37 - Capítulos ( Revisado)

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                                 Ester

Acordo com risadas e toques de pequenas mãos em meus braços, ainda sonolenta permaneço de olhos fechados.

— Tia, acorda! A senhora prometeu que iríamos no parquinho hoje. — Eliseu disse enquanto me balançava de leve.

— Ti, tia. Favor, acorda. — Vitória pediu com a voz doce dela e de forma errada como crianças pequenas falam.

— ah, peguei vocês! — Digo abrindo meus olhos e prendendo os dois em meus braços.

— Que susto! — Eliseu disse se saindo do abraço. — Vamos para o parquinho, vamos, vamos? — Ele pede com os olhos brilhando de animação junto da irmã que fazia carinha de gato abandonado.

— Tudo bem. Só me diga antes onde foi que essa pequena aprendeu a fazer essa carinha fofa? — Pergunto apertando de forma leve as bochechas de uma Isabela. sorridente.

— Isso é algo natural dela. — Ele disse enquanto descia da cama. — Vem, Isa. Vamos avisar para a mamãe que a titia vai com a gente no parquinho.

— Não corram crianças. — Aviso em alto tom, ao ver os dois correndo de mãos dadas para fora do quarto.

Crianças, tem uma energia e tanto. Queria eu ter essa mesma disposição.

Me levanto da cama, dobro meus joelhos, fecho os meus olhos e começo a orar.

Pai, obrigada por mais uma noite de sono tranquilo e bom, sou feliz e extremamente grata pela sua presença comigo em todo momento e circunstâncias. Peço que esse dia seja um dia cheio de ti, que eu venha viver uma vida digna de você, em nome de Jesus, amém.

Término a oração e vou para o banheiro. Tomo um banho, visto um vestido azul-claro rodado que vai até os joelhos, calço um par de sapatilhas prata.

Penteio meus cabelos, passo um pouco de creme e os amarro em um rabo de cavalo.

Passo um pouco de perfume, vou até o guarda-roupa, pego minha bolsa pequena e coloco em dentro dela a carteira e celular.

Saio do quarto, desço as escadas e vejo a família toda reunida tomando o café da manhã.

— Bom dia! — Digo ao me aproximar da cozinha.

— Bom dia! — Meu irmão e a esposa disseram juntos.

— Benção mãe e pai. — Peço me sentando na cadeira.

— Deus te abençoe florzinha. — Papai disse dando um pequeno sorriso.

— Deus te abençoe. Pega, fiz especialmente por sua causa. — Mamãe disse me passando uma geleia caseira que só ela sabe fazer.

— Dormiu bem filha? — Meu pai perguntou bebendo um pouco de seu café em seguida.

— Sim, dormi como uma princesa. Estou bem disposta para ir ao parquinho com as crianças. — Respondi passando a geleia no pão e colocando o leite no meu café.

— Me desculpe por isso, tentei segurar essas crianças, mas elas são impossíveis. — Vitória disse se referindo ao fato de terem ido no meu quarto me acorda.

— Está tudo bem, para falar a verdade eu gostei. — Digo comendo um pedaço de pão e bebendo um pouco de café. — Por quê eles estão calados? — Pergunto curiosa ao mesmo tempo que vejo as crianças tomando o café da manhã, quietas.

— Geralmente eles são assim, não gostam de conversar muito quando estão comendo. — Estevão disse fazendo carinho na cabeça de seu filho Eliseu que sorriu com o gesto.

Depois de tomar café da manhã, vou ao banheiro e escovo os dentes.

— Vocês estão prontas? — Pergunto assim que chego na sala e fico de frente para o sofá que meus sobrinhos estão.

— Sim! — Disse animados.

— Vamos, vou levar vocês! — Estevão disse pegando a chave do carro e saindo pela porta comigo e as crianças indo logo atrás.

O caminho foi feito ao som de músicas infantis e perguntas curiosas feitas pelos meus sobrinhos.

— Chegamos. — Meu irmão disse estacionando o carro na frente do parquinho, fazendo as crianças gritarem de animação.

— Tem certeza que dá conta? — Ele perguntou preocupado, ao ver os filhos saindo correndo para os brinquedos que tinha no parquinho quando eu tirei os cintos de segurança.

— Tenho, não se preocupe. Sou boa em lidar com crianças. — Respondi dando um pequeno sorriso.

— Certo, confio em você. Já vou, mais qualquer coisa e só chamar. — Estevão disse me fazendo assentir com a cabeça.

— Tchau, irmão! — Me despeço dando um beijo em sua bochecha e saio do carro em seguida.

Fico observando meus sobrinhos brincarem e tiro algumas fotos deles para guarda de lembrança.

— Esse é o último lugar que eu pensaria que iria te encontrar. — Jéssica comentou ao se aproximar, me fazendo levar um susto.

— Quem é esse? — Pergunto curiosa ao ver um pequeno garoto de olhos claros e cabelos loiros atrás dela, ele parecia ter uns cinco anos.

— Ele é meu filho, seu nome é Rafael. — Ela disse colocando o pequeno mas a frente. — Diz oi para a tia Ester.

— Oi! — Ele disse de forma tímida. — Posso brincar? — Perguntou baixinho.

— Claro, querido. — Jéssica disse fazendo o menino ir correndo em direção aos meus sobrinhos.

— Ele se parece com o Diego. — Comento lembrando que o antigo namorado dela também era loiro e tinha olhos claros.

— Rafael infelizmente tem a genética dele, ainda bem que eles se parecem só na aparência. — Ela disse cruzando os braços.

— Como está indo à vida? — Pergunto me sentando no banco e a mesma se senta do meu lado.

— Está sendo um pouco difícil, mas com a ajuda de Deus estou conseguindo vencer. — Jéssica disse suspirando. — Eu não quis te ouvir sobre Diego e acabei descobrindo da pior maneira o canalha que ele era. Quando eu mais precisei, o mesmo me abandonou se não fosse pelo meu irmão, tudo estaria mais difícil. — Ela disse nostálgica.

— Seu filho é lindo. — Digo olhando para o mesmo que estava brincando com meus sobrinhos.

— Concordo e como vai você? — Ela perguntou curiosa.

— Vou bem, graças a Deus. Minha vida geralmente é um pouco corrida, mas confesso que gosto dessa correria. — Digo sorrindo ao lembrar de algumas lembranças boas que tive no meu emprego.

— Que bom! Você mais do que qualquer pessoa merece. — Ela disse dando um leve sorriso. — Você mora aqui?

— Não, continuo morando em Paulínia só mudei de bairro. — Explico.

— Que legal, eu também moro lá com o meu irmão. — Ela disse animada.

Por mais que eu tenha o perdoado, ainda me sinto desconfortável em relação ao Leonardo.

— Sim. — Digo dando um sorriso sem graça.

Conversamos mais um pouco sobre variados assuntos, até que chegou a hora do almoço e cada uma teve que ir para sua casa.

Minha Secretária CristãWhere stories live. Discover now