07

504 80 125
                                    

Voltamos juntos para nossas casa, caminhando perto, mas sem nos tocar. Foi uma sábia decisão, pois o ruivo mal humorado estava o esperando no portão da sua casa.

Shoto correu para dentro de casa sem me olhar. Assim que passei por ele, Enji segurou o meu pulso com força, me parando no lugar.

—O que pensa que está fazendo com meu filho?

—Ele só me indicou o caminho até aqui, a cidade mudou bastante desde que me mudei, sabe?

—Não tente colocar suas ideias nojentas na cabeça dele. Seu pai deveria ter te internado, seu doente!

—Acho bom soltar o meu braço! Esqueceu quem eu sou? Um artigo meu pode destruir sua carreira política em Konoha! Fique longe de mim!

Enji se afastou alguns passos e eu caminhei de volta para a casa da minha mãe, sem olhar para trás. Me permiti desabar apenas quando estava fora da sua vista.

Consegui dormir apenas quando Shoto me mandou uma mensagem dizendo que estava bem, e só acordei quando minha mãe bateu na porta, avisando que eu tinha visita. Desci as escadas, ajeitei um pouco o cabelo. Revirei os olhos quando vi o policial parado na entrada da casa da minha mãe.

—O que foi, Bakugou?

—Aizawa pediu para você ir na delegacia hoje, se possível.

—Veio aqui só por isso? — Ele só deu de ombros -Irei depois do almoço, obrigado.

—Estou sozinho, posso te dar uma carona.

Notei sua inquietação antes de notar seus olhos fixos nos meus braços cruzados, estava com uma camisa de mangas curtas. Eu odiava aquele olhar de pena.

—Não, eu vou depois.

Ele segurou no meu pulso e me impediu de voltar para o conforto da casa — Izuku, sobre domingo...

—Por favor, não comece .

—Eu só queria dizer que... pode não ter significado nada para você, mas para mim significou. 

Antes de conseguir dizer alguma coisa, ele se aproximou como se quisesse me beijar. Reagi rápido e o empurrei para longe, quando virei para entrar na casa, pude ver Shoto parado na porta da sua casa nos observando.



—Midoriya, você gosta de causar problemas?

Esse foi o comprimento de Aizawa quando entrei na sua sala, pouco depois do almoço. Sentei na sua frente, cruzei as pernas e tentei relaxar.

—O que eu fiz dessa vez?

—Você irritou o prefeito, eu não acredito que você ameaçou escrever um artigo negativo dele!

—Em minha defesa, aquele idiota me ameaçou primeiro.

—Você não tem amor a própria pele — De fato eu não tinha — E ainda por cima conversou com os filhos dele!

—Que eu saiba todos são maiores de idade, não cometi nenhum crime.

—Merda... Você é mais ousado do que Nezu me avisou. Olha, eles querem te processar por invasão de privacidade e um monte de coisas.

—Não se vai longe no meu ramo sem processos na costas.

Ele abaixou e balançou a cabeça em negação. Eu não sabia se ele gostava de mim ou me odiava, mas apostava na primeira pois podia jurar que vi a sombra de um sorriso no seu rosto

CicatrizWhere stories live. Discover now