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Ferramentas para manusear este capítulo:
Torpor: O sono semelhante à morte que acomete os membros da Família que são feridos gravemente ou passam fome durante muito tempo. Os vampiros também podem entrar voluntariamente em torpor para fugir do mundo durante algum tempo.
Pressentimento: Após Khain negar seu perdão derradeiro, os vampiros ganharam o dom/maldição do pressentimento.
Cria: Termo pejorativo aplicado a um vampiro jovem.
Clã Sombra: Analíticos, estrategistas, reservados, seu ponto fraco é a preguiça (♘).
Clã Ahadi: Alegres, telepatas, domínio da camuflagem, seu ponto fraco é a alta libido (࿄).
Domínio: Uma área de influência particular de um vampiro (Reino).
Clã Mallus: Criada a partir de manutenção genética com intuitos homicidas. Possuem força descomunal, extremamente irritados, total descontrole da besta interior, forma animalesca, seu ponto fraco é a sede insaciável pelo sangue Beladona.
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Boa leitura!!
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Tum, Tum, tum.
Um coração violento.
Se engana quem pensa que o medo não tem uma trilha sonora, na vida, nas experiências, cada um deles eram sim, a trilha sonora mais repulsiva, para Taeshin o medo era decorado com sons de gritos e o tilintar da Madeira sendo consumida pelo fogo, para Gichan e Namjoon o som do medo era o barulho torturante do sangue quente manchando a terra e das faíscas que saiam de espadas de combate, Hoseok apesar de tudo até aquele momento não tinha um som de estimação, não tinha uma lembrança, sua existência era sempre como um novo recomeço, até aquele momento para si não havia.
Até aquele momento...
— Era um vampiro Sombra?— Taeshin questionou enquanto tentava enxugar o suor de desespero da sua fronte, ou acalmar sua inquietação, não deixaria se entregar. Uma tentativa falha.— Sabe o risco que corremos? Você quer me ver prisioneira?!
A irritabilidade era visível, Hoseok não a julgava por isso, era Taeshin e a besta começando um novo misturar, depois de dois anos, a besta emanava novamente, buscando saciar a sede por sangue, buscando uma fonte.
Ela existia.
— Sim, era o meu amigo, e por causa desse circo todo eu tenho que mentir para ele, então trate de se acalmar, você não é a única aqui. Estamos juntos nessa Taeshin, medite e não deixa ela te controlar.— O vampiro Zira se limitou a dizer, sabia que não tinha muito tempo até o fim do último fio de sanidade da Mallus. Seria como correr contra o tempo, contra a tragédia.
— Controlar? Como posso me controlar? Eu sinto desejo em minha boca eu preciso de sangue, eu preciso, eu preciso Hobi, eu preciso...— A mulher estava totalmente descontrolada, as mãos tremulas passavam frenéticas pelos fios negros como a noite, estava em síncope. O aroma de pinheiro que assustava toda e qualquer criatura, era impregnador e dominava o ambiente por completo, era esse o motivo da casa ser tão distante, era a segurança que a floresta trazia.
Hoseok não pôde deixar de sentir seu coração quebrar por ver sua amiga em nítida transformação, era a besta com figura humana, era o medo tomando forma, tomando sons, e o que precede a vertigem? O desespero? O coração em cacos?
— Taeshin, me desculpa.— O vampiro Zira disse enquanto guardava as flores e se aproximava com cuidado da Mallus, e como na força da luz, Hoseok a segurou pelo nuca, e envolveu seu dedos ali, com firmeza e calma, enquanto perfurava a pele fria de Taeshin, induzindo ela ao torpor, três mordidas no pescoço pálido e sem melanina, três sucções seguidas e sem pausa foram o suficiente para que a vampira desfalecesse nos braços do castanho que não pôde evitar uma lágrima de dor por ver sua amiga daquela forma, indefesa, maculada, e sangrando em seus braços, sangrando em seus lábios.
Era uma tristeza doce.
A vida de um vampiro seria sempre assim?
Sangue?
Sangrar?
— Me desculpe Taeshin, vai ficar tudo bem agora.— E sussurrando palavras de carinho, o vampiro Zira deitou-a sobre o sofá da sala, estancando o sangramento, para que pudesse iniciar novamente um novo sacrifício das flores, um novo ritual, uma nova tentativa de cura.
Tentar...
[...]
— Então você vai com a Amber pra festa de Halloween?— Jungkook perguntou enquanto ele e Taehyung organizavam-se para a apresentação de literatura no próximo tempo de aula, criando uma história para T.K.
— Uhum! Ela é da sala de Jimin, e é uma noona legal.— Taehyung respondeu ainda com resquícios de amargor em sua boca, porque apesar de apreciar a companhia de sua mais nova amiga, ainda sim, ele queria tanto ter Jungkook ao seu lado, bem pertinho de seu coração, não como namorados, isso definitivamente não, mas como algo que ele não sabia explicar, mas ele queria, queria muito.
Admiração?
— Me apresente a ela, vamos todos ser amigos, eu quero me certificar de que ela vai cuidar bem de você, mas se algo acontecer, não se preocupe eu vou correndo te ajudar e ficar com você, não somos obrigados a ficar a noite com nosso par, somos?— Jungkook questionou enquanto judiava da ponta da caneta como um ato de descontar o nervosismo pelo trabalho que apresentariam, ou pelo menos ele preferia pensar assim. (Que era por esse motivo)
— Eu acho que somos Gukkie, você e eu sabemos que posso me virar bem, não abandone seu par, assim que acabar, vamos pra casa, dormirei no castelo.— Taehyung disse baixo, enquanto olhava as formas das letras em sua folha, mas o sorriso em seu rosto definitivamente não era pelo que estava escrito ali, talvez eram apenas os olhos fugindo da verdade ou de talvez revelar ela.
— Certo hyung!— O moreninho respondeu animado, e o sol beijou seu rosto, porque dali Taehyung podia ver o brilho, era tão boa aquela vida, ver o tempo correr por eles, levando e trazendo memórias, era bom sim, ver e viver ali, com seu povo, sua própria história e ao lado de quem o amava, era isso o que tornava as criaturas dignas?
— Taehyung e Jungkook! Vocês são os próximos.— O líder da sala chamou os garotos, estes que se apressaram em organizar os papéis da apresentação de literatura, seria a primeira vez de Jungkook mentindo, podia sentir um frio na barriga como uma nevasca, estava em adrenalina.
Ao entrar na sala, os garotos se depararam com uma plateia considerável, a turma do sétimo ano fora chamada para prestigiar as apresentações de literatura da sala dos garotos, e isso era algo definitivamente inesperado.
Atenção demais.
Taehyung engoliu em seco enquanto se direcionava para o computador para expor de forma caricata o poema por eles analisado. Era arriscado, mas não podiam voltar atrás, e estranhamente mesmo diante do medo, ambos sentiam um chama arder em seu interior, os empurrando de encontro ao desafio, vampiros...tão sedentos por adrenalina, mesmo que crias, o corpo pedia.
— Bom dia garotos! Qual o autor que vocês escolheram?— A professora Seora inquiriu enquanto forçava um sorriso que mais pareceu uma careta e todos os alunos da turma do 8 ano tiveram que segurar uma risada, ela estava se esforçando para ser gentil na frente dos convidados, no final era um esforço não é?!
— É um autor de poemas chamado T.K.— Taehyung respondeu enquanto olhava para Jungkook, se certificando que seu amigo estava bem com a pequena mentira e