💕Capítulo 1. 💕

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-- Você ficou louco, Carlos Eduardo? -- Noely perguntou após o Carlos Eduardo empurrá-la para dentro de um quartinho que havia no corredor da empresa.

-- Sou louco, louco por você!-- Ele a abraçou.

-- Você tem que parar com isso, eu... -- Ela foi interrompida pelos lábios dele.

Depois de muitos beijos ela continuou:

-- Isso que estamos fazendo não está certo Carlos Eduardo, talvez seja melhor que eu deixe de ser sua estagiária.

Ele não gostou do que ouviu e virou o rosto, ao fazer isso reparou que eles estavam em um anexo do almoxarifado, e que ali havia uma cadeira, ele levou a Noely até ela e acariciando seus braços fez com que ela se sentasse e se agachou à sua frente.

-- Noely, eu já te disse que eu vou resolver essa situação.

-- Eu sei que vai, mas até lá eu gostaria que não fizéssemos mais isso.

O isso, eram os beijos e os abraços que eles viviam trocando.

-- Eu não quero ficar longe de você. -- Ele disse carinhoso.

-- Eu tenho medo Carlos Eduardo, isso não vai acabar bem.

O Carlos Eduardo sabia que a Noely tinha razão. Ele era noivo da Bruna, os dois, junto com o Rafael, eram amigos e filhos dos três donos da T&T.

Ele, o Rafael e a Bruna haviam escolhido as mesmas profissões dos pais. Ele era arquiteto, o Rafael advogado e a Bruna engenheira, e todos eles trabalhavam na T&T construtora.

-- Eu vou conversar com a Bruna quando ela voltar para São Paulo.

--Vai contar a ela sobre nós?

--Vou. -- Ele suspirou. -- Depois de amanhã ela chega de Santa Catarina e eu vou falar com ela, vai ser uma conversa difícil, mas tudo será resolvido nesta sexta.

-- Ela vai querer me matar quando descobrir sobre nós.

-- Ela não vai querer matar ninguém, eu conheço a Bruna, ela não é esse tipo de mulher.

-- Mulheres traídas são todas iguais, Carlos Eduardo.

-- Eu e a Bruna não somos como os outros casais Noely, eu e ela temos uma história. -- Ele acariciou o rosto da moça -- Eu já te disse que minha relação com a Bruna é mais de amizade do que tudo. Nós fomos criados juntos, meio como irmãos, não estou dizendo que tenho sentimentos fraternais por ela, não, não é isso, mas a vida meio que nos empurrou pra essa situação.

-- Por que você diz isso?

-- Bem, quando nossos pais se tornaram sócios eu tinha uns três anos e a Bruna havia acabado de nascer, passamos a vida toda juntos, então ao me aproximar dos 30, pedir a Bruna em casamento me pareceu a coisa mais natural do mundo. A gente já tinha um relacionamento, só não éramos exclusivos.

-- Você a pediu em casamento mesmo sem a amar?

-- Pedi, meu pai na época conversou comigo e me fez ver que já era hora de sossegar, de virar homem..

-- Então ele te persuadiu a pedi-la em casamento?

-- Não, de forma alguma, nossos pais nem sabiam que a gente andava se pegando por aí. Pedir a Bruna em casamento foi uma decisão só minha, eu achei que ela era a melhor escolha já que tínhamos afinidades.

-- Isso me soa tão frio Carlos Eduardo, e o amor, onde o amor entra nessa história?

-- Eu já não era tão jovem, achei que a fase de se apaixonar já havia passado, não parei pra pensar no amor.

AOS SEUS OLHOS. Livro 1Where stories live. Discover now