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Elizabeth

Completamente vulnerável é assim que me sentira no momento, agora sei oque os humanos passam, estar a mercê sem poderes em um mundo sobrenatural não era bom, era questão de dignidade, nossos poderes são parte de nois uma vez perdido era como se perdessemos nossa essência, quem somos, ainda mais eu sendo a princesa futura rainha dos vikins, um povo que cultuavam a força a cima de tudo, uma rainha fraca? Inadmissível, mas parecia que meu amado destinado não pensava assim, não em relação a mim, foram inúmeras tentativas de obter meus poderes de volta, até me insinuar pervesamente para ele numa noite em seu quarto, uma frustração vergonhosa se me perguntarem, mas eu não desisto, se não for fazer nada é melhor morrer logo.

Estava uma manhã nublada e úmida assim como meu humor acordara, minhas novas criadas estavam penteando meus cabelos colocando várias presilias delicadas e tiaras de pedras preciosas em volta de uma linda trança lateral como se eu fosse uma boneca, motivo de não reclamar? Não tinha meus poderes, logo não tinha como me defender de abusos desses tipos, minhas criadas antigas foram entregues para outra senhora já que julgavam não serem mais confiáveis para me servir, por isso mandaram essas senhoras nenhum pouco simpáticas para mim, elas não me tratam mal nem nada mas as velhas não falam comigo, creio que seja por ordens superiores, elas simplesmente se fingem de surdas, cegas, e mudas comigo, não fazem perguntas e se eu pergunto ou reclamo sou ignorada, soube que uma delas é criada direta do príncipe herdeiro desde da infância, não prescisa de muito para entender o recado por trás disso, não tenho um momento sozinha sou seguida o tempo todo por guardas e damas reais e meus passos são meticulosamente entregado em relatório  para meu destinado, passando se os dias parei de querer saí nunca podia ir para o lugar que queria mesmo, de fato sentia me uma prisioneira, um conto infantil em que a princesa era presa por uma fera e trancada na torre esperando seu amor vir lhe resgatar, mas não estou em um conto e ninguém virá me resgatar, quem teria tamanha ousadia de enfrentar o mais forte dos homens já pisado em terras? Ninguém, estou sozinha, perdida em meus pensamentos enquanto degustava de um delicioso chá, não percebo quando uma criada para ao meu lado e faz uma reverência.
___Senhora? -chama minha atenção.
___Diga oque queres. -não fiz questão de olha lá.
___Vossa alteza real solicitou sua presença em seu escritório. -olhei para ela agora dirigindo toda atenção.
___o que ele deseja? Pois eu não vou, não pode simplesmente ignorar me todos esses ciclos e chamar me como se fosse um bicho. -falei irritada.
___Ele pode porque é um homem que exerce muito poder, e não qualquer poder e sim poderes malignos das trevas e você deu a má sorte ou muita sorte de te lo como destinado, serás a rainha então sugiro que comece a se comporta como tal, não se esqueça que está sem seus poderes por conta de desobediência. 
___Como ousa me dirigir a palavra? -Falei séria mais gostando da ousadia da senhora, a única que falou comigo como pessoa de verdade sem se importar com seu superior.
___Estou apenas aconselhando, sou mais velha doque podes imaginar tenho muita experiência, fui criada e amiga da antiga rainha, a verdadeira mãe do seu destinado, cuidei dele e do irmão desde de que nasceram, conheço todas as professias e sei do seu papel para com esse povo, só quero ajudá-la a ser quem veio para ser. -a velha enrugada falou com sabedoria.
___E quem eu devo ser? -desdenhei.
___A luz. -Sorrir de verdade ficando corada.

Caminhava entre os vastos corredores do palácio com uma legião de guardas em minhas costas e mais um pouco a frente, pergunto me o porquê disso já que estou sem meus poderes e força de vontade para tentar fugir, fui trazida para o palácio como uma fugitiva escrava, não tive tempo de sentir o luto pelo meu irmão doque o que tenho aqui dentro é o vazio e a quebra de um sonho de reunir minha família, agora estou em um reino estranho com a vida nas mãos dr bárbaros e impossibilitada de ajudar a única pessoa que sobrou em minha vida, pensar no futuro de Helena é ainda mais assustador, o caso dela é ainda pior que o meu, ela é uma criança humana totalmente indefesa entre predadores, terá sorte se conseguir um companheiro sobrenatural que a proteja no futuro ela sozinha me dói pensar que não sobreviverá, o que estou pensando? Ela não pode ter um companheiro sobrenatural sendo humana, pode? Meus pensamentos sessão ao entrar no escritório do príncipe, comprimento os senhores que estavam espalhados pelo escritório em seus afazeres, uns lendo livros outros apenas sentados conversando sessando a conversa assim que me veem, paro em frente a mesa do príncipe e faço uma reverência ___Chamou me alteza? -mesmo as formalidades delicadas não cobriram o tom venenoso.
Ele sorriu sem mostrar os dentes e não me olhou, continuou escrevendo com a pena em uma de suas mãos, esperei bons dez minutos até vossa alteza dar me a honra de dirigir um comando ___Deixei nos a sós -sua ordem foi acatada, imediatamente, os senhores deixaram o escritório sobrando apenas eu e o príncipe, sorte a minha, não me agrada ser humilhada em público seja lá oque o príncipe deseja fazer sei que não é uma coisa boa ___Tem se sentido bem, princesa? -encarou me.
___Ótima. -mesmo sem os poderes sei que poderia o queimar vivo apenas com meu ódio.
___Que bom, pois tem um casamento para organizar. -Sorriu diabólico
___O que? Casamento de quem? -perguntei sem querer saber a resposta
___Oras o nosso é claro, até o próximo ciclo já estaremos unidos em patrimônio. -foi a gota d'água,  em segundos explodir minha fúria nele, em um instante eu estava em cima da sua mesa correndo meus punhos para acertá-lo até a morte, e piorava quando o desgraçado apenas sabia rir da situação ___Odeio-te maldito, quero que morra, odei...o odeio.
Ele apenas ria e deixava eu descarregar minha fúria até que em uma hora ele segurou meus pulsos e me fez sentar em seu colo ___Shii, não tem porque todo esse drama, conforma-te que não fugirás de mim -disse fazendo carinho em meus cabelos enquanto eu chorava cuspidosamente toda a minha desgraça.

Destinada as chamasWhere stories live. Discover now