Capítulo 14

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Foi o melhor beijo da minha vida. Quer dizer, o meu primeiro beijo.
Era besteira, mas era a melhor sensação do mundo. Não era nada do que eu tinha imaginado, era muito melhor. Os lábios de Jae eram quentes e macios e apesar de não ter sido um beijo profundo como eu costumava ver nos filmes, foi o suficiente para me levar para fora de órbita e não sentir minhas pernas quando ele se afastou.
Tentei voltar para realidade, mas o seu rosto levemente vermelho e sorri tímido não ajudou, já que eu parecia estar em um sonho e não queria de jeito nenhum despertar.
– Jae... – Queria dizer para ele como estava me sentindo, mas parecia que meu corpo falou antes que eu percebesse. Senti meu rosto corar quando o meu estômago roncou mais uma vez e ele riu. – Desculpa. – sussurrei morrendo de vergonha.
– Venha, vamos comer. – Jae apertou de leve minha mão e sorriu, mas tudo o que consegui fazer foi dar um meio sorriso, ainda estava morrendo de vergonha. Não tinha comido nada preocupada com o que usaria aquela noite que não me preocupei em comer e evitar tal constragimento. – Sabe...
– O que? – Perguntei quando percebi que ele não continuou.
– Ainda bem que você esta com fome, estava pensando em qualquer motivo para não deixá-la ir embora ainda. – Ele suspirou e riu. – Aliás, também estou morrendo de fome e sei de um lugar perfeito para levá-la. Melhor ainda é que estamos pertinho.
Ele verificou algo em seu celular e depois parecendo ter total confiança, me levo pelas ruas de Nova York. Eu não conhecia nada por ali, mas era incrível como Jae parecia conhecer as ruas tão bem. Talvez ele tivesse costumado de andar por ali e por isso conhecia tão bem.
Vendo que muitas lojas ainda estavam abertas, ia aproveitar para Jae me levar na loja que Giulia pediu para que eu fosse, afinal até eu estava curiosa de ir em tal loja, ainda mais quando vi que era extremamente famoso ultimamente. Era o que mais tinha no YouTube quando se pesquisava sobre e é realmente queria ver o motivo de tanto sucesso.
– Aqui! – Jae parou na frente de um restaurante que fez o meu queixo cair. As pessoas que  entravam e saíam do local eram chiques e estavam muito bem arrumadas, eu jamais entraria em um lugar daquele, principalmente porque acabaria com as minha economias em uma única noite.
– Esse lugar não é muito caro não? – fingi tossia na tentativa de disfarçar a minha vergonha.
– Um pouco, mas essa noite você será minha convidada, então não precisa se preocupar com valor, e aliás esse é o melhor restaurante que já comemos.
– Já comemos?
– É, eu e o pessoal da empresa, sabe como é, muita gente e a maioria exigente, e esse foi o melhor lugar para todo mundo. Venha, vou te mostrar.
Jae tirou a touca revelando o seu cabelo tonalizando de um vermelho vivo, porém que combinava perfeitamente com ele. Envergonhado, ele bagunçou os cabelos tentando os deixar menos amassados e sorriu.
– Mudar as vezes é bom.
– Uau! – Foi tudo o que consegui dizer naquele momento enquanto o admirava. – ficou indo em você, sem duvida.
– Obrigado. – Ele corou.  disfarçou quando seguiu o recepcionista até nossa mesa.  Ele puxou a cadeira e acenou para que eu sentasse.
Fiquei chocada porque essa atitude que eu só via nos filmes, nem meus país que se amavam muito eu via tal gesto.
– Obrigada! – E quando Jae se sentou na cadeira da frente exibiu o seu rosto sem nada cobrindo parte ou metade dele, fiquei de boca aberta.
– O que foi÷ Meu rosto está sujo? – desesperado ele tentava limpar uma sujeira invisível que achou que existia.
– Não, não! – Balancei os braços nervosa e ri. – É a primeira vez que vejo o seu rosto sem máscara, óculos,touca ou boné o cobrindo.
– e o que achou? – perguntou desconfiado.
– Mais lindo do que eu poderia imaginar. – Sorri feito boba ainda tentando absorver a sua beleza radiante. – Não devia cobrir tanto o seu rosto.  – reclamei.
– Não é fácil sair por aí sem ser reconhecido, prefiro andar assim, sem ser reconhecido, mas prometo que para você, não esconderei mais o meu rosto.
– e eu agradecerei, obrigada.

