A babá |•ɴᴏᴀʀᴛ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ

By _hazzlovegood

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Sina Deinert, uma garota super meiga e inteligente que tem o sonho de estudar em uma das melhores faculdades... More

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By _hazzlovegood

SINA DEINERT.

Mesmo o Noah não tendo falado um "eu te amo", eu estava aliviada.

Contar que eu o amava foi como tirar um peso das costas, eu estava me sentindo bem melhor.

Hoje Nicole iria vir aqui na casa dos Urreas.

Não tínhamos falado que descobrimos que o filho não é de Noah, vamos conversar sobre isso pessoalmente.

Mas o pior de tudo é que Urrea fica extremamente chato e estressado quando Nicole vem encher nosso saco.

Fico imaginando agora, que ele descobriu que ela mentiu e fez ele passar por tantas sensações ruim.

Urrea ficaria insuportável e grosso hoje, e é claro que iria descontar tudo em mim. Mas eu não estava nem aí, ele ser chato comigo não vai mudar o que eu sinto. Não vou me afastar por causa disso.

Urrea entrou no quarto dos brinquedos e cumprimentou as meninas.

Quando chegou minha vez, ele desviou da minha boca e acabou beijando somente minha bochecha.

- Como foi hoje no trabalho? - Tentei puxar assunto.

- A mesma coisa de sempre - Nem olhou para mim.

- Está bravo comigo?

- Não - Disse sério.

- Não é o que parece.

- Me desculpe - Me puxou para sentar em seu colo - Se eu for estúpido com você, saiba que foi por conta da tarântula.

- Tudo bem, eu já sei.

- Eu não te mereço.

- Não importa.

Lhe dei um selinho rápido e me levantei do seu colo quando a campainha tocou.

Peguei em sua mão e desci as escadas junto com Urrea.

Abrimos a porta e Nicole estava com aquele sorriso que eu odeio. Tentou entrar dentro de casa, mas eu impedi.

- Com licença?

- Não.

- Qual é o seu problema, babá? - Perguntou brava - Garota louca.

- Descobrimos tudo Nicole - Sorri - Não adianta mais fingir.

- Descobriram o que? - Se enrolou nas palavras.

- Que o filho não é de Urrea - Vi ela ficar super desconfortável

- Está louca? Não viu o resultado do exame?

- Subornou o médico de algum jeito, e acho que já sei como.

- Você é uma idiota! - Gaguejou - Não acredite nela, meu amor - Falou com Urrea.

- Não me chame assim! - Disse totalmente bravo - Sai da minha casa, agora.

- Vocês não tem provas nenhuma!

Apenas peguei meu celular e coloquei na gravação de áudio que Krys tinha conseguido fazer. Apenas sorri, enquanto ela ficava apavorada.

- Krys! - Murmurou com um tom de raiva.

- Urrea não vai assumir nenhuma criança que não seja dele - Falei autoritária - Parece que sua máscara caiu - Sorri.

- Sai logo daqui - Noah já estava sem paciência.

- Quer me dizer quem é o pai e porque mentiu para a gente? - Perguntei mais calma.

- Não vamos virar amiguinhas - Virou as costas e saiu de perto.

Sorri e fechei a porta, me virando para abraçar Urrea, mas ele se virou e foi até o sofá.

Fui atrás dele e me sentei ao seu lado.

Noah estava com a raiva estampada no rosto, mas também parecia triste.

- Você devia estar feliz.

- Não enche, Sina.

- Quer um abraço? - Negou - Aí Urrea! Para com isso! - O empurrei de leve - Divida essa raiva comigo, eu deixo. Eu vou enfrentar tudo ao seu lado.

- Por que faria isso?

- Porque eu te amo, oras.

- Isso é uma pena - Se levantou do sofá e foi subindo as escadas.

Me levantei e fui atrás. Urrea iria fechar a porta do seu quarto em minha cara, mas consegui entrar antes. Ele me olhou feio.

