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Elizabeth

___O vermelho é lindo, combina com a princesa, sua pele é alva como a neve as cores scarlates reluzem em ti, não achas? -perguntou uma das organizadoras do meu casamento, em mais uma das mil tentativas de fazer me participar da decoração.
___Faça oque quiser, não importa o que eu acho. -em contra partida minha resposta sempre é a mesma, azeda.
___Vossa alteza sua presença fora requisitada na sala do trono. -um guarda entrou no quarto cortando a fala que iria começar da Renata, a organizadora.
___Mais essa, doque se trata? -ele fez uma reverência e saiu sem me explicar nada, justo, eu só posso estar no inferno mesmo, não sei oque é pior está aqui no quarto com a organizadora de voz injuada ou ir ver o rei, como não quero mais problemas fui para a sala do trono sem perder tempo, quando mais rápido chegar mais rápido saio, certo?

Passei pelos corredores escuros do palácio com minha comitiva real de guardas seguindo me, e algumas criadas, assim que cheguei os guardas imediatamente abriram as portas e me anunciaram ao rei, surpreendi me ao notar a quantidade considerável de pessoas nobres ou não dentro daquela sala, mas não demonstrei meu desconforto eu era a princesa afinal, entrei de cabeça erguida e delicadamente dei passos flutuantes, lentamente caminhei deixando que todos me vissem mas não olhei ninguém diretamente nem acenei, apenas passei como se fosse intocável, e me atravo a dizer que realmente era, visto que um viking possessivo estava com os olhos grudados em mim desde que pisei na sala, medindo cada passo meu lá do alto possiseionado ao lado do trono do rei totalmente impotente, apenas esperando eu ir até seu encontro, no caminho observava ele fazendo gestos com a mão abaixada na altura da cintura em cada milha que eu entrava, percebi ser para os guardas, ele óbviamente não queria passando muito perto das outras pessoas, ele era o príncipe afinal, não tinha muito que prezar pela sua imagem quando sua única função era ser forte e testemido e o povo não se importaria do mesmo ser cruel se isso fosse os proteger, já eu a princesa era vista como encubadora, tinha que ser fértil, bonita e delicada quase quebravel e gentil em excesso para o povo, o oposto do meu príncipe viking, fui criada e ensinada assim, sem mais discussões.

Chego em frente ao trono e fico no posicionamento estratégico que pudessem vê meus pontos mais delicados e em uma parte que a luz pegasse perfeitamente, alinhada ao local certo inclino me abaixando a cabeça e o tronco em uma reverência delicada  a família real, acabo e levanto a cabeça bem de vagar e sorriu pros mesmos, podendo notar o sorriso no rosto de vossa majestade e do príncipe menor e o rosto fechado mas que demonstrava orgulho do príncipe herdeiro.
___Convocou me vossa majestade? -falei em um tom sereno mas firme.
___Sim, ainda não tivemos a honra de vê lá após seu infeliz incidente. -corei com o modo ríspido em que ele se dirigiu a mim, percebendo que se tratava mais doque imaginava, uma humilhação pública talvez pela minha rebeldia? Veremos, seja oque for seguirei firme, ou o mais firme que conseguir. ___Pelo menos um bom proveito fora tirado disso tudo -continuou com sua voz potente ___Minha primeira nora retornou para o lar, agora a família real pode finalmente prosperar. -segurei me para não revirar os olhos quando os nobres que estavam na sala do trono bradou, no entanto algo os chamou atenção ou melhor alguem, pois o silêncio se fez presente a sala.
___Entre, se aproxime filha. -todos inclusive eu nos viramos para observar quem tinha surgido, e nós deparamos todos com uma fada...sem as assas, meus olhos se encheram de lágrimas nessa hora ao contemplar minha amiga tão frágil, com o semblante choroso e inchado e diferente de mim não entrou com a cabeça erguida ou com passos calculados mas com passos vacilantes e as vezes tropeçando, desengonçadamente ela chegou até ao trono ao meu lado, e só então eu conseguir perceber que mesmo chorando ela não deixava de ser meiga e linda, não a abracei, mesmo que essa era minha vontade, decidir não fazer movimentos bruscos ou nossa situação poderia piorar mas ao trocarmos brevemente o olhar, conseguimos dizer tudo oque estávamos sentindo, afinal não existe seres que conseguem ler as emoções alheias melhor doque bruxas e fadas.
___Ajoelhe se -ordenou o rei a Margareth, que mesmo passando por tudo continuava sendo engenhosa, tola, agora não era momento para isso, ela estava o desafiando escolhendo não faze lhe uma reverência, na frente de toda a corte. ___Vejo que não entendes bem sua situação, abandonou por meses o seu dever de esposa achando que não haveria consequências, meu filho não a domou direito antes e ficou essa mulher desobediente, mas tudo bem eu não cometo o mesmo erro duas vezes. -Margareth na hora fez um bico enorme e cruzou os braços batendo os pés no chão, eu segurei a respiração esperando o pior, até que uma gargalhada foi ouvida, olhei para frente e o rei estava rindo da situação.
___Como sentir saudades de você, filha. Voltas te para casa, e vejo que o Alexander fez oque mandei a muito tempo atrás, aquelas assas eram um problema para todos. -olhei para Alexander não acreditando que o sorridente e amável viking fora capaz de fazer esse tipo de maldade, como muitos dizem as aparências enganam ele agora não estava sorrindo e nem fazendo piadas sua postura carrancuda era quase comparada a do irmão, o mesmo estava observando meu momento de choque com gratificação, desviei o olhar para o de Margareth e a mesma estava transmitindo a mensagem como se dissesse que não devia ficar muito surpresa, todos eles eram iguais, e isso fez meu coração quebrar, e um pensamento de que queria fazer algo para mudar essa situação, ate quando nois mulheres viveremos nessa situação de completa submissão a homens que só pensam em sí e nos punem por querer voar e se fundi a essência profunda? Não sei oque o futuro me reserva, mais de uma coisa eu sei, protegerei a todas Margareths que puder, ou morrerei tentando.

Destinada as chamasOnde histórias criam vida. Descubra agora