capítulo 52

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Eu ainda estou olhando para o que eu acabei de ver, Micael me olha assustado e preocupado,sei que no fundo ele se preocupa com a morte de Max pela família,pois ainda assim é mais uma morte.

- Ana? Ele chama.

Eu o olho.
Ele me olha com um olhar que eu já conheço,um que diz que ele não sabe como lidar.

Eu me levanto,Micael e o senhor conosco se levanta também.

- Vão querer uma cópia da fita para levar para o resto da família? Ele pergunta.

- Não. Eu digo. E olho para Micael para ver se ele concorda.

Ele concorda.

Saímos da sala e fomos andando,mas o senhor nos chamou novamente.

- O velório será feito quando? Ele pergunta. - O corpo está sendo mandado para o funeral quando quiserem.

Eu aceno.

- Vamos decidir com a família e avisam. Micael diz.

Ele acena.

Eu e Micael saímos da delegacia e andamos até o carro calados.
Eu abro a porta e entro,e Micael entra depois.

Quando ele entra fica com a mão no volante,olhando para o lado de fora. E eu estou olhando para a janela,parada sem saber o que dizer ou sentir.
Até que o gelo foi quebrado.

- Eu não sei o que sentir,eu o vi morrer,e independente do que ele fez ainda assim era um ser humano,ele...disse antes que queria se redimir. Eu digo.

Micael me olha sacudindo a cabeça.

- Acredito,nunca vi Max daquela maneira,ou algo parecido,sem arrogância ou com aquele ar de um... psicopata. Ele diz. - Não sei se ele realmente queria mudar, longe,talvez não pudesse, procurado pela polícia e ainda querendo fugir...

- Sim,ainda assim é errado,mas ninguém quer passar o resto da vida atrás de grades e dentro de um quartinho horrível. Eu falo.

- Se não quisesse não faria o que fez. Micael diz.

Eu concordo com a cabeça e e liga o carro.

Quando chegarmos John e Eliana ainda estarão na fisioterapia,daria tempo de pensar e saber exatamente o que dizer,poderíamos ter trazido a fita mas não acho que seria uma boa.

Chegamos e Miriam está na porta esperando.
Ela nos olha como quem está preocupada e aflita ao mesmo tempo.

Contamos tudo a ela,e a reação foi basicamente a que eu tive,mas ela logo se recompôs.

- Nunca cheguei a odiar o Max,porque eu não me achava no direito de odiar um deles. Então eu realmente lamento, principalmente pela a parte da redenção. Ela diz.

Olhamos pra ela e nós dois ao mesmo tempo pegamos na mão dela e sorrimos,um sorriso de solidariedade,que eu acho que os outros também iram precisar.

*Meia hora depois....*

Ouvimos o carro chegar e então Micael saiu da varanda e veio para o sofá onde eu estava,mas não sentiu muito perto para não parecer uma reunião macabra.

Então John e Eliana entraram,os dois olharam para nós,Eliana sorriu mas John se manteve estável.

- Estamos de volta, até que esse moço se comportou bem. Ela diz com um sorriso pequeno.

John a olha e sorri com um sorriso menor aínda.

Eliana deixa John perto de nós e vai para a cozinha. Tentamos chamá-la mais John nos olhou...meio que tentando impedir.

meu adoravél e insuportável chefe. (Em Revisão)Where stories live. Discover now