Capítulo 20 - Tortura

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Meu corpo doía e tremia por inteiro. Queria sair dali, correr, gritar. Mas meu corpo não me obedecia mais, ele foi todo tomado pelo medo e terror.

- Vem aqui! - Falou Vinícius me puxando pelos cabelos me obrigando a ficar de pé. 

Eu gemia de dor. Ele me arrastou pelos cabelos até a sala de janta e me obrigou a sentar em uma das cadeiras da mesa.

- Me solta! - Gemi de dor.

Ele soltou meu cabelos e vi que em sua mão tinha um pouco de cabelo meu.

- Cala a boca! - Ele me deu mais um tapa na cara.

Dentro de uma mochila que estava em suas costas ele tirou um pano e amordaçou minha boca me impedindo de gritar. Puxou também uma corda e amarrou minhas mãos e pernas na cadeira.

Lágrima de horror e dor escorriam e meus olhos e Vinícius sorria, estava na cara que ele, mais do que nunca se divertia com meu sofrimento.

- Vamos ver o que vamos fazer com você e esse ser nojento que cresce em você. - Ele disse próximo a mim. Podia sentir seu hálito, cheirava a bebida.

Ele foi até a cozinha e começou a mexer e jogar tudo no chão. Ele abriu as gavetas do armário  e vasculhava tudo.

- Então quer dizer que o moleque te engravidou?  - Falou lá da cozinha. -  Confesso que foi inteligente da parte dele de mandar pra cá,  mas como você pode perceber, não adiantou muito.

Ele voltou da cozinha trazendo uma faca.  Meu olhos se arregalarram assim que vi em suas mãos aquela faca afiada.

- Suspeito que você esteje se perguntando como te achei aqui ne? - Disse ele puxando uma cadeira e se sentando na minha frente, bem perto de mim. - É uma longa história. Quer ouvir?

Ele arqueou uma sobrancelha pra mim e riu na ironia.

Eu só chorava em silêncio e rezava  para algum aparecer e me tirar daqui.

- Vamos dês do começo.  - Começou- Quando seu namoradinho entrou no quarto e você apagou, eu apanhei. Sim! Por incrível que pareça eu apanhei daquele desgraçado.  - Sua voz transmitia ódio.  - A polícia então me pegou e tive que dar um monte de depoimentos e blá blá blá. Essas coisas chatas e sem necessidade que os policias inventam. - Riu. - Então,  quando consegui uma deixa, fugi para um casa de um amigo em outro estado. - Se levantou. - Mas não pense que deixei de pensar em você todo santo dia, não via a hora de poder te encontrar e acertar a contas com você. Pensei que estivesse sozinha, mas prevejo que terei que me liver de você e desse bebê imundo.

Eu me agitava na cadeira na esperança de me soltar, coisa que era impossível.  Lágrimas de dor e de pavor escorriam ainda mais de meus olhos agora, ele não podia ser capaz de machucar um bebê indefeso. Podia?

- Não adianta tentar sair!  - Gritou e se aproximou de mim.

Gritei e gemi ao sentir um dor aguda na minha perna direita. Ele havia enfiado à faca na mesma. Sangue ensopava minha calça jeans. E dor era horrível e via nos olhos de Vinícius que ele se divertia com a situação igual a uma criação quando ganha um doce.

Ele tirou e faça da minha perna coberta de sangue e a enfiou novamente na mesma so que mais para cima.

Meu grito agora foi mais alto. A dor era imensa.

- Pare de gritar vagabunda! - Ele me deu mais um forte tapa na cara fazendo estralar. - Eu só  comecei a me divertir, não vamos acabar com a brincadeira agora.

Ainda com a faca enfiada em minha perna ele foi até a cozinha e pegou mais outra faca fiada.

Assim que vi o que ele trazia nas mãos, me recontorci mais um vez, coisa que não deu sucesso graças a forte dor na minha perna.

Ele se aproximou de mim e ficou na minha altura. Nossos olhos se encontraram por um segundo.

- Vamos ver agora o que faremos.  - Ele examinava meu rosto apavorado.  - Ora, ora. Não tenha tanto medo assim querida. Estamos apenas batendo um papo de velhos amigos.

Com a faca que estava na mão, ele aproximou a mesma e passou a ponta afiada  em minha bochecha.  Fazendo com que o local queimasse e escorresse sangue. 

- Vamos colocar uma música agitada? -  Perguntou ele sem esperar alguma resposta.

Ele foi até o som que ficava na sala e colocou uma música pra tocar. O volume estava no máximo.

Ele voltou até a sala de janta e com a faca que tinha feito o corte em minha bochecha esquerda, fez outro na minha  bochecha direita.

- Ah Thay!... - Começou a falar. - Você parece tão frágil e angelical, mas por sua culpa tenho que fugir da polícia! - Seu tom de voz aumentava conforme ele ia falando a frase.

Ele me deu um soco não forte na cara que senti o mundo ao meu redor girar e ficar todo preto por um segundo. Se eu tivesse sido forte até ali, não tenho certeza se continuarei  por muito tempo.

Ele me dou mais outro soco e mais um tapa. Senti náuseas,  o chão de baixo de mim girava descontroladamente. Não aguentaria acordada por muito tempo, mas eu não podia apagar,  tinha que ser forte pelo meu bebê, alguém tinha que aparecer.

- Você acabou com a minha vida! - Berrou ele até mais alto que o som que estava ligado. Ele me deu um último soco, não aguentaria.

Mas antes que eu fechasse meus olhos inchados e caísse na escuridão. Vi de relance Cezar entrando desesperado na sala. Nossos olhares se cruzaram por um segundo é dei um sorriso muito fraco ao ver meu amigo ali. De longe percebi que ele estava em choque e que seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Tudo foi muito rápido, Vinícius correndo com a faca para cima de Cezar e os dois caindo em uma luta horrível. Os barulhos de socos e móveis se quebrando só parou quando Cezar empurrou fortemente  Vinícius e ele caiu batendo na quina do sofá, desmaiando.

Cezar corria até mim enquanto discava para o polícia.

Ele se aproximou de mim e pude ver o horror em seus olhos.

- Tudo bem, já passou... - Ele levou a mãos a boca em horror ao ver a faca cravada em minha perna. - Posso tirar? - Sussurrou ele.

Eu com um leve aceno permiti que ele retirasse a faca de mim. Gemi fraco com a dor. Já não tinha força para nada.

Ele começou a me desamarrar e pude ver que em meus pulsos tinham as marcas das cordas. Por último ele tirou o pano que estava em minha boca.

- Obrigada por me salvar. - Sussurrei. E essas foram as últimas palvras antes de apagar.

Ouvi Cezar me chamar de longe, mas não queria abrir os olhos, até por que no conseguia.  O cansaço e dor eram mais fortes do que minha vontade de ficar acordada.

------------------------------------------------------------ Oque acharam?

Muita gente deu o palpite certo, Cezar foi o herói da vez!

Isso mostra que vocês estão ligados na fic.

Quero agradecer vocês mais uma vez e dizer que estou muito feliz em escrever essas história para vocês. Obg pelo apoio e comentários  de incentivo. Vocês são de mais!

Comentem aí agora qual é o seu palpite paras os próximos e últimos capítulos dessa fic! 

Até o próximo capítulo amores!

Tudo Que Vem Depois - 2 livro de A Baixinha E O Playboy.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora