capítulo 36

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John está com duas rosas brancas apontadas para mim, elas são lindas. Eu as pego, e o cheiro é incrível.

Eu sorrio ao sentir o meu perfume nelas.

- Como... Como conseguiu? Eu pergunto.

Ele dá de ombros.

- Eu as encontrei assim, com seu cheiro, e sábia que assim que sentisse iria saber também. Ele diz sorrindo.

John está tão relaxado, nem parece que precisa caçar o irmão para prender.

- Não deveria estar aqui. Eu falo.

Ele me olha curioso.

- Precisa ir atrás de Max, John, ele está por ai, fazendo sabe se lá o que. Eu falo.

Ele acena.

- Ana. Ele diz se aproximando, eu espero e não me Afasto. - Estou tentando te mostrar, que você é mais importante que tudo isso, que toda essa situação.
Ele diz se referindo à loura estranha.

Eu o olho com desdém.

- Não está conseguindo. Eu falo.

Tudo está lindo, o barco, ele, o Mar... Mas nada muda.

- John, tudo isso é o que eu sempre quis, não estar aqui, em um lugar maravilhoso em um barco, não... Nem sempre é isso, mas te ver assim, relaxado, confiando em nós, juntos, sem parecer que só sabe confiar em mim quando lhe convém. Eu falo.

Ele me olha com atenção, mas está nervoso.

- Ana... Tenta me entender, você sabe como eu era antes de tudo isso, eu sempre exigi demais das pessoas, eu era sarcástico, orgulhoso,intolerante... Ana eu sempre tive muitos defeitos, mas tudo isso mudou quando eu reconheci meus sentimentos por você, eu estava disposto a acabar com qualquer coisa por você, até passar por cima da minha mãe, e tudo isso vem a tona. Ele vai falando.

- Eu tento confiar sua vida a você, porque eu não estou sempre lá pra você,mas nem sempre eu consigo confiar, e preciso confiar em outras pessoas pra isso. Ele diz.

Ele está tentando me fazer perceber algo, mas eu estou tão concentrada no que ele diz, que eu só quero que ele diga logo. Ele está nervoso e suando, ele tira a blusa azul que estava vestindo, e agora está com uma azul clara, bem mais larga, aqui está calor e ele está como nunca esteve antes comigo, relaxado.

- Ana,eu pedi a Ingrid que me ajudasse nesse caso do Max, ela trabalhava na polícia a um tempo mas foi removida por várias coisas, ela não tem medo, ela é o que chamamos de vai na cabeça quente mesmo, e ela podia me ajudar nisso, então eu fui até ela. Mas ela me pediu algo em troca desse grande favor.
Ele diz abaixando a cabeça.

- Algo em troca? Eu pergunto.

- Sim, ele queria que eu ficasse com ela... Durante esse tempo, eu neguei e agradeci, mas as coisas foram piorando e eu não tinha mais saída, para o plano que deve ter ouvido aquele dia, precisávamos dela, então eu aceitei, mas não sabe o que eu sinto toda vez que ela se aproxima, é como se eu estivesse acabando com a minha felicidade para conseguir felicidade. Ele termina.

Eu me movo de onde eu estou, querendo entender tudo isso, mas mesmo assim, mesmo eu querendo perdoá-lo, querendo entender e dizer que está tudo bem, eu não posso, é muito, vê-lo beijando outra, mesmo com tudo isso.

- Eu sei que traição não tem justificativa, mas eu juro, que nada além de beijo aconteceu. Ele diz se surpreendendo com o que ele mesmo disse.

- Não tem mesmo. Eu falo me aproximando. - Eu quero entender tudo isso, quero te entender. Eu falo passando a mão no seu cabelo. Ele põe as mãos no meu e acaricia.

meu adoravél e insuportável chefe. (Em Revisão)Where stories live. Discover now