- Espero que saiba que sua tentativa de ficar longe de mim não diminui o que eu sinto por você. Os seus esforços para me proteger de você mesmo serão inúteis.

- Você é insuportável - Se deitou na cama.

Tirei os meus tênis e fui engatinhando até Noah, me deitando em seu peito.

Ele fez uma careta, mas não se afastou, só ficou olhando para o teto, sem se importar com a minha presença.

- Acho melhor você passar esse seu braço em volta da minha cintura antes que eu vá para a Alemanha com raiva de ti.

Ele me olhou e revirou os olhos, mas fez o que eu pedi.

- Sina...

- Oi.

- Pare de alimentar o ego de quem não se importa com os seus sentimentos.

- Eu ainda insisto em alguns sonhos, mesmo que eles pareçam impossíveis.

- Bem feito para você por ter sentimentos.

- Parece que você está de TPM - Pela primeira vez escutei sua risada, acabei rindo também.

- Obrigada por sempre estar comigo nos meus piores momentos - Me abraçou de verdade dessa vez.

- Se eu não conseguir te tirar do fundo do poço, eu pulo dentro dele e fico do seu lado conversando.

Urrea passou sua mão pela minha nuca e me puxou para um beijo, retribuí na mesma hora.

- Vou ver como as meninas estão - Dei um último selinho nele e me levantei da cama, Urrea murmurou, mas sai do quarto do mesmo jeito.

Fui até o quarto das meninas e vi que elas continuavam brincando juntas.

Conversei um pouco com elas e voltei para o quarto de Urrea novamente.

Ele continuava deitado, então me sentei ao seu lado.

- Ah, já ia esquecendo - Tirei minha aliança do dedo - Tome.

- O que está fazendo?

- Te entregando a aliança? - Fiquei confusa.

- Por que?

- Urrea, já podemos acabar com esse jogo. Já que descobrimos que o filho não é seu, Wendy não vai te forçar a nada - Falei normalmente.

- Não.

- Não?

- Coloca essa aliança de volta no dedo - Ordenou.

- Como? - Ergui uma das sombrancelhas - Achei que isso fosse somente para enganar sua mãe.

- E é.

- Então para que isso? Por que quer continuar com o namoro falso?

- Ah, sei lá... - Ficou pensativo - Olha só, você me queria. Você conseguiu. Então você é minha namorada até eu dizer que não é, entendeu?

- Você não pode me dizer o que fazer ou deixar de fazer - Cruzei os braços.

- Sina, não vou deixar ninguém tirar o que é meu.

- Urrea... - Me aproximei dele, ficando bem perto de seu rosto - Duas palavras, sete letras. Só quando me disser isso, eu vou ser realmente sua.

- Sabe que não vou dizer.

- Então cale essa boca e pare de me tratar como se eu fosse um objeto - Entreguei a aliança em sua mão - O jogo acabou, Jacob.

- O jogo só acaba quando eu quiser.

- Então divirta-se jogando sozinho - Sai do quarto.

Talvez seja porque ele ainda está com raiva por Nicole ter mentido para ele.

Noah sofreu de mais nesse tempo que foi enganado, ficou depressivo e sua vida mudou.

Noah tem os seus motivos para ficar estressado.

Mas ele tem o direito de ficar estressado com Nicole, e não comigo. Eu só tento ajudar e ele vem com essa grosseria toda.

Só sai do quarto para não ter uma discussão realmente feia com Urrea.

Não queria ir para a Alemanha brigada com ele.

Fui até o quarto das meninas e me sentei longe delas. Fechei os olhos quando vi Urrea se aproximar e se sentar ao meu lado.

- Me desculpe - Deu um beijo em minha bochecha e eu abri os olhos - Não queria te tratar como um objeto, me perdoe.

Voltei a fechar os olhos e respirei fundo. Não respondi nada para Urrea.

- Sina, eu estou com raiva... Posso te abraçar?

- Me abraçar? Sério? - Olhei para ele.

- Só os teus braços me trazem paz e conforto. Posso?

Revirei os olhos e abri os braços.

Urrea sorriu de canto e me abraçou, colocando sua cabeça em meu peito e suas mãos em volta da minha cintura.

- É sério Deinert, me desculpe. Eu não queria ter sido grosso com você.

- Tudo bem - Alisei seus cabelos morenos - Esquece isso, tá? Já foi. Nicole não é mais um problema para nós.

- Graças a você. Obrigado - Olhou para mim e sorriu. Voltou a se deitar em meu peito.

Ficamos em silêncio por um bom tempo. Mas não foi um silêncio constrangedor, foi um silêncio bom.

- Urrea... - Olhou para mim - Olhe bem lá no fundo da sua alma que eu sei que tem e diga para mim se o que sente por mim foi tudo um jogo ou se foi de verdade. Diga se algum dia nós dois vamos dar certo, diga se me amou.
Ele ficou me encarando em silêncio por um tempo, mas rapidamente atacou meus lábios com um beijo feroz e profundo, que eu tive o prazer de acabar rápido.

- Foi tudo um jogo - Afirmei, já sabendo a resposta.

- Foi...

Nossa conversa foi cortada pela as vozes de Wendy e Ron vindo do corredor.

Eles entraram no quarto e eu me levantei, saindo de perto de Noah.

Conversei um pouco com os dois e me despedi deles. Saindo de casa em seguida.

Noah ofereceu ir comigo, mas eu recusei e agradeci.

Cheguei em casa e conversei um pouco com minha mãe e irmã, antes de me trancar em meu quarto.

Quando eu estava entrando no banheiro para tomar um banho, meu celular tocou. Jurava que era Noah, adiantado para a nossa ligação noturna. Mas na verdade era Krys.

- Oi Krys - Atendi.

- E aí Sina? Deu tudo certo?

- Sim, Nicole saiu de nossas vidas - Suspirei - Graças a você, obrigada de novo.

- Ela te contou alguma outra coisa?

- Não... Ela não quis dizer nada.

- Então sorte sua, porque eu descobri tudo.

- Sério?! Me conte tudo, por favor.

- O verdadeiro pai daquela criança é Payton, lembra dele?

- Como eu poderia esquecer daquele pisicopata.

- Então... Como Nicole não queria que o pai do seu filho fosse um criminoso que agora está na cadeia, ela inventou tudo aquilo sobre Urrea.

- Mas e os exames?

- Se eu te contar você nem vai acreditar - Soltou uma risada - Nicole conseguiu comprar as assinaturas falsas do doutor através de sexo.

- Eu não acredito que ela foi capa de fazer isso - Fiquei pasma.

- Pois é - Fez uma pausa - E você? Está bem?

- É... Na medida do possível - Sorri, mas estava triste.

- O que aconteceu?

- Falei que amava Urrea.

- Você fez o que?! - Soltou uma risada baixa - E o que ele disse?

- Nada! Esse é o problema, tudo que ele disse foi que nosso namoro foi apenas um jogo. E o pior de tudo é que ele queria continuar com o namoro falso, mesmo sabendo que ele não seria pai.

- Você sabe o que ele sente?

- Acho que sim...

- Olha, não importa o que ele te disse. Eu só sei que ele também te ama. Dá para perceber isso só pelo jeito que ele te olha.

- E como ele me olha? - Ri baixo.

- Como um cubo mágico bem sexy. Ele não sabe resolver, mas se diverte muito tentando - Sorri sozinha - E não é só isso. Quando Urrea olha para você, os olhos deles brilham, e os olhos nunca mentem. Isso se chama amor.

- Acho que ele nunca vai admitir isso.

- Ele já admitiu isso para mim.

