capítulo 29

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Eu o escuto dizer essas coisas,minha mãe morreu porque caiu das escadas? Isso eu vou saber quando conversamos sobre isso... A culpa não foi dele, do destino e no coração não se desvia,eu o amo,e isso não vai mudar,ele é tão bom... Tem uma alma boa,apesar de tudo isso,sente compaixão pelo irmão...
Tento novamente abrir os olhos, e com sucesso.

              - A culpa não é sua meu amor. Eu falo.

Ele me olha assustado.

             - A bela adormecida acordou. Ele diz aliviado.

Eu sorrio.

             - Como se sente?  Ele pergunta. 

             - Bem. Não me olhe como se eu fosse uma... Isca muito fácil. Eu falo.
   
Ele sorri de canto.
   
              - Fazendo piada? Senhorita Hathaway. Ele diz.

              - Pare de ser seco. Eu digo.

              - Seco?  Eu? Não...sou cauteloso. Ele diz.

              - E eu te amo.  Eu falo.

Ele fica sério.

             - O que foi?  Eu pergunto.

             - Ana, não quero que quando saírmos daqui, fique perto de mim.  Ele diz se ajeitando na cama,e ainda muito sério.

Meu queixo cai.

             - O que? Porque?  Eu pergunto.

            - Não quero te por em risco algum, não pode mais ficar perto de mim.  Ele diz. - Pelo menos não até todos os envolvidos estejam Presos.

            - Mas isso não é justo!  Eu falo me alterando.

            - Calma. Só quero que se mude, que vá morar em outro lugar, em um dos meus apartamentos. Ele diz.

            - Não. Eu digo. - Não vou me mudar para um apartamento seu sozinha.  Eu falo.

           - Não seja teimosa, é apenas até tudo isso passar... E ai...

           - E ai o que ? Eu pergunto.

           - E ai tudo volta ao normal. Ele diz. - Se não aceitar, eu serei obrigado a ir morar em outra cidade, me afastar definitivamente, para que ninguém possa usar o amor da minha vida como isca, seria como não te amar mais, e ai seria apenas eu. Ele diz.

Eu fico sem ter o que dizer.

            - Pretende fazer isso?  Eu pergunto com desdém.

            - Se não aceitar... Sim.  Ele diz.

Eu não digo nada,olho para as mãos pensando se seria melhor ter paciência ou perdê-lo, e definitivamente, eu não passei por tudo isso, perdi minha mãe que só de lembrar me faz querer chorar, para perdê-lo.

             - Pense. Ele diz. - Te dou um dia.  Ele diz.

Eu aceno. 

             - E você? Como está se sentindo? Eu pergunto.

             - Bem. Me recuperando.  Ele diz.

Fico feliz.
Quando alguém bate na porta e entra.
Um enfermeiro.

             - Olá. Prazer,sou Adrian. Ele diz.

Nós o cumprimentamos.

Ele é alto,mas é menor que John. Tem cabelos castanhos e olhos mel.

              - Vou fazer o curativo de vocês. Ele diz. 

John o olhou.

             - Era um outro senhor não era? Ele pergunta.

            - Sim,mas ele precisou se aumentar. Ele diz.

John faz uma cara não muito agradável, para o enfermeiro foi uma cara normal, mas eu o conheço tão bem quanto qualquer um, ele se sentiu...de algum modo chateado. Depois eu pergunto o porquê.

Ele fez nossos curativos, e perguntou se eu estava bem, eu disse que sim e ele saiu.
  
John me olhava incrédulo.

    
            - O que?  Eu pergunto.

            - Você  viu?  Ele pergunta. 

            - O que?  Eu digo.

            - Ele estava tentando flertar com você. Ele diz.

            - Ham!? Não. Imagina. Eu digo rindo.

Ele me olha sério.

           - Não me olhe assim senhor Stewart. Eu falo. - Agora pode se levantar?  Eu pergunto.

            - Depende muito do porquê. Ele diz.

            - Se realmente puder eu digo. Eu falo.

Ele se levanta. Com dificuldade fica em frente a mim.

            - Deita aqui. Eu aponto para o meu lado me afastando.

Ele hesita por medo de me machucar, mas eu insisto.

            - Está bem. Ele diz se deitando.

Ele envolve seus braços em volta de mim e eu apoio minha cabeça no peito dele.
Ele passa a mão pelos meus cabelos e fica assim por todo o tempo. Até que diz algo.

             - Vera era uma boa mulher. Ele diz.

Eu me aperto em seu peito.

             - Sim, ela era incrível. Eu falo derramando mais lágrimas.

            - Micael gostava demais dela, e eu sinto muito. Ele diz sem ter muito o que dizer.

             - Eu sei.  Mas... Olha... Eles vão pagar. Eu falo com raiva.

             - Vão, vão sim. Ele diz parecendo bem chateado.

Ficamos assim até que dormimos, acho que ninguém viu porque só acordamos umas três horas mais tarde. Estávamos do mesmo jeito, fiquei olhando John Dormir e me perguntando o que irá acontecer com a  gente ou o que estaremos fazendo daqui a um ano. 

Ainda acordada, sinto minha perna formigar,me mexo para ver e John acorda. 

              - Ana,o que houve? Tudo bem?  Ele pergunta rápido.

              - Não sei, minha perna... Está formigando. Eu falo assustada.

Ele respira aliviado.

             - É normal meu amor, sua perna está voltando a circular, e você está voltando a senti-lá. Ele diz.

            - Sério? Uffa. Eu suspiro.

Ele me abraça e sorri.

             - Está achando engraçado? Eu me assustei OK? Eu falo. 

ELE RI

            - Eu amo quando RI alto, sua risada é...Incrível. Eu solto.

            - Só a risada? Ele pergunta.

              - Cala a boca. Eu falo o esbarrando.

Quando nos deitamos novamente, uma enfermeira bate na porta.

             - Você fechou a porta John?  Eu pergunto sem acreditar.

            - Não queria que ninguém atrapalhasse. Ele diz levantando os ombros.

             - Oi.  Perai. John diz se levantando.

Ele abre a porta e seu rosto de felicidade ou tranquilidade sai, e ele está sério, quando eu inclino a cabeça alguém entra na sala, e olha diretamente para mim. 

Eliana. A mãe...a bruxa.

meu adoravél e insuportável chefe. (Em Revisão)Where stories live. Discover now