Capítulo 11 - Ethan

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Acordei atrasado na segunda-feira, porque fiquei até tarde pensando em Violet e no que tinha acontecido durante a manhã anterior. Dei um pulo da cama assim que olhei o relógio e descobri que já haviam se passado vinte minutos do horário que eu começava a trabalhar. Mas mesmo diante de toda a confusão para me arrumar nas pressas e sair de casa, não conseguia tirá-la da minha cabeça.

Há dois anos, Violet já era absolutamente linda, porém de um modo mais angelical, ingênuo, posso dizer até que um pouco "menininha", talvez devido a sua idade e falta de experiência. Mas durante esse período em que ficamos afastados, ela havia se transformado em uma verdadeira tentação e só pude constatar isso de fato, quando a vi usando apenas aquele biquíni. Totalmente vestida, ela já causava um estrago em minha mente, mas com aquelas peças minúsculas que mal cobriam seu corpo, eu ficava à beira do descontrole.

Assim que abri a porta do meu quarto e dei de cara com ela no corredor, me surpreendi, pois jamais esperei encontrá-la ali dentro. Ela estava linda, usando um vestido leve que, na medida em que andava, marcava as suas curvas nos lugares certos. Seus seios pareciam um pouco maiores, talvez pelo fato de ela ter ganhado mais massa corporal; seu quadril estava mais largo e sua bunda mais arrebitada.

Perfeita para mim.

Violet era pequena e eu gostava disso.

Só que, mesmo sabendo o quanto o corpo dela era belo, nada se comparava a quando a vi só de biquíni. Realmente, pude constatar, com cem por cento de certeza, que a roupa não enganava. Ela estava incrivelmente gostosa. Quando me pediu para espalhar protetor solar em suas costas, praguejei em pensamento, pois sabia que a partir dali entraria em um caminho sem volta. Minha ereção logo deu sinal de vida, implorando para sair da cueca, e eu me senti dolorido por longos e insuportáveis minutos. Precisei disfarçar com as mãos enquanto voltava para casa, jurando que ela me pagaria por isso.

A diaba tinha me provocado de propósito e eu podia apostar que estava rindo por dentro ao presenciar meu sofrimento.

Depois disso não consegui tirá-la da mente e fiquei puto pelo resto do dia. Quando Mary foi entregar o meu almoço, tive que me esforçar para ser gentil, pois estava mal-humorado. Esse estado de espírito durava até agora e, por isso, quando ela trouxe Jamie de volta, à noite, não me importei em ser simpático, querendo que desse o fora dali o mais rápido possível, antes que eu mandasse tudo para o espaço e a fodesse bem ali, só a libertando quando tivesse esvaído todo aquele desejo que eu sentia — e que tinha certeza que era recíproco.

Terminei de me vestir e saí correndo para bater o ponto. Assim que parei ao lado do carro, encontrei Charlie podando algumas árvores não muito longe dali. Imediatamente me aproximei dele.

— Bom dia, Charlie.

— Bom dia, garoto.

— Você sabe se a Srta. Baker já saiu? — Passei a mão pelo cabelo numa tentativa de colocar jeito nele, que estava um pouco maior do que o usual e, consequentemente, mais bagunçado.

— Sim. Ela já saiu há um tempo.

— Droga!

— Não precisa se preocupar. Ela saiu bem cedo, antes mesmo do horário que você deveria estar aqui, então ninguém, além de mim e Mary, notou seu atraso.

— Tem certeza?

— Claro. Pode ficar tranquilo.

— Melhor assim.

Ele voltou ao seu serviço e me despedi, retornando para casa. A pressa era tanta quando saí, que nem tive tempo de ver se Jamie estava bem. Caso tivesse precisado sair, teria que novamente pedir à Mary para olhá-lo, mas como agora não seria necessário, eu mesmo faria isso. Precisava dar um jeito nessa situação logo. Não sabia como conseguiria, pois não podia contratar alguém para ficar com ele aqui, e colocá-lo na creche não era uma opção. Já ficava muito tempo longe dele. Não podia obrigá-lo a passar o dia inteiro fora de casa. Já bastava o período em que ficava na escola.

Libertada (Duologia Raptada #2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora