Atualidade e realidade;

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Hinata acabou sorrindo bem satisfeito com a reação e cuidado de Kageyama. Subiu na garupa da bicicleta com a ajuda do moreno, abraçando Kageyama por trás e sentindo seus cheirinho de lua e mel. Ah, como era confortável ter ele por perto, ainda mais, era a pessoa que amava ali. Hinata não podia estar mais satisfeito com aquilo!

Kageyama pedalou a toda velocidade ignorando a batida acelerada de seu coração com a aproximação tão repentina de Hinata. Sabia que ele fazia de propósito, apenas para deixar o maior desnorteado com a sua forte influência em sua vida.

Chegaram ao portão do colégio que estava quase sendo fechado pelo porteiro e por um triz, conseguiram passar pelo portão sendo perseguidos por um dos guardinhas que não aprovou a insolência dos dois garotos. Conseguiram despistar o guardinha e guardar a bicicleta.

— Vem, eu vou te carregar até a enfermaria. — falou carregando Hinata nas costas.

O garoto era tão pequeno e leve, que era um absurdo chamá-lo de ser humano. Pesava menos que uma pena e ainda tinha um cérebro de vento, que estava sempre perdido no mundo bem distante da realidade.

Chegaram na enfermaria e a enfermeira ajudou a carregar Hinata até uma maca, onde cuidou de seus machucados e do tornozelo machucado, enfaixando o pé do garoto. Recomendou alguns dias de repouso e sem esforço, e também suspendeu as atividades do clube de vôlei.

Hinata chorou em desespero. Ele não iria jogar por que estava com o pé machucado, e aquilo era uma tortura imensa. Seu amor pelo vôlei era gigantesco e ele não iria conseguir jogar por uns dias por causa do seu maldito pé.

A moça pediu para Kageyama ajudar Hinata a voltar para sua sala, e assim foi feito. Ajudou-o a se sentar em seu devido lugar e se despediu, pedindo desculpas pelo incómodo. Hinata passou o dia com um sorriso bobo nos lábios depois daquela atitude fofa de Kageyama.

Não era todo dia que ele agia assim, então decidiu aproveitar que o outro garoto estava disposto a ser um pouco diferente do seus dias habituais. Já imaginava como seria a hora do lanche deles, se iriam para o lugar de sempre.

Hinata imaginou tantas coisas! Se via bem apaixonado pelo moreno de olhos azuis escuros com o mais profundo e belo do oceano. Sentimentos novos!

Já Kageyama estava ansioso para encontrar Shouyou e cuidar do garoto. Queria muito ser da mesma sala que ele, mas infelizmente esse não era o caso e ansiava ainda mais a hora do intervalo para poder aproveitar seus momentos estranhos juntos.

Se perguntou, como iria levar Hinata até o terraço da escola. Isso seria trabalhoso, mas estava disposto, aliás, por Hinata, ele entraria num vulcão se o ruivo pedisse.

O horário já deu!

Correu o mais rápido para a sala de Hinata, encontrando o garoto dormindo feito uma criança mimada babando na mesa toda. Suspirou, dando um leve soco no ruivo que acordou assustado.

Que sono leve, pensou Kageyama observando o outro garoto. Sorriu bem mínimo para ele.

— Porque você sempre me bate? Não sabe acordar alguém delicadamente? — reclamou Hinata, acariciando a própria cabeça tentando amenizar a dor.

— Não reclama, senão apanha de novo! — ameaçou.

— Me diga uma novidade, Bakageyama! — fez bico altamente revoltando.

Kageyama revirou os olhos, não ligando pro mini drama do outro garoto que continuou a falar um monte de besteiras. Como ele aguentava isso? Não sabia. Mas sabia que por amar aquele ruivo irritando, já era o suficiente para suportar suas loucuras.

— Cala a boca! Estamos perdendo tempo aqui… — resmungou.

— Que? Mas como assim, idiota? Eu mal consigo andar… não podemos subir hoje. Vamos comer aqui!

— Eu não quero!

— Como? E desde quando é você que decide, Bakageyama? — o ruivo estava começando a se revoltar. Eles iriam mesmo discutir sobre o óbvio diante daquela situação toda?

— Não importa! Aqui eu não consigo fazer o que quero com você… — revelou envergonhado. Céus, como se sentia um idiota.

Hinata, mesmo irritado com o moreno, se via corado e em concordância com o que o outro propusera. Acabou nas costas de Kageyama enquanto era carregado até o terraço, onde estava vazio — como sempre. Sentaram-se em seus e começaram a comer em silêncio.

Algo explodia no cérebro de Hinata.

— O que é que você queria fazer?

Perguntou sem rodeios. Estava curioso, e apesar de ser bem óbvio de qual era, ainda sim era o mesmo Hinata lerdo de sempre. Kageyama suspirou envergonhado, assumindo por fim, suas intenções:

— Eu quero muito te beijar, Hinata Shouyou!

Continua...

seus olhos....Where stories live. Discover now