[40] Brave

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Avery Holmes

Foi no dia seguinte que aconteceu.

Eu acho que visto que tudo estava bem por uma vez, eu tinha que baixar as minhas guardas. Eu estava a descontrair e a divertir-me por uma vez em muito tempo, e eu não me estava a preocupar com toda a situação da Kate e do Jake. Grande erro.

“Hey, amor, aqui está o morango!” a voz animada da Darcy disse enquanto ela entregava um lindo morango à minha filha. Eu estava na cozinha com ela, cortando alguns morangos que o Oliver tinha acabado de comprar da loja. A Aimee estava a correr por todo o lado, ocasionalmente aparecendo por aqui e abrindo a boca para um morango.

“Então, eu tenho umas grandes notícias.” A Darcy disse, um grande sorriso atravessou a sua cara. “Uma vez que tu basicamente és a minha melhor amiga mais chegada e o teu namorado é um dos meus quase-a-ser-marido padrinhos, eu queria perguntar-te se tu serias a minha Dama de Honor!” ela bateu palmas, guinchando.

“A sério?!” eu prendi a respiração. “Tu queres que eu seja a tua Dama de Honor? Isso é... Oh meu deus obrigada!” eu abracei-a, pousando o morango que estava na minha mão. “Eu nunca estive sequer num casamento, isto é insano!”

“Bem, agora tu serás basicamente a parte mais importante da festa do casamento. E eu também me estava a perguntar se a Aimee poderia ser a menina das flores.” A Darcy cruzou os seus dedos, baixando o olhar para a Aimee, que tinha as mãos cobertas de sumo de morango.

“Sim! Eu quero flores!” a Aimee bateu palmas. “E um vestido! Um bonito!”

“Claro, amor.” A Darcy prometeu-lhe. “Um lindo vestido de verão.”

Eu sorri e encaminhei-me para fora da cozinha, limpando as minhas mãos nas minhas jeans. Toda a suíte estava silenciosa, quase toda a gente estava na cozinha. Eu dirigi-me ao quarto, tranquei a porta e fui para a casa de banho, precisando do meu banho matinal.

Eu ainda não conseguia acreditar que a Darcy estava a fazer-me sua dama de honor. Parecia maluco, mas agora que eu pensava nisso, ela era mesmo a minha amiga mais chegada. Eu acho que nos últimos dias nos temos aproximado mais por causa de eu ter partilhado o seu quarto de hóspedes. De qualquer maneira, eu estava feliz.

Colocando as minhas mãos nas minhas ancas, eu carranquei e procurei a minha escova do cabelo. Eu sabia que a tinha colocado no balcão há uns segundos, por isso onde raio estava ela?

“à procura disto?” uma voz disse atrás de mim. Eu conhecia esta voz profunda e intimidante – pertencia ao Marcus. Eu virei-me, olhos esbugalhados com medo. Ele permanecia contra a porta da casa de banho, sorrindo tarado para mim, encurralando-me de sair.

“Marcus, desanda daqui.” Eu avisei. “Eu penso que nós já passámos por isto.”

“Oh, confia em mim, nós não passámos.” Ele riu. “E não te armes em esperta comigo, eu já estou enervado por me teres magoado. Eu não tentaria ser rude comigo, se eu fosse a ti. Ele pode magoar-te ainda mais.”

“Ele?” eu perguntei, elevando uma sobrancelha. “De que raio estás a falar?”

O Marcus sorriu, acomodando-se contra a porta de forma preguiçosa. Eu sabia que eu parecia assustada e preocupava-me que ele tinha a satisfação de me ver tão assustada. Tentando não mostrar emoções, eu mantive-me de pé, mas mais direita e tentei livrar-me de qualquer emoção na minha cara.

Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora