A babá |•ɴᴏᴀʀᴛ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ

By _hazzlovegood

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Sina Deinert, uma garota super meiga e inteligente que tem o sonho de estudar em uma das melhores faculdades... More

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By _hazzlovegood

SINA DEINERT.

Para a minha surpresa, eu estava conseguindo lidar bem com os meus sentimentos por Urrea nessa última semana.

É claro que eu ainda amo muito ele, mas estou me controlando.

Por outro lado, ele anda bem estranho.
Parece meio triste, chato, é como se o Urrea de antigamente tivesse voltado, mas sem a parte de dormir com uma mulher diferente por dia.

Quando nós dois estamos sozinhos em casa, só com as gêmeas, cada um fica em um canto da casa, nem conversamos. Urrea sempre fica trancado no seu quarto.

Só nos falamos quando nossos pais estão por perto. Estamos conseguindo enganar muito bem eles.

Mas sempre que eu uso aquela aliança falsa, me dá um aperto no coração de saber que nada daquilo passa de um jogo.

Antes de dormir eu sempre procuro algum texto inspirador na internet, mas nenhum deles chega aos pés dos do livro de Noah.

E é por isso que agora eu sempre estou dormindo tarde. Parece que os textos que Urrea me falava, me traziam paz e me faziam dormir bem melhor.

Tanto é que agora já são duas da manhã e eu não peguei no sono ainda. O texto que eu li na internet foi muito bobo, não me ajudou em nada.

Eu queria tanto esquecer esse sentimento por Noah e partir para outro, mas eu simplesmente não consigo.

É difícil quando você não consegue sentir interesse em ninguém porque você está preso sentimentalmente em alguém que não está nem aí para você.

Mesmo estando de madrugada, tomei um banho relaxante na banheira e já que estava um pouco frio, coloquei meu moletom para dormir.

Deitei na minha cama e fiquei me virando de um lado para o outro, sem conseguir dormir. Agradeci quando meu celular tocou, mas suspirei quando vi que quem me ligava era justamente quem estava me tirando o sono.

- Urrea? - Atendi - Já viu que horas são?

- Me desculpe - Disse com voz calma - É que eu recebi os resultados agora.

- Resultados do que exatamente?

- O teste de paternidade.

- E aí? O que deu? - Me acalmei mais.

- Eu sou o pai - Percebi que ele segurava o choro - Era só isso. Boa noite princesa, e me desculpe de novo.

- Urrea... - Exitei um pouco - Estou indo aí - Cedi.

- Sina... - Fez uma longa pausa - Obrigado.

Desliguei o celular e me levantei da cama. Não me preocupei em tirar minha roupa de moletom, apenas sai em silêncio de casa e fui andando até a casa dos Urreas.

Com a minha chave, abri a porta da frente cuidadosamente e subi as escadas até o quarto de Noah.

Dei duas batidas de leve na porta antes de abri-la.

O quarto estava com a luz apagada, então estava escuro. Mas com a pouca luz que estava vindo do corredor atrás de mim, consegui enxergar Urrea deitado em sua cama com a mão no rosto e um envelope em sua barriga.

Acendi a luz e tranquei a porta novamente. Me sentei ao seu lado na cama e ele finalmente olhou para mim.

Seus olhos estavam inchados e vermelhos, sua bochecha estava úmida por conta das lágrimas que caíram e a tristeza estava estampada em seu rosto.

Ainda não sabia o que falar para ele, então apenas peguei aquele envelope que estava em sua barriga e abri.

Antes de ler o que realmente importava, verifiquei se o documento era do hospital mesmo, sem nenhum erro. E realmente era o documento oficial do hospital, não tinha como ser maquiado ou falsificado, até o carimbo do médico era de verdade.

(N/A NÃO SEI NÃO AINDA NÃO ACREDITO)

Finalmente olhei o resultado final, e Urrea não estava mentindo. O teste deu positivo. Urrea era o pai dessa criança, e acho que pela primeira vez, Nicole não estava mentindo.

- Urrea... - Larguei o envelope na cabeceira da cama - Eu nem sei o que fazer ou dizer... Me desculpe.

- Eu posso te abraçar? - Perguntou inseguro, com uma voz calma e ainda chorando.

- É claro - Me aproximei de Urrea e ele deitou sua cabeça em meu peito, abraçando minha cintura enquanto eu acariciava seus cabelos.

- A minha vida acabou - Murmurou.

- Não diga isso, eu vou te ajudar - Sorri - Vai ficar tudo bem, eu prometo.

- Como eu vou contar isso para a minha mãe? - Me olhou - Ela vai me odiar.

- Pare de falar bobagem - Ordenei - Você não precisa dizer nada agora, nós podemos pensar em um jeito delicado de contar isso a ela. Não é uma notícia muito fácil de receber, sabe?

- Vai estar do meu lado quando eu contar? - Vi seus olhos brilharem e me deu uma certa dó.

- Vou... Claro que vou - Sorri de leve.

Eu e Urrea ficamos em silêncio, nos encarando. Noah revesava seu olhar entre meus olhos e minha boca, e começaram a cair mais lágrimas, fiquei preocupada, mas logo ele sorriu.

- Sinto sua falta - Disse ainda sorrindo.

- Eu venho aqui todos os dias, Urrea.

- Você sabe do que eu estou falando. 

- Eu não podia continuar com isso, me desculpe.

- Não estou falando de beijos e sexo. Estou falando de você, sinto falta da sua amizade, sinto falta da sua companhia, da sua presença em minha vida.

Apenas fiquei em silêncio, observando aqueles olhos verdes que estavam escuros por conta da tristeza. Eu não fazia a menor idéia do que responder a ele.

- Por favor Sina, eu preciso de você.
Vamos voltar pelo menos com a nossa amizade, eu te imploro.

- Éramos amigos no começo, lembra? E olha no que se transformou depois.

- Mas éramos amigos que se beijavam, já que não quer mais nada comigo, podemos ser amigos de verdade.

- Não sei se vai dar certo - Fiquei pensativa - Mas acho que podemos tentar, não sei - Fiquei insegura.

Urrea apenas sorriu e voltou a se deitar em meu peito. Ficamos em silêncio por um tempo e eu fiquei pensando que foi uma péssima idéia voltar a ser amiga de Urrea, quase certeza que não íamos parar só na amizade.

- Tem que voltar para casa? - Urrea perguntou meio triste, com medo da resposta.

- Quer que eu vá agora?

- Não - Respondeu rápido - Por favor, não.

- Eu durmo aqui se você prometer se comportar, sem fazer nenhuma gracinha.

- Eu prometo.

Respirei fundo e apaguei a luz com o interruptor que ficava do lado da cama.

- Sina, acende - Urrea pediu e eu acendi, o olhei estranho - Podemos ler um texto inspirador do livro? Sinto saudades de fazer isso com você. Sinto saudades da nossa tradição.

- Tá... Claro - Falei envergonhada e peguei o livro - Você quer ler?

- Lê você, por favor.

Abri uma página do livro e limpei a garganta antes de começar a falar.

- Não queria ser seu amigo,
queria ser seu namorado.
Não queria ter sua amizade,
queria ter você.
Não queria apenas te fazer feliz,
e sim ser feliz com você.
Não queria estar aqui só,
e sim estar ai com você.
Não quero "eu", quero "nós",
Não quero ser chamado de "amigo",
e sim de "amor".

Suspirei e coloquei o livro de volta na cabeceira.

- Boa noite Jacob.

- Boa noite princesa.

- Até te encontrar.

- Até te encontrar.

Apaguei a luz e me deitei debaixo das cobertas de Noah. Ficamos longe um do outro, mas só de saber que ele estava na mesma cama que eu, já me fez dormir bem melhor.

[...]

NOAH URREA.

Eu estava mesmo muito apavorado. Tentei não ligar para ela por conta que estava de madrugada, mas quando meu peito começou a doer e comecei a sentir falta de ar, tive que ligar para Sina, só ela podia me acalmar.

E realmente ela me acalmou muito, e o fato dela querer tentar ser minha amiga só me fez ficar ainda mais calmo.

Mesmo sem estar grudado com ela, eu consegui dormir muito bem. Foi a única noite desde o natal que eu consegui dormir bem, só pelo simples fato dela estar ao meu lado.

Mas não sei porque acordei cedo, com os primeiros raios de sol batendo em meu rosto. Demorei um pouco para acordar de verdade e ter noção do que estava acontecendo.

Foi aí que eu percebi que eu e Sina estávamos completamente juntos, em um abraço apertado. Ela continuava dormindo, mas do mesmo jeito eu fiquei feliz.

Ela estava com uma de suas coxas entre as minhas, enquanto suas mãos estavam sobre o meu peitoral. Minhas mãos estavam abraçando sua cintura e suas costas.

Sina estava com seu rosto afundado em meu pescoço, fazendo eu sentir sua respiração quente em mim, enquanto meu queixo estava apoiado no topo da sua cabeça.

O cheiro de seu cabelo estava completamente maravilhoso.

Não sei como e nem quando ficamos assim, só sei que foi automático.

É como se os nossos corpos tivessem um ímã, impossível de ficarem separados.

Sei que prometi não fazer nada com ela essa noite, mas não foi minha culpa, afinal, eu estava dormindo

Então não vou me desgrudar de Sina, vou aproveitar esse pequeno momento que eu não sei se algum dia vai se repetir.

Fiquei nessa posição por longos minutos, apenas me aconchegando na mulher que eu amo.

Mas sai do transe quando senti Sina se mechendo um pouquinho, ela estava acordando.

Eu jurava que quando ela percebesse o que estava acontecendo, iria me empurrar e sair de perto de mim, mas não foi isso que aconteceu. Ela ficou parada, como eu.

Sina começou a acariciar meu peito levemente com o seu dedo indicador e trouxe seu rosto para mais perto do meu pescoço, fazendo eu sentir seu nariz e seus lábios na minha pele.

Soltei arrepios de leve e fechei os olhos.

Ela já sabia que eu estava acordado, mas nem por isso se afastou.

Comecei a enrolar meus dedos em seus fios loiros e a brincar com eles. Escutei a risada baixa de Sina e acabei sorrindo.

- Bom dia - Sussurrou.

- Bom dia - Respondi no mesmo tom.

Sina respirou fundo e se afastou aos poucos dos meus braços, como se não quisesse aquilo. Ela me olhou e sorriu de leve.

- Está melhor?

- Na medida do possível - Tentei um sorriso.

- Bem... Eu preciso ir para casa, tirar esse pijama, mas eu volto daqui a pouco.

- Quer que eu te leve?

- Não - Disse rápido - Não precisa, mas obrigado. Volto logo - Saiu rapidamente do quarto.

Era óbvio que Sina estava me evitando.

Ela disse que não queria mais nada comigo, e hoje dormimos abraçados.

Mas eu não me arrependo nenhum pouco, só espero que dias como esse possam se repetir.

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