- O que?! O que ele disse para você, Krystian?

- Merda... Não diga a ele que eu contei isso a você - Assenti - Sabe... Noah já me disse que te ama, ama mesmo.

- Ah meu Deus, sério?!

- Sim, mas nem precisava. Você sabe o que ele sente por você.

- O problema não é o que ele sente. É a incapacidade dele de expressar isso para a pessoa certa. O que adianta ele falar com você? Ele devia ter falado comigo.

- Eu sei disso, mas Urrea te medo do amor.

- Eu sinto que se eu não fosse para a Alemanha, talvez ele possa ter o tempo necessário para dizer que me ama.

- Está pensando em desistir da viagem e dos estudos por causa de Urrea?

- Eu não sei... Talvez?

- Não quer ir porque precisa se despedir dele, mas você precisa fazer isso. Não pode deixar de seguir seus sonhos por conta de outra pessoa.

- Não sei se estou pronta para deixar Noah.

- Você não vai deixá-lo, vai apenas seguir sua vida. Se ele não dizer que te ama em treze dias, quer dizer que foi o melhor a se fazer.

- Eu te amo, sabia? Você é o melhor amigo de todos. Urrea devia te valorizar mais.

- Boa noite, Sina - Soltou uma risada.

- Boa noite, Krys - Desliguei a chamada.

Deixei o celular de lado e fui tomar um banho. Coloquei um pijama confortável e me deitei na cama.

Noah me ligou e eu atendi.

- Oi.

- Oi... Está brava comigo?

- Um pouco - Suspirei - Mas vai passar. Não quero ficar brigada com você durante esses últimos dias.

- Estou indo aí.

- Que? Por que?

- Vou dormir com você hoje.

- Noah...

- Sem gracinhas, prometo. Só quero aproveitar sua presença enquanto ainda posso - Sorri sozinha - Fique na sala, já estou saindo.

- Tudo bem.

Desliguei o celular e levantei da cama, descendo as escadas. Em poucos minutos batidas baixas vieram da porta e eu a abri.

Abracei Urrea quando ele entrou em casa, e fiquei mais feliz ainda por ver o seu livro em suas mãos.

- Você trouxe o livro! - Falei alegremente.

- Trouxe, eu sabia que você ia querer escutar algo antes de dormir

- É, obrigada - Sorri.

Subimos as escadas e tranquei a porta do meu quarto quando entramos.

Urrea já foi se deitando na cama e eu fui junto.

Ele passou seus braços em volta do meu corpo e me entregou o livro.

- Não - Fiz voz manhosa - Quero ouvir de você.

- Tudo bem.

Noah me soltou somente para abrir uma página aleatória do livro e começar a ler para mim.

- Mesmo que eu não consiga me expressar direito, quero que saiba que você salvou a minha vida a partir do momento que chegou nela. Nunca levei jeito com as palavras, ainda peco quando se trata de declarações de amor, mas eu te amo mais do que pode imaginar, é coisa de outra vida, que transcende meu corpo e só quer te cuidar. Passaria o resto dos meus dias ao seu lado, se você deixasse, tudo que mais quero é te fazer feliz de verdade e te provar que nosso amor é coisa rara. Você me salvou da escuridão com o seu amor e eu sempre serei grato ao bem que me faz.

Colocou o livro na cabeceira da minha cama e voltou a me abraçar. Sorriu e me deu um selinho demorado.

- Boa noite minha princesa - Beijou o canto da minha boca e apagou a luz.

- Me diga um apelido - Falei baixo.

- Apelido?

- Sim, um apelido para você.

- Não precisa disso.

- Precisa sim. Você me chama de várias coisas fofas, e eu só posso te chamar de "Urrea". Quero um apelido, ande.

- Se me chamar de "meu amor" eu vou adorar.

- Está falando sério? - Dei uma risada.

- Seríssimo.

- Então tudo bem. Boa noite, meu amor.

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