Giostra - Máfia Siciliana (CO...

By edith_v4rgas

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Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança... More

Nota das autoras
Cast
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12 parte 1
12 parte 2
13
14
15
16
Bônus
17
18
19
20
21
22
23
Bônus
24
25
26 parte 1
26 parte 2
27 parte 1
27 parte 2
28
29
30
Bônus
31
32
33
34
35
Bônus
36
38
39
40 parte 1
Bônus
40 parte 2
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50 - ÚLTIMO CAPÍTULO
Epílogo
Agradecimentos
EXTRA

37

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By edith_v4rgas

Pegamos aquele verme. Não estávamos esperando achar ele, mas Guiseppe nos apontou a tua direção. ― Quem estava do outro lado da linha era Fabrizio.

Desde que Bertinelli o ameaçou com Elisa, o suposto interesse amoroso de seu consiglieri, ele pareceu voltar à realidade. No entanto, havia uma distância entre eles que talvez jamais voltasse a ser como eram antes.

Quem pegaram? ― Ettore perguntou realmente curioso.

Andrei. ― Fabrizio disse com nojo palpável. ― Ele estava na cidade, Lorenzo estava trabalhando com ele, bastou que o matasse e ele parasse de mandar informações que ele veio atrás.

― Isso é melhor do que esperava. ― Finalmente uma boa notícia e poderia matar alguém. ― Leve ele até o galpão, chego assim que poder.

Ettore não esperou uma resposta e finalizou a chamada, guardando o celular no bolso interno de seu paletó e se levantou a fim de ir diretamente até o balcão, foi quando viu Salmo entrando pela porta, ele estava acompanhado de duas moças.

O homem negou com a cabeça, respirando fundo. Já sabia o que Salmo queria e ele tinha chegado a uma péssima ideia. Não poderia ter escolhido uma hora pior para aparecer.

― Seja rápido. ― Bertinelli reclamou. ― O que você quer?

― Vim te dar seu presente de natal adiantado.

Bertinelli olhou para as moças, reparando nelas. Exatamente como gostava, antes de Helena cruzar o seu caminho. Estatura mediana, pele escura, olhos castanhos e cabelos cheios e enrolados de maneira selvagem, eram bonitas, mas aparentavam serem novas demais, ambas usavam vestidos justos, uma de rosa e a outra de branco, mas não as achava mais atraente.

― Eu não quero presente, Salmo. ― Ele soou surpreendentemente calmo. ― Quer saber, deixe as garotas. Obrigada pelo presente, tudo que eu precisava agora era um boa foda.

Ettore não pretendia tocar nelas, mas num ímpeto de misericórdia, aquele era o dia de sorte das meninas. Mas bastou que falasse daquele jeito que viu que elas se encolheram, deixando claro que não queriam, no mesmo instante que seu amigo sorriu.

― Sabia que iria querer. ― Seu sorriso se alargou. ― Fabrizio me disse que anda muito irritado, como sua esposa não está na cidade, achei que isso poderia resolver o seu problema.

― Claro. Vai resolver. Agora se me der licença, não espera que eu divida com você, certo?

― Não, não. São suas.

Foi a última coisa que disse, viu Salmo dar as costas e saiu, e guiou as meninas até o quarto no final do corredor. O quarto que sua esposa dormia quando queria irritar o marido. Bastou que a porta se fechasse para que as meninas começassem a tirar a roupa, ambas estavam com o olhar caído e triste. Ettore se perguntou porque se importou.

Não precisava refletir muito para saber que era por causa da bolinha. Porque tinha uma filha e foi impossível não sentir o seu peito se apertar.

― Não, parem. ― Ele ordenou e elas voltaram a se vestir. ― Não vamos fazer nada, não vou tocar em vocês. Hoje é o dia de sorte de vocês.

― Como? ― A de rosa perguntou, parecendo confusa.

― O senhor Salmo disse que deveríamos servir ao senhor. ― A de branco se explicou.

Bertinelli entrou no closet que ainda tinha algumas peças de roupas de sua esposa e escolheu qualquer coisa, mas que não fosse provocativo e que parecesse ser confortável e jogado em cima da cama.

― Quantos anos vocês tem?

― Eu tenho quinze. ― A de branco respondeu, trazendo um ardor para o topo do estômago de Ettore.

Nova demais. Uma criança condenada a uma vida cruel, ela tinha muito pela frente, uma vida inteira para continuar naquela vida.

― E eu, dezoito. ― A outra respondeu e parecia ainda mais machucada que a outra.

― Não vou tocar em vocês, está tudo bem agora. Vocês podem tomar um banho, vestir essas roupas ou escolher outras, vou providenciar a segurança de vocês e irão para casa.

De algum jeito ele sentiu obrigação com aquelas crianças, mas desencadeou uma coisa estranha. Por que patrocinava aquele sofrimento para crianças? Meninas inocentes que tinham a vida roubada, por dinheiro e luxúria. Ettore não aceitaria mais aquela brutalidade, faria com que parasse.

Ele saiu do quarto, deixando as meninas ali, com a cabeça cheia do que poderia fazer para acabar com aquilo. Entrou no carro e seguiu até o galpão que tinha combinado com Fabrizio por telefone.

(CENAS FORTES A SEGUIR)

Quando chegou todos rapidamente pararam com as conversas, ficando em um silêncio total. Demonstrando tanto medo quanto respeito para a figura imponente que adentrava ao lugar.

― Ele está acreditando que isso é uma brincadeira, que vai libertá-lo com medo de Vladimir. ― Fabrizio foi o que se aproximou.

