💕Capítulo 35💕

365 47 28
                                    

Depois que ela fez essa pergunta o Carlos Eduardo ficou algum tempo olhando para ela, parecia pensar em algo, ela sustentou esse olhar, ele não, depois de um tempo ele baixou a cabeça.

-- Não existe uma resposta simples para essa pergunta.

-- Foi uma pergunta retórica Cadu!

-- Eu sei. -- Os olhos dele ainda fugiam dos dela.

-- Mas eu vou te responder mesmo assim, não tem como, não tem como ensinar alguém a ser o que ela não é! Mas o Rafael continuou mostrando ser um bom amigo, ele..

-- AMIGO MERDA NENHUMA, ELE QUERIA ERA TE COMER BRUNA, VOCÊ MUITO INGÊNUA NÃO VIU ISSO!

-- NÃO FOI NADA DISSO CARLOS EDUARDO, NÃO DESFIGURE O QUADRO MENTAL QUE EU TENHO DESSA LEMBRANÇA, O RAFAEL FOI AMIGO SIM, ELE..

-- Você continua a mesma menina ingênua que esteve em Paris, eu sou muito amigo dele mas nós nunca dormimos juntos, será que se eu pedir ele dorme? Acho que sim né, afinal de contas ele é meu amigo!

-- Você está sendo sórdido com minha história e me interrompendo a todo momento, assim eu não vou conseguir explicar e consequentemente você não vai conseguir entender.

A cara dele estava vermelha, parecia um pavio prestes a estourar, mas diante das suas últimas palavras ele respirou fundo e se levantou, ela ficou em silêncio vendo ele andar pela sala, passando a mão nos cabelos ele parou, olhou para ela sentada no sofá e foi até o balcão se servir de um copo de água, de repente a garganta ficou seca, talvez por causa das próximas palavras que ele teria de pronunciar, já que ele queria mesmo é falar outra coisa..

-- Me desculpe Bruna, por favor continue.

-- Antes do Rafael chegar em Paris eu estava disposta a entregar meu corpo a qualquer um, eu só queria me livrar.. você sabe do que, eu não sabia que mesmo sem amor eu podia sentir prazer.

-- Não sei se quero escutar isso.

-- Já eu não queria falar, mas diante dos fatos eu preciso falar e você precisa escutar Carlos Eduardo.

-- Continue então. -- Dava pra ver que ao invés de água ele queria uma bebida forte.

-- Eu tive muita sorte de ter um amigo como meu primeiro parceiro. -- Ela ouviu uma risadinha irônica quando falou a palavra amigo. -- Hoje eu poderia ser uma mulher traumatizada para o sexo, você tem que entender Cadu que eu não pretendia namorar ninguém lá na França, eu literalmente iria escolher um homem e me deitar com ele. -- Ele suspirou. -- Mas ao invés disso, eu aprendi que meu corpo e minha mente podem ser parceiros, que uma mulher pode ter prazer mesmo sem amor, e é isso que eu quero que você entenda, eu e o Rafael não tivemos um romance em Paris, éramos apenas dois amigos, o que aconteceu em Paris nunca mais se repetiu, nem aqui e nem em qualquer outro lugar, Paris foi meu casulo, eu cheguei lá uma lagarta e sai de lá uma borboleta, mas uma borboleta que já tinha dono, ele ainda não sabia, mas ele era o meu dono!

O silêncio só mascarou a tensão que ficou no ar, eles ficaram se encarando, ela gostaria de saber o que ele estava pensando.

-- Seu dono? Mas você escondeu isso de mim, se não tivessem sido vistos, vocês nunca me contariam.

-- Não é bem assim Cadu, o Rafael combinou comigo que se eu conseguisse te conquistar, que era para eu te contar tudo que havia acontecido em Paris. Quando começamos sair ele veio me cobrar isso, eu falei pra ele que eu e você ainda não estávamos firme, que era pra esperar mais um pouco, esse um pouco acabou se prolongando e quando eu fui ver você já estava colocando um anel de noivado no meu dedo, o Rafael veio falar comigo de novo, dessa vez eu disse a ele que deixasse esse assunto pra lá, que deveríamos continuar com o regra; o que se faz em Paris, fica em Paris. Nessa ocasião ele me advertiu que um dia eu poderia me arrepender dessa decisão, que caso você descobrisse por outros meios, nós nos veríamos na merda, foram literalmente essas palavras que ele usou!

AOS SEUS OLHOS. Livro 1Where stories live. Discover now