Joel: Relaxa moça, eu sou do bem.

Sua voz não me transmite nenhuma confiança, eu nem conheço esse cara.

Mila: Bem, é a minha única escolha eu acho.

Entrei no caminhão, eu nem havia perguntando o nome do moço.

Joel: Qual seu nome moça?.

Mila: Ah me chamo Mila e você?.

Novamente a anta aqui falando o nome para estranhos.

Joel: Ah eu sou o Joel.

Huum talvez ele tenha mentido até o nome, eu não confio nesse moço, claro né anta tu nem conhece enfim noias minhas né.

Mila: Moço, eu preciso chegar no centro da cidade.

Joel: Beleza.

Ele apenas disse isso, eu nem sei se ele está indo em direção ao centro da cidade mesmo.

Ele parou de dirigir em frente à uma casa. Eu estava sem entender absolutamente nada, e a vida da minha filha também corre riscos.

Joel: Mila, desça do caminhão.

Respirei fundo.

Mila: Como assim?. Nois ainda não chegamos no centro.

Espero que esse cara não seja um assassino, ou coisa semelhante era só o que me faltava.

Joel: Eu vou falar só mais uma vez, desça do caminhão.

Mila: Não.

Sim eu tive a audácia de dizer isso.

Joel: Moça, você está grávida e eu não quero ter que te agredir.

Mds minha vida só piora. Então eu obedeci e desci do caminhão o tal de Joel fez o mesmo, enquanto ele se distraia abrindo o portão daquela casa, vi então minha oportunidade de fugir e corri sem parar.

Joel ao perceber minha fuga entrou novamente no caminhão e começou a dirigir, parou bem em minha frente, pois eu já sem nenhum fôlego e com o peso da minha barriga parei de correr.

Mila: Ok eu me rendo, moço por favor não me mate eu tenho uma filha pra cuidar.

Joel: Se você fizer tudo o que eu mandar, eu não te mato.

Ok, eu estou com muito medo. Entrei no caminhão, e ele dirigiu novamente até aquela casa e abriu a porta.

Eu entrei e ele também. A casa é bem pequena, não tem muitos móveis, mas me sentei em um pequeno sofá e Joel fez o mesmo.

Mila: Moço, eu estou com medo.

Joel: Sofia, meu amor venha aqui.

Mds e agora quem é essa tal de Sofia, eu estou morrendo de medo.

Sofia: Joel, quem é essa menina?.

Eu deveria era perguntar quem é essa mulher?.

Joel: O nome dela é Mila, acabei trazendo ela, pois encontrei perdida na estrada deserta.

Sofia: Eba, então já temos mais uma para o nosso esquema.

Será que eles também são traficantes?, ah não tudo menos isso.

Mila: Esquema?. Do que vocês estão falando.

Sofia: Enganamos jovens para a prostituição e você vai ser a mais nova.

Mila: Moça, eu estou grávida, tenho uma vida para cuidar por favor me deixe ir.

Sofia: Mila né?, então florzinha você vai ter que abortar esse filho.

Essa mulher só pode estar doida.

Mila: Não, nunca.

Joel: Sofia, acho que vamos ter que dar um jeito nisso né?.

Sofia: Vamos ter que chamar reforços.

Reforços?. Eu estou muito ferrada, tanta desgraça de uma só vez.

Joel: Vou ali chamar os caras.

Então tem mais gente envolvida nisso tudo?. Vejo uns três moços vindo em minha direção, dois me seguraram firmemente, enquanto o outro me deu algo para beber e do nada eu simplesmente não vi mais nada...

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