A babá |•ɴᴏᴀʀᴛ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ

De _hazzlovegood

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Sina Deinert, uma garota super meiga e inteligente que tem o sonho de estudar em uma das melhores faculdades... Mais

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De _hazzlovegood

SINA DEINERT.

   As semanas foram passando super rápido.

    Noah estava estranhamente bem. Em quase dois meses ele só dormiu com umas seis garotas, e ele dormia com essa quantidade em apenas uma semana.

     Por sorte ele nunca mais foi chato comigo, estava me tratando como uma verdadeira princesa cor de rosa, como ele me chama.

     Nós fazemos ligações juntos todas as noites, sem excessão nenhuma. E tem dias que mesmo depois de nós nos ligarmos, ele vem até minha varanda e conversa um pouco comigo.

      A gente acabou criando uma tradição de recitar um texto inspirador todas as noites durante as ligações, quase todos os textos e frases vinham do livro de Urrea.

      Ficávamos horas em ligação conversando sobre absolutamente tudo. Teve dias que até viramos a noite sem nem perceber.

      Hoje seria mais uma dessas noites, e acho que iríamos madrugar novamente por conta de hoje ser minha folga e eu não ver Urrea pessoalmente.

      Em qualquer outro emprego eu iria adorar meu dia de folga, mas trabalhando de babá na casa dos Urreas, eu queria nunca ter folga, tanto por Nour e Sofya, e tanto por Noah.

      Estou sozinha em casa agora, e está um verdadeiro tédio. Ainda são quatro da tarde e eu já assisti cinco filmes e alguns episódios da minha série.

      Levantei e procurei algo para comer, mas não tinha nenhuma besteira, apenas comidas saudáveis e normais.

      Já que eu estou no tédio e com fome, nada melhor do que eu ir ao mercado.

     Coloquei uma roupa simples e sai de casa. Cheguei no mercado que ficava na rua de trás e comprei só besteira, salgadinhos, doces, biscoitos e etc.

      Voltei para a casa e coloquei a chave na porta para mim abri-la, mas fui interrompida por um arrepio no meu corpo devido a alguma coisa gelada encostando nas minhas costas.

     Me virei e dei de cara com uma arma apontada para mim, e não podia ser nada mais nada menos que o mesmo cara que me assediou na boate e que deu um tiro de raspão no braço do Noah.

    Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele virou a chave que estava na porta e abriu, nos jogando para dentro da minha casa e fechando a porta novamente.

    - O que você quer? - Ele continuava com a arma apontada para mim.

    - Você.

    - Vai me matar?

    - Por enquanto não.

    - O que quer então? - Perguntei firme.

    - É o seguinte - Começou - Eu estou querendo entrar para os the bloods - Essa era uma das gangs mais perigosas de Los Angeles - Mas para entrar, todos precisam ter uma garota só deles. E você vai ser a minha.

    - Esse é o auge da carência.

    - Cala sua boca - Falou bravo, forçando a arma contra minha barriga - Alguns membros vão estar na boate, disfarçados para ver se eu estou mesmo com uma garota, aí sim eu posso entrar.

    - E aonde eu entro nisso?

    - Você vai ir comigo para a boate e vai fingir ser a minha garota até me aprovarem para ser um bloods.

    - Tem um probleminha, eu já sou a garota de Noah, esqueceu que namoramos? - Menti.

    - Eu já sei que é mentira, todos já sabem. Esqueceu que Noah Urrea não se apaixona? - Bufei e fiquei em silêncio.

    Eu ainda não acredito que vou ter que fingir ser a namorada do cara que me assediou e depois atirou no braço do menino que eu realmente amo.

     Tento imaginar como Noah reagiria se esse cara me matasse. Ele não iria suportar outra perda, principalmente eu que sou a melhor e única amiga dele.

     Então o jeito é fazer tudo que ele pedir mesmo.

     - Por que eu? Existem várias outras garotas bem mais bonitas do que eu, e bem mais velhas também. Qual é? Você parece ter uns dez anos a mais do que eu.

    - Chega de perguntas - Falou bravo - Vamos até seu quarto e você vai colocar aquele mesmo vestidinho preto justo que você estava no outro dia.

    Eu sei que era um perigo eu levar um pisicopata que está armado para meu quarto, mas eu precisava fazer isso logo. Então subi as escadas devagar e em nenhum momento ele tirou a arma das minhas costas.

    - O que vai fazer comigo depois? - Perguntei entrando no meu quarto.

    - Se tudo der certo, eu te deixo aqui de novo e você finge que nada aconteceu.

    Fui até o meu guarda roupa e peguei o vestido que ele disse, me virei e fui entrando no banheiro.

