Um beco sem saída

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Oie.

Bem eu queria um cap bem leve mas os meus dedos me traíram e aconteceu o que aconteceu

Não me matem eu não fiz nada

Caso encontre algum erro me avisa que tem sempre um que passa despercebido

Obs: cap não revisado




....




Assim que Theo abriu os olho ele ficou surpreso com o lugar onde estava. Ele estava no seu quarto. Não estava na maca imunda que ele era obrigado a dormir. Mas sim na cama que ele cresceu. Na cama que ele diversas vezes achou que era a habitação de um monstro. Na cama em que adormeceu ouvindo a voz doce de sua mãe.


Ele levantou e reconheceu o seu quarto imediatamente. Ele viu os seus soldadinhos em posição de ataque, como ele sempre os deixava, no parapeito da janela, ele reparou nos seus lençóis suaves, em que ele já chorou diversas vezes. Ele reparou nas paredes azuis rabiscadas, cheias de desenhos que ele próprio fez, e sorriu ao identificar algo que deveria ser uma flor.


Theo ouviu vozes vindas de outros comodos e saiu em disparada, ao chegar a outro comodo viu algo que fez os seus globos ficarem totalmente húmidos. Ela estava ali, a sua mãe, ao vivo e a cores. Ela continuava com os mesmos cabelos castanhos e a mesma expressão cansada. Theo ficou atordoado ao vê-la na cozinha como antes.


-Oi, meu amor – disse a mulher notando a presença de Theo no recinto. A sua voz continuava doce e calorosa como sempre – como foi a noite? Tiveste pesadelos? – questionou com uma expressão que demonstrava ternura. Uma ternura que Theo sentia saudades.


-Não… - murmurou Theo negando com a voz completamente embargada. Ele não sabia o que estava acontecendo, mas ele queria poder aproveitar. Ele sentia saudades de sua mãe mas do que tudo.


-Vem comer, filho – Theo direcionou o seu foco para a mesa de jantar e ele pode ver com clareza o homem sentado nela. A mesma pele preta. Os mesmos cabelos crespos. Os mesmos olhos verdes. Era o mesmo homem que o ensinou a andar de bicicleta. Que o ensinou a dançar músicas dos anos oitenta. E o consolou em diversos momentos da sua vida. Ele foi de forma totalmente apressada e desajeitada abraçar o homem, este que apenas sorriu de forma ligeira com o comportamento do filho – é melhor você começar a comer, temos que ir a igreja.


Theo não conseguia parar o questionamento que acontecia dentro de se, até que ele escutou uma voz que ele nunca esperou ouvir novamente. A voz que ele se culpa por ter silenciado. A voz que o confortava nos momentos de crise. E essa saía de da boca da pessoa que Theo mais amava.


Tara vinha na sua direção com um bolo de aniversário em mãos. Ela cantava a típica canção de parabéns enquanto colocava o bolo, com o número treze, na mesa e disse com um sorriso caloroso nos lábios:


-Pede um desejo, pirralho.


E antes que Theo podesse dizer dizer alguma coisa um estrondo foi ouvido pela cozinha e um homem com um capuz entrou com uma arma em mãos e atirou contra o peito da mais velha, que caiu no chão sem já sem vida.


Theo nem sequer teve tempo de se recuperar do choque, quando outros dois tiros foram ouvidos e ele pode ver o seu pai e a sua irmã no chão, que já estava completamente coberto pelo sangue dos Raeken.


Theo levantou o olhar e notou a o homem retirou o capuz que, ocultava a sua identidade, para revelar o rosto do homem que o abusou. O rosto do destruidor. O mesmo homem que fez Theo desistir de sua vida. O mesmo pedófilo que acabou com qualquer esperança de salvação.


Assim apontou a arma em sua direção Theo se desesperou. Ele pode ver os olhos vazios e sem vida daquele homem nojento e assim que Theo foi viu ele puxando o gatilho… Theo acordo na sua maca totalmente suado e com a respiração totalmente desregulada.


Ele viu que estava novamente na sua prisão mas que ao contrário das outras vezes ele não estava sozinho. Ele arregalou os olhos ao ver o seu agressor vindo na sua direção calmamente. Ele ficou ao lado de Theo, que vou tomado por um sentimento de pavor sem igual.


O homem a sua frente que trajava roupas sociais não parecia o monstro que Theo temia. Mas mesmo por traz daquelas roupas daqueles óculos finos e daquele sorriso, habitava um ser maligno que foi diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial.


-Oi Theo – murmurou o homem cuidadosamente. Até a sua voz transmitia horror a Theo - como é que vocês estão? – perguntou cuidadosamente enquanto pousava a mão na barriga, que para o espanto de Theo estava enorme, e acariciou o local – eu cuidei de vocês enquanto estavas a dormir.


Theo não sabia o que fazer. Ele estava totalmente a mercê daquele homem que apenas o tinha causado mal. Mas também não sabia como se sentir ao notar o estado avançado da sua gestação. Ele estava espantado pelo tamanho nada discreto de sua barriga.


-Foram vinte e sete semanas longas. Nunca mais tentes fazer uma loucura dessas – ordenou o homem com um tom não tão amigável enquanto acariciava os cabelos de Theo, este que estava fraco demais para fazer qualquer movimento – quase que mataste os nossos filhos. Eu tive que usar muito da minha magia para vos manter vivos. Mas valeu a pena – completou com um sorriso nos lábios


-Vai embora – murmurou Theo com a voz totalmente embargada e tremula, devido a garganta arranhada e ao ódio que ele sentia. Ele afastou bruscamente as mãos daquele ser desprezível. Apenas depois de tal esforço notou o quão cansado estava. Era como se ele não tivesse mais forças, os seus braços estavam mais magros ao ponto dele conseguir enxergar os seus ossos – não me toca. Você nunca vai chegar perto nem de mim n do meu filho.


-Theo, fica calmo. Olha nós começamos da forma errada – enunciou ele com a voz suave e calma. Ele se aproximou de Theo e estendeu a mão - meu nome é Christian, e eu não quero te fazer mal. Apenas quero cuidar de você e dos nossos filhos – disse com  sorriso nos lábios – nós vamos ter gêmeos.


-Você me estuprou. Um garoto de doze anos. Você é um pedófilo – exclamava Theo a plenos pulmões – você nunca vai se aproximar de mim nem dos meus filhos. Eu não vou deixar você fazer com eles o que você fez comigo – berrou Theo.


Assim que ele terminou a frase uma dor, que ele nunca havia conhecido antes, se apoderou de seu corpo como se alguém tivesse começado um incêndio dentro de seu ventre. Era uma dor insuportável. Christian ao ver que estava acontecendo de novo colocou as mãos por cima da barriga de Theo e delas começou a emanar uma luz vermelha, até que Theo foi se acalmando e a dor foi diminuindo até que se acalmou.


-Os nossos filhos estão com fome. Eu venho aqui todos os dias para dar a eles um pouco de magia para não consumirem toda a tua força vital – explicou Christian enquanto sorria para barriga de Theo – eles estão a devorar todas as tuas energias. Eles vão ser fortes igual a mim – Christian desviou os olhos da barriga e passou a fitar as orbes claras do pré-adolescente que retribuia com um olhar carregado de medo e dúvidas – Você precisa de mim Theo. Os nossos bebês consomem magia e eu sou o único que tem. Você não pode me afastar deles porque senão vocês morrem. E eu não paguei milhões de dólares para que um adolescente infantil estragasse os meus planos. Então assim que os MEUS filhos nascerem eu vou levá-los e você não terá mais que ver nenhum de nós.


Assim que aquele homem apanhou o sobretudo da cadeira que se encontrava naquele quarto e se retirou daquele ambiente, deixou para trás um garoto totalmente assustado. Theo não sabia o que fazer, ele estava em um beco sem saída. Mas ele não queria ter que se despedir dos seus filhos.




....





Me diz o que você achou

AVISO IMPORTANTE: Apartir do próximo cap teremos um salto temporal, onde vamos contar a história da pack depois dos caçadores e do Anuk- ite.

E vamos ter a primeira interação do nosso casal principal.

Theo Raeken: O Passado Sombrio De Uma Chimera [Finalizada]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora