capítulo 37

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Na manhã de sábado...

O enterro de Vera foi desgastante demais para mim, foi como cavar minha própria cova, eu queria acordá-la, e lembrá-la que preciso dela para sempre. Estava eu, alguns amigos dela de onde ela morava,estava John que só falou comigo quando chegou e na hora de ir embora, ele ficou do meu lado, me segurando ao chorar,Micael ficou calado o tempo todo, acenou para mim com uma tristeza que parece que só eu e ele entende, eu não poderia dar uma de ignorante com ele naquele momento.

Agora são duas e meia, e eu preciso arrumar minhas malas, meus pensamentos estão tão confusos, Vera, John... Minha vida, ou meu futuro,não posso mentir,eu não quero ir, mas preciso, isso já basta. 
Depois de ir embora eu não soube mais de John, ele há uma me telefonou, não veio aqui, não mandou e-mail... Isso me deixa triste... Mas aliviada, mas preocupada também, não saber dele nessa situação que ele está, me deixa aflita.

Eu guardo tudo, peguei as malas de Vera também, então problemas de aonde colocar as coisas eu não terei. 
No relógio é quatro e meia da tarde, eu já deveria estar lá, o aeroporto é longe. 
Entro no banho e assim que eu saio há uma chamada perdida de Micael.  Deve ser John, não... Não posso falar com ele antes de ir, eu irei ficar mais confusa e agora... Eu tenho quase certeza. 

Eu vou até o quarto de Vera e pego seu celular, lá eu prefiro não olhar nada, há fotos nossa, e eu sei que irei chorar.  Pego seu chip e coloco no meu celular, Vera trocou e não disse para Micael, foi no mesmo dia que ela morreu, mais cedo ela esteve no mercado e eu só vi depois, quando ela me trouxe meu chocolate favorito.

Eu me arrumo, coloco um vestido preto meio colado, e um tênis branco, não estou afim de salto hoje, principalmente pela minha perna, ela já está melhorando, bem mais rápido que pensei. 

Então eu ligo para o taxista para vir me buscar. 
Ele diz que chegaria em 20 minutos.

Eu esperei, enquanto, fui me despedindo da casa, do quarto de Vera, onde ela veio com a maior felicidade para ficar comigo, desci e olhei para onde ela caiu ao levar o tiro, e minhas lágrimas já não param, tudo isso aqui, eu poderia não ter tido, poderia ter a ouvido e ter ficado com ela.  Mas já está feito, e e agora estou sozinha, indo para um lugar que nem conheço.

O taxista buzina e eu pego duas das 7 malas. 

       - Poderia me ajudar com as malas?  Eu pergunto já aqui fora.

        - Claro.  Ele diz. 

Eu olho para a casa do lado de fora, respiro fundo e vou para o carro, colocar as duas malas no posta malas.  Mas o celular toca antes que eu coloque.

Eu penso em não atender, mas aqui o número é desconhecido.

      - Ana Hathaway​. Eu falo.

       - Ana!  Eliana diz histérica.

      - Eliana!!!  Eu grito. - O que houve?  Eu pergunto.

Ela está chorando.

        - Ana preciso que me ajude.  Ela diz.  - Eu estou em outra cidade, bem longe, e John mais cedo me disse que ia à praia, onde ele tem um barco, eu não entendi o porque,mas eu recebi uma ligação de Max agora, e ele disse que...

         - Eliana calma. Max está com John?  Na praia?  Eu pergunto não acreditando.

        - Está Ana, mas eu não sei que praia é essa, nem onde fica nem o que ele foi fazer lá, só sei que Max soube e foi pra lá,e disse que o mar era muito perigoso para deixar meu filho perto dele.  Ana ele pode ter...

meu adoravél e insuportável chefe. (Em Revisão)Where stories live. Discover now