    - Aonde acha que vai?

    - Ao banheiro. Ou você acha que eu vou me trocar na frente de um maníaco igual você?

    - Tudo bem, mas me dá o celular que está na sua cintura - Merda, joguei o celular para ele - Desbloqueia, agora. - Assim fiz.

    Depois disso eu pude entrar no meu banheiro e me vestir. Um zilhão de pensamentos passaram em minha mente, e a maioria continha Noah.

    Se ele descobrisse que eu fui ameaçada pelo mesmo cara que me assediou e depois atirou nele, só Deus sabe o que Urrea faria.

     Eu só peço que Jacob não esteja na boate, assim ele não me vê com outro cara. E acho bem provável que se Urrea estiver lá, esse homem pisicopata vai atirar nele na hora, e dessa vez não vai ser de raspão.

     Sai do banheiro e vi ele deitado na minha cama, a mesma cama que eu dormi com Noah, fiquei com nojo, muito nojo.

     - Agora arruma o cabelo, põe uma maquiagem ou sei lá o que vocês fazem pra ficar bonita - Apontou a arma para mim de novo.

     Fui até minha penteadeira, arrumei meu cabelo e passei uma maquiagem básica.

     - Agora vamos - Ele segurou meu pulso com força e me puxou para fora do quarto.

     Descemos as escadas e eu fechei a porta de casa. Ele me levou até um carro e abriu a porta para mim entrar.

     - Avisei sua mãe que você vai ir para casa de uma amiga - Ele disse após entrar no carro - Por que você liga todas as noites para Urrea?

     - Você mexeu no meu celular?

     - Não respondeu minha pergunta - Colocou a arma na sua cintura e ligou o carro.

     - É porque não te interessa.

     Ele apenas riu e continuou dirigindo para a boate. A falta que eu senti de segurar a mão de Noah agora é impossível de descrever, eu só queria ter ele por perto nesse momento.

     Chegamos e saímos do carro, ele veio até mim e apertou minha cintura contra a sua, fazendo eu sentir o cano da arma em mim.

     - Sem nenhuma gracinha - Sussurrou no meu ouvido.

     Andamos até a entrada e ficamos esperando um pouco na fila. Chegou nossa vez e o segurança me olhou estranho.

     - Ela está comigo - O pisicopata sem noção avisou.

     Só assim aquele segurança deixou nós entrarmos. A boate estava exatamente igual desde a última vez que eu vim aqui, a única diferença é que como ainda não está muito tarde, não está tão lotado ainda.

     O cheiro de cigarro que estava nesse lugar deve ter estragado todo o meu organismo, além desse cheiro ficar impregnado na minha roupa.

      Vários homens vieram conversar com o pisicopata e todos eles soltaram elogios maliciosos sobre mim. Acabei descobrindo que o nome dele é Payton, mas prefiro chamá-lo de pisicopata sem noção, combina mais.

      O pisicopata sem noção me levou até a parte do bar e nós nos sentamos nos banquinhos que tinham lá.

      - Quando eu vou poder ir embora daqui? - Cruzei os braços.

      - Quando eu receber uma mensagem - Falou e me entregou um copo que parecia ter vodka pura - Beba.

      - Não.

      - Vai logo.

      - Eu não bebo.

      - Beba, agora - Ordenou.

      - Eu disse que não bebo.

      - E eu disse agora - Mostrou de leve a arma em sua cintura.

      Murmurei um "que nojo" antes de virar o líquido tudo de uma vez. Isso era horrível, a pior coisa que eu já bebi na vida. Fiz uma careta e comecei a tossir.

       - Fraca.

       - Pisicopata.

       Ele me ignorou e começou a beber mais líquidos com várias cores e cheiros diferentes, mas parecia que Payton não ficava bêbado nunca.

       Estava tudo calmo quando eu escutei a voz feminina que eu mais odeio em todo o mundo.

       - Babá? - Nicole perguntou rindo.

       - Olá Nicole - Payton cumprimentou.

       - O que você está fazendo com a criada, Payton? - Me segurei para não pular nela.

       - Agora ela é minha garota - O pisicopata colocou a mão na minha coxa e eu tive vontade de vomitar.

       - O que?! - Nicole riu, incrédula - E Urrea por acaso sabe disso? Ou deixou de ser cadelinha dele?

       Respirei fundo e me controlei para não espancar essa menina. Payton veio e abraçou minha cintura, fazendo eu me levantar.

       - Urrea é passado, não é mesmo, meu amor? - Um nó se formou em minha garganta.

       Eu iria apenas ficar quieta como fiz até agora, mas o pisicopata sem noção esfregou a arma em minhas costas e eu tive que forçar um sorriso.

       - É - Dei pouco caso.

       - Ótimo, assim sobra mais - Deu mais uma risada e saiu de perto.

       Me afastei e tirei a mão de payton da minha cintura. Voltei a sentar no banquinho e fui obrigada a beber mais uma dose de vodka só para fingir que eu estava me divertindo.

       Um barulho de mensagem veio do celular do pisicopata, ele olhou e sorriu.

       - Recebi a mensagem - Falou rindo e eu revirei os olhos.

       - Ótimo - Me levantei - posso voltar para a casa agora?

       - É claro - Sorriu estranho e eu apenas ignorei.

       Eu ia andando na frente, mas Payton me puxou com força e eu acabei me chocando com ele, de costas. O pisicopata segurou meus quadris e me encoxou, eu fiquei super desconfortável.

       - Vai com calma aí, estressadinha - Sussurrou no meu ouvido.

       Fiquei em silêncio. Fomos até a fila da saída e saímos, indo direto para o carro do pisicopata.

       Payton ligou o carro e começou a dirigir, de repente sua mão foi parar no meio das minhas coxas e eu me assustei, dei um tapa forte na sua mão e ele se afastou.

       - Está louca?! - Perguntou gritando.

       - Não toque em mim! - Falei brava.

       Ele ficou em silêncio e deu uma risada debochada antes de virar o carro bruscamente e ir na direção oposta da minha casa.

       - Minha casa é para o outro lado.

       - E meu apartamento é para esse lado - Falou imitando meu tom de voz.

       - Me leva para minha casa - Ordenei e ele riu - Me deixa sair, agora!

       Ele só continuou dirigindo, me ignorou. Comecei a tentar abrir a porta e dar socos nela, mas de nada adiantou, só fez Payton se irritar mais.

       - Para com essa merda! - Tirou a arma da cintura e apontou para mim, mas mantendo o olhar na rua - Você não vai se arrepender, isso vai ser ótimo - Riu maliciosamente.

       Eu comecei a ficar apavorada só em imaginar todas as coisas de ruim que Payton podia fazer comigo, comecei a chorar silenciosamente.

       Eu só queria estar ao lado de Noah nesse momento, ao lado do homem que eu amo e não do lado de um predador sexual igual Payton.

       Depois de alguns minutos o psicopata estacionou em uma garagem de um apartamento luxuoso e desceu do carro, mas eu continuei parada no meu lugar, ainda mais assustada.

       Ele deu a volta no carro e abriu minha porta, me olhando com uma cara feia.

       - Vem logo! - Me puxou fortemente pelo braço fazendo eu sair do carro.

       Ele me agarrou pela cintura e foi colado comigo até entrarmos no elevador, me segurei para não desabar no choro.

       Chegamos ao apartamento dele e entramos, era tudo muito arrumado e bonito. Ele me puxou pelo braço com força e fomos até um quarto, ele me jogou com tanta força na cama que mesmo caindo em almofadas e travesseiro, doeu.

        - Por favor - Lágrimas caíram do meu rosto - Me deixa ir em bora.

       - Daqui a pouco - Ele riu - Primeiro eu vou dar uma passada na cozinha, desde ontem eu não como nada. Vou ter que dar um jeitinho em você.

      Ele se afastou até um guarda roupa e voltou com três camisas grandes.

       - O que vai fazer? - Perguntei assustada, tentando me encolher.

       Ele não respondeu nada, apenas puxou minhas duas penas e amarrou uma das camisas ali, me impedindo de andar. Ele fez a mesma coisa nos meus braços, colocando-os amarrados para trás. E por fim ele amarrou um na minha boca, impedindo de gritar. Apenas comecei a chorar mais.

       - Só assim para você ficar quieta - payton disse antes de fechar a porta do quarto com força.

        Assim que ele saiu eu tentei me desamarrar, mas não deu em nada, os nós estavam muito fortes e eu não conseguia chegar nem perto de me soltar.

        Desisti e comecei a chorar mais ainda, eu já tinha uma idéia do que ele queria fazer comigo e é uma coisa que nenhuma mulher deveria passar.

        Alguns minutos depois a porta se abriu e payton entrou com a arma na mão, mas deixou na mesinha que ficava do lado da porta e se aproximou da cama onde eu estava.

        - Sabia que você é muito linda babá? - O pisicopata se sentou ao meu lado na cama - Nem vou perguntar se você é virgem porque sei que nenhuma garota sobrevive com a virgindade intacta saindo com Noah Urrea.

        Ele começou a acariciar minhas coxas. Eu tentei me afastar, mas não consegui.

        Eu só queria o Noah Urrea agora.
     
   
   

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