Jae pediu o nosso jantar e não reclamei quando ele indicou o seu prato favorito para que eu experimentasse.  Estava mais e mais curiosa para conhecê-lo e seu prato favorito fazia parte da enorme lista.
– Deve ser difícil trabalhar na sua área Por um momento pensei que era legal por conta do que pode conseguir, mas agora pensando, se até você que e um maneger tem que se esconder das fãs, creio que não e tão bom assim .
– Faz parte,  eu realmente amo o que faço, mesmo com esses pequenos detalhes, ainda vale a pena. Sinto-me feliz quando a noite acaba e vejo que todo mundo também está feliz.
– Uau, você é mais incrível do que eu imaginava. – Pensei alto e meu rosto esquentou. Jae riu.
– Eu faço o meu melhor, mas mudando de assunto... – os nossos pratos foram servidos e foi difícil comer e pensar nas respostas de todas as perguntas que ele fazia.
Eu achava que só eu tinha mil perguntas para ele, mas era o contrário, ele tinha mais do que, algumas bem mais criativas, como quais eram os nomes das minhas melhores amigas e qual poder eu poderia ter se pudesse escolher. Claro que eu jogava as perguntas de volta para saber as suas respostas também.
Acabávamos rindo demais da história um do outro que algumas vezes esquecia que estávamos em um lugar público.
– Vejo que está realmente usando a aliança que te dei. – Ele comentou depois de um tempo em silêncio e terminou o seu copo de vinho.
– Claro, eu não a tiro desde aquele dia.
– Fico feliz, de verdade.
– Eu nem tanto. – disse emburrada e cruzei os braços. – O senhor deveria estar usando uma também, pelo menos é assim no meu país. Ambos usarem aliança no compromisso.
Jae se aproximou e puxou minha mão.
– Não posso usar uma, por enquanto, mas saiba que eu sou seu de qualquer maneira. – Jae beijou a aliança em meu dedo e sorriu. – E fica muito melhor em você.
– Aí que desculpa mais esfarrapada, mas por enquanto vou deixar passar. – Forcei um sorriso e suspirei.
Do lado de fora não parava de nevar e agora as ruas estavam vazias. Eu sofreria para encontrar um táxi e voltar para o hotel.
– O que está pensando?
– Nada demais, só se vou achar algum táxi no meio dessa nevasca. – Bufei encostando novamente na cadeira. – Não era essa a previsão do tempo. E queria passar em uma loja antes de voltar, acho que meus planos já eram.
– Você pode ir amanhã ou outro dia. – disse tentando me animar.
– Mas eu queria que você me ajudasse, afinal parece que você conhece mais daqui do que eu. – Dei um meio sorriso e ele riu.
– Só tenho que ir embora amanhã de noite, então posso te fazer companhia até lá.
– Oba! – animada, terminei o meu copo e observei enquanto Jae pagava a conta. Ainda me sentia mal por deixar que ele pagasse tudo.
– Vamos? Se ficarmos mais, não vamos sair daqui hoje.
– Sim, melhor.

Tentamos achar um táxi, mas todos os que pareciam estavam ocupados e os de aplicativos também estavam em falta. Como eu voltaria? Estava longe demais para voltar a pé e frio demais para aguentar ficar mais ali parada. Poderia virar uma boneca de gelo em breve.
Jae sacudiu a neve dos meus cabelos e limpou o meu rosto.
– O meu hotel é aqui perto, duas quadras de distância...
– Não me faça inveja agora, por favor.
– Deixe-me terminar, se quiser, pode ir para lá comigo.
Eu engasguei com o ar que tinha acabado de inspirar.
– O que? Mas isso é errado, não posso. De jeito nenhum, meus pais me matariam, e os seus também porque sei como é errado na Ásia homem e mulher solteiros dormirem no mesmo quarto sozinhos, não, não, não. – Balancei a cabeça negativamente várias vezes e Jae me parou com um beijo na bochecha.
– Não estamos na Coreia e nem na casa dos seus pais, mas se prefere ficar a noite toda aqui no frio esperando um carro disponível, tudo bem, ficarei aqui com você.

Já passava da meia noite e sem total esperança reconsiderei.
– Mas eu não tenho roupa para dormir e essa já está molhada. – disse sem olhá-lo.
– Eu empresto uma minha. – Senti que ele sorria só pela a sua voz. – Prometo não fazer nada e dormir bem longe de você.
Sabia que era arriscado, mas mesmo assim, estava feliz por não me separar ainda dele.

Ele é um idol ♪ BTSWhere stories live. Discover now