― Ele não me conhece, não sabe do que eu sou capaz. Estou cansado e sem paciência para acordos. ― Ettore confessou. ― Eu falei que acabaria com ele e com Vladimir caso visse algum deles na minha cidade e aqui está ele. Eu vou cumprir a minha promessa.

Bertinelli se afastou de Fabrizio e seguiu até onde Andrei estava amarrado, numa mesa que o segurava pelos braços e pernas, mas bastou que o russo notasse a sua presença para gargalhar.

― Acabe logo com essa brincadeira. Ande, me solte. ― Ele disse. ― E vamos falar de negócios.

A risada dele o irritou profundamente, Ettore pegou uma faca e puxou a cadeira, sentou-se próximo de Andrei, controlando-se para não cortar a garganta dele e acabar com tudo ali mesmo.

― Quer falar de negócios? ― Bertinelli perguntou. ― Eu já falei sobre isso com seu pai. Eu disse que mataria um de vocês, caso voltassem.

― Está blefando. ― Ele gargalhou de novo. ― Você tem muito a perder, como rotas, dinheiro e poder.

― Resposta errada. ― Ettore negou com a cabeça. ― Eu só quero trazer a minha princesa para casa. Rota, dinheiro e poder eu já tenho.

Outra gargalhada, mas num impulso Ettore cortou dois dedos de Andrei e a risada se tornou um grito de dor.

― Agora vai parar de palhaçada. ―Bertinelli declarou. ― O que estava fazendo aqui?

― Por... Favor. ― Um suspiro mais longo e reclamações baixas. ― Na-ada.

― Eu vou cortar mais um dedo.

― NÃO! Não, não. ― Andrei se apressou, começando gritando e depois diminuindo o tom. ― Lorenzo. Eu vim atrás dele. Tínhamos um acordo e ele sumiu.

Foi a vez de Ettore gargalhar, mas ainda assim ele desceu a faca em mais um dedo de Andrei, satisfazendo-se com aquela dor e agonia no homem. Ele disse que faria e não disse que não faria.

― Você vai se encontrar com ele em breve. ― Ettore disse, fazendo uma pausa. ― Mas antes, quem mais está envolvido nisso?

― Suaesposa. ― Ele disse tudo rápido, sem espaço.

Impossível. Ettore enfiou a faca na palma da mão de Andrei e o grito foi ainda mais alto seguido de vários xingamentos, o Bertinelli foi incapaz de compreender cada palavra, aquele joguinho não iria funcionar.

― E eu sou Deus. ― Ettore ironizou. ― Quem. Mais. Está. Envolvido?

― Estão... Em... Todos... Lugares...

― Nomes. Eu quero nomes. ― Ele mexeu na faca, prolongando a dor em Andrei.

Ele gritou, tentando puxar a mão, fazendo força para se soltar da cadeira, mas era impossível. Estava bem amarrado, nos fortes que impediam que fizesse qualquer movimento, por menos que fosse.

― Hele

Bertinelli se levantou, tudo aconteceu muito rápido, com a raiva e adrenalina ele jogou a cadeira forte no chão e seu estado que já era precário, ajudou que um pé da cadeira fosse quebrou. O barulho fez Andrei se calar e o arrepio passou por seu corpo.

Ettore se abaixou e pegou o pé da cadeira que estava quebrado, um pedaço velho e sujo de madeira e voltou para perto do russo.

― Vai mesmo insistir nessa história? ― Ele perguntou, torcendo que a resposta fosse positiva. ― Você é mais burro do que eupensava. Não tem nada de lobo, é só um ratinho assustado.

Aquela era uma piada terrível, mas sequer tinha graça, como podiam chamar aquela família de vermes de lobos? Os bichos eram mais espertos que eles, não voltariam com a ameaça de morte, eles iriam sentir o perigo e se afastariam. O que não aconteceu com Andrei, voltou mesmo com a sua cabeça a prêmio.

― Você... Não quer... ver

― Mande lembranças a Lorenzo.

Ettore cansou-se daquela conversa e com o pé da cadeira ele forçou na boca de Andrei, indo fundo, até que sentiu algo se quebrar e os movimentos em uma falha tentativa de defesa pararem, assim como os gritos abafados foram substituídos pelo silêncio. Ele estava morto.

No entanto, o capo da Giostra não estava satisfeito, ele puxou a faca da mão de Andrei e forçou a lâmina contra o seu pescoço, cortando com certa dificuldade, mas depois de alguma insistência a cabeça caiu, rolando no chão. Ele arrancou o pedaço da madeira e se deu conta do buraco na parte traseira de sua cabeça. Que ótimo.

Menos um.

― Embrulhe a cabeça e mande para Vladimir. Quero que saiba que fui eu, que cumpri com a minha promessa. ― Ettore ordenou para Fabrizio quando passou por ele e entregou a faca encharcada com sangue do russo. ― Depois quero que venha a minha casa, quero que cuide de outra coisa para mim.

Precisava resolver a questão das meninas, elas precisavam de transporte e segurança para voltarem para casa, podia ter cortado a cabeça de um homem, mas uma coisa não tinha nada a ver com a outra. Andrei era um verme imundo, as meninas eram apenas crianças.

E com a certeza que estava cada vez mais perto de sua esposa e de bolinha ele saiu do galpão, começando seu trajeto de volta para a sua casa.

______________________

Olaaaaa, menineeeessss!!!! ❤❤❤❤

Bomba! Menos um, está cada vez mais próxima a volta de nossa Heleninha com bolinha.

E a atitude de Ettore de proteger as meninas? Quem amou?

Vocês estão gostando? O que estão achando?

Um beijo até a próxima. 😚❤

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