Capítulo 73

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Maria da Silva

O Otávio chegou com a Belinha no colo e veio até nós, pode ver a Frida olhar para ela admirada o Otávio que colocou a nossa menina no chão.

— Oi vovó — a Belinha falou e se sentou na cama. — Os seus olhos são lindos iguais ao meu — ela falou sorrindo.

— Oi — a Frida falou tocando no rosto da Belinha — Eu sou avó — ela falou sorrindo.

— Vovó posso fazer uma pergunta? — a Belinha Perguntou.

— Pode... sim... princesa. — a minha sogra falou com a voz roca.

— Vovó o que a senhora sonhava quando estava assim adormecida? — a Belinha perguntou e a Frida olhou para ela.

— Vem cá — a Frida a chamou a colocando no colo, com dificuldade ela estava fraca, então o Otávio a ajudou —  Não me lembro de tudo que eu sonhava, mas a muito tempo uma anjinha igual a você foi no jardim onde eu estava eu pensei que você seria minha filha pós tinha a marca dos Ferrara, ela passou a mão no F da Belinha.

Ela parecia estar cansada

— E eu te falei o que vovó? — a Belinha perguntou e a Frida parecia fazer um esforço para lembrar e depois olhou para nós dois.

— Só o fruto verdadeiro, do amor e da força será capaz de tirar a escuridão e trazer a luz pós ele é a semente da esperança — ela falou e a Belinha olhou para ela sem entender.

— Eu te falei isso? — a Belinha perguntou.
— Você é isso, você é a prova do amor dos seus pais a força e o amor, tem uma lenda que fala que duas famílias uma do coração rosa e a outra da força eram inimigas mortais elas sempre brigaram, mas no meio de tanta briga uma moça da força se apaixonou justo pelo fruto proibido e por ela rejeitar o seu grande amor por ele ser um do coração, a praga foi jogada e que as duas famílias só teriam paz quando um de cada se amasse tanto que trouxesse ao mundo um bebê da esperança, ele teria o coração rosa e a força e iria trazer a paz.

— Eu tenho o coração rosa da mamãe e o F do papai, mas porque a senhora só acordou quando eu te falei do meu irmãozinho ou irmãzinha, quando eu coloquei sua mão na barriga da mamãe, eu acho que ela quem é a Hope o bebê da esperança — a Belinha falou.

E a Frida olhou para a Belinha e depois para mim seus olhos estavam arregalados e parecia pensativa, eu no lugar dela já teria desmaiado é muita informação.

— Você está grávida? — ela me perguntou e fiz que sim com a cabeça. — Nossa, é tudo, tão, eu não sei nem explicar ...

— É igual a bela adormecida, a senhora dormiu muito tempo e o mundo todo mudou, mas pensar a senhora está viva e aos poucos vai volta a vida o papai sempre me contava história sobre a senhora, os seus filhos te amam e eu também - a Belinha falou e ela sorriu para a minha pequena.

— Você é mesmo um anjinho, sabia — ela falou tocando no cabelo da Belinha.

— E a senhora é muito bonita parece até uma princesa, sabe a minha outra vovó morreu o nome dela era Isabela igual o meu e a mamãe só tinha 14 anos ela nunca mais pode ver a mamãe dela ou ouvir a voz, a senhora não morreu, ainda bem né — a Belinha falou e a Frida sorriu.

— Realmente ainda bem, porque agora eu posso ver os meus meninos e os meus netos afinal o seu pai foi muito rápido, mas eu já o imaginava sempre foi um romântico — ela falou olhando para o Otávio — Vem cá filho a cama é grande ela falou e me levantei para ele sentar e me afastei um pouco.

— Eu sabia que a senhora ia acordar eu sempre tive esperança sabia — ele falou a abraçando e estava com lágrimas nos olhos chorando.

— Obrigada por tudo — ela falou beijando sua mão e sair do quarto e voltei para sala o Oscar estava no cantinho da sala com a Lúcia Fernanda ele parecia abalado e nem imagino o que se passa na cabeça dele neste momento, ele só alisava a barriga da Lúcia enquanto ela fazia cafuné.

Ele tentou desligar os aparelhos tantas vezes ele não acreditava que ela voltaria do coma assim como a maioria e com certeza era um choque muito grande

— Como ela está Maria? — o Oscar Perguntou.

— Confusa muita informação ao mesmo tempo, mas o médico disse que a saúde dela está ótima — falei me sentando.

— Ela perguntou por mim? — Ele perguntou.

— Não, ela perguntou pelos filhos ela está muito confusa ainda então nada de emoção muitos fortes, acho melhor o senhor só ir vê-la unicamente se ela te chamar — falei.

— Você tem razão, afinal são 16 anos e muita coisa mudou desde então — ele falou e olhou para a Lúcia Fernanda.

— Acho melhor eu ir embora — ela falou pegando a bolsa.

— Acho melhor vocês dois irem embora, Você foi minha maior decepção, eu sempre te dei tudo Oscar — a Olga falou e tinha um tom de decepção.

— Não Olga você não me deu tudo — ele falou olhando para ela. — Você nunca foi minha mãe era só uma mulher que eu via na hora do jantar e que nunca me deu um pingo de afeto, você não sabe o que é amar Olga, então não venha com está de boa mãe , que você sempre foi uma tirana.

— Eu nunca deixei falta nada tudo que você queria eu te dei...

— Menos carinho, afeto, amor ...

— Oscar acho melhor você sumir da minha frente — a Olga falou alterando o tom da voz.

— Vocês tem para onde ir? — a Ofélia perguntou preocupada.

— Não precisa se preocupar, eu fico com a minha mulher, eu não quero ficar em um lugar assim.

— Eu faço questão — ela falou saindo com ele e a Jack entrou na sala com uma bandeja de morangos com chocolate e lembro que quando a nossa mãe morreu este virou o pedido de socorro dela ia me levantar.

— Não Maria, eu quero ficar sozinha com o Lorenzo agora, eu já fiz muita besteira e você não precisa se preocupar eu estou bem, pense no seu bebê — ela falou e saiu para o jardim e ficamos ali em silêncio não sei por quanto tempo.

Nesta noite o Otávio dormiu na mansão Ferrara e eu voltei para casa com as minhas filhas depois das duas irem dormir eu fiquei na varanda, eu precisava respirar o ar puro, mesmo sendo impossível fazer isso em São Paulo, e por um tempo fiquei olhando o céu vendo alguns aviões e alisando a minha barriga.

— É minha sementinha as coisas parecessem que vão ficar melhores — falei sorrindo e escuto passos quando olho para a porta vejo a Belinha olhando para mim abraçando uma boneca.

— Mamãe eu quero colo — ela falou sorrindo e peguei ela no colo e façamos ali olhando o céu. — Estou com saudades do papai — ela falou e olhei para ela.

Eu acho muito fofa está ligação dos dois.

— O papai só vai passar a noite com a vovó, amanhã você vai ficar com ele, ele está com saudades da mamãe dele — falei beijando sua testa.

— Mamãe, você me ama né? — ela perguntou e sorrir.

— Claro que eu te amo você é o amor da minha vida — falei beijando.

— E a Hope você também ama? — ela perguntou e olhei para ela confusa.

— Quem é Hope? — perguntei e ela olhou para mim como se fosse óbvio.

— A minha irmãzinha mamãe a que está na sua barriga — a Belinha falou e eu sorrir para ela.

— Nós não sabemos se é uma menina pode ser um menino —falei.

— Eu sei mamãe, mas a senhora ama a Hope sim ou não?

— Sim, eu amo eu amo meus três filhos, a Beck, você, e está sementinha — falei e ela sorriu.

— E o Oliver? — ela perguntou.

— Eu amo ele, mas acho que agora ele não vai mais querer que eu seja a mãe dele.

— Bobagem mamãe, ele te ama e somos quatro seus quatro filhos — a Belinha falou e eu apertei mais ela.

— Sim meus quartos filhos lindos — falei sorrindo muito.

— Está tudo certo, Hope a mamãe vai nós amar muito, e eu também te amo — ela falou para a minha barriga e sorrir para ela a abraçando.

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Continua......

Uma cinderela para o CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora