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•Lucas•

Sinto algo batendo bruscamente eu meu peitoral, e logo depois um líquido gelado escorrendo pelo mesmo. Olho para frente, já abrindo a boca para brigar com quem havia causado isso, mas a fecho bruscamente quando vejo ela. A garota do aeroporto. O que ela está fazendo aqui?

Mas que porra...—começa ela gritando, mas, assim como eu, para
quando me reconhece.

—Vish—ouço uma menina dizer, e quando olho vejo que se trata de Bea. Volto minha atenção para a morena à minha frente.

—O que você está fazendo aqui?—digo indignado, mas não preciso de uma resposta. Ela estava com algumas folhas do colégio em suas mãos. Bom, pelo menos eram antes de meu milkshake as molhar inteiras.

—Eu devo ter jogado pedra na cruz—ela diz para si mesma com a mão na testa—Seu oftalmologista deve estar com saudades viu, que droga. E ainda estragou a minhas folhas! Eu precisava delas para amanhã!

—Está dizendo que sou eu que não olho para onde ando!?—digo, nervoso—Foi você que se levantou avoada e esbarrou em mim, jogando minha bebida por todo o lado!

—O que custa admitir que está errado?—grita enquando vem apontando o dedo em minha direção, mas antes que algo aconteça Henri a segura, junto com uma outra menina.

—Melissa, vem, vamos embora, é melhor você trocar essa roupa molhada, está bem frio lá fora. Vamos Bea—Diz a garota loira de olhos azuis, a qual nunca havia visto antes.

Logo percebo que as novatas comentadas pelo Henri são elas, e o olhar dele sobre a loirinha só me confirma. Dessa vez tenho que concordar com ele, elas realmente são gatas. Logo saem da lanchonete e Henrique me olha como se querendo uma explicação.

—Só vou pegar outra bebida e já te conto tudo—digo, ainda com cara fechada pelo ocorrido.

•Melissa•

    —E foi isso—digo quando termino de contar da onde conheço Lucas.

    —Vish...—diz Tina e eu rio com sua expressão.

    —Não é nem meu primeiro dia oficialmente e eu já fui me meter em confusão—falo cansada.

    —Eu sei que ele aparenta ser esse garoto grosso, mas quando ele deixa você se aproximar, você consegue ver quem ele é de verdade—Bea conta—Ele te faz se sentir bem até quando você ta na pior, é daqueles que você pode sempre contar, pois estará lá para te ajudar no que for. Ele realmente perde a paciência facilmente, é desconfiado e muito fechado em relação a quase tudo. Mas ninguém é perfeito né—termina Bea com um sorriso no rosto.

    —Bea, desculpa ser direta, mas vocês dois...?—Pergunto.

    —Não!—ela ri fazendo cara de nojo—Ele é meu melhor amigo! Vejo ele como um irmão—Responde ela—Eu amo o ruivinho que chamo de namorado. Lucas é todo seu, amiga—implica.

    —Desse eu só quero distância—digo rindo—Aquele ali nem deve ser capaz de ter algum sentimento por alguém—falo.

    —Aí que você se engana. Lucas já quebrou a cara com garota e depois disso se fechou ainda mais em relação à relacionamentos. Até hoje segue com o lema de pegar e não se apegar. Só tem a máscara de que não se importa, mas na verdade ele só não quer se machucar.

    —A gente pode falar de alguma outra coisa que não seja o Lucas, por favor?—digo incomodada.

    —Vamos assistir um filme?—propõe Bea, já com seu notebook aberto—Qual tema?

    —Romance?—Opina Tina, e eu nego.

    —Romance não...Pode ser um de ação?—Peço fazendo bico.

—Você não gosta de Romance? Romance é vida!—Tina diz chocada e Bea concorda.

—Por que ver algo que nunca acontece na vida real? Para sofrer? Para mim isso é conto de fadas—digo dando de ombros.

     Depois de um tempo descutindo, acabamos achando um do agrado de todas, e assim foi.

Colegas de Quarto ✔️Where stories live. Discover now