💕Capítulo 44💕

262 42 4
                                    

Ao sair do apartamento da Bruna, Carlos Eduardo estava quase surtando, seus olhos ainda estavam molhados, quando ele já ía para o estacionamento pegar seu carro foi que se lembrou que ele estava a pé, saiu do prédio e fez sinal para o primeiro táxi que passou, ele não deu o endereço de sua casa.

Ele não queria ficar sozinho, ele precisava de alguém que lhe tacasse na cara o quanto ele era um idiota.

Ele foi para o apartamento do Rafael.

Na portaria do prédio ele perguntou se o Rafael estava em casa, poderia não estar, Rafael tinha um loft pra onde ele levava suas conquistas, as únicas mulheres que entravam em sua casa eram suas parentes e a Bruna.

O porteiro lhe disse que o Rafael estava e ele subiu, ele tinha trânsito livre por ali.

Quando o Rafael abriu a porta ele não fez nenhuma gracinha com o amigo, ele viu que a situação era séria, ele nunca tinha visto o Cadu assim.

-- O que foi que aconteceu Carlos Eduardo?

-- O que aconteceu foi que minha vida acabou, eu vim aqui porque eu preciso que você me lembre o quanto eu sou um idiota, me lembre que fui eu o único que passou uma borracha nos meus últimos quatro anos e que amassou e jogou fora o papel onde esses anos estavam escritos, -- Seus olhos estavam lacrimejando de novo. -- me soque de novo Rafael, me bata até eu desmaiar, eu não quero mais ficar acordado Rafael!

O Rafael estava assustado, algo muito sério havia acontecido.

-- Cadu onde está a Bruna, ela está bem?

-- Ela está na casa dela e deve estar bem sim, ela conseguiu se livrar de um traidor, de um tolhador de vidas, ela deve estar ótima!

-- O que aconteceu? O que você veio fazer aqui?

-- Eu já disse, aconteceu o pior, e eu vim aqui pra você me bater, eu vim porque eu não tenho pra onde ir, já que eu não tenho como fugir disso, fazer o que em casa?

-- Cara eu estou ficando muito preocupado, eu acho melhor você começar a falar as coisas direito, do jeito que você está falando não tá dando não, se continuar assim eu vou ligar pra sua mãe, e quando ela chegar aqui eu vou atrás da Bruna. -- O Rafael disse isso enquanto digitava no celular.

-- Não precisa chamar minha mãe, large esse celular, -- O Rafael estava digitando ainda. -- já disse que não precisa chamar minha mãe, o que você pensa que eu sou, criança?

-- Bem, -- Ele disse soltando o celular.  -- você chegou na minha casa falando coisa por coisa, parecendo uma criança que se machucou e que não quer que a mãe saiba. Diz logo o que aconteceu Cadu.

-- Eu já disse, eu preciso que você me bata, que me lembre o idiota que eu sou, eu..

-- Eu vou chamar sua sua mãe! -- Ele pegou o celular novamente.

-- Me sirva uma dose dupla de whisky que eu te conto o que aconteceu.

-- Não acho uma boa idéia, você já não tá legal e eu..

-- Me sirva logo essa merda Rafael, aliás, deixa que eu mesmo me sirvo. -- Ele foi até a estante de bebidas e encheu um copo, mesmo com o copo cheio ele não largou a garrafa.

Aquilo estava mais para uma dose tripla, antes ele mesmo tivesse servido, pensou o Rafael. Ele esperou o amigo acabar de beber e disse:

-- Fale. -- E o amigo semi bêbado falou.

Quando ele acabou o Rafael só faltou voar em cima dele.

-- Mas você é um idiota mesmo, cara eu só não vou te socar a cara porque não bato em cachorro morto, seu idiota, você só faz merda, eu..

AOS SEUS OLHOS. Livro 1Where stories live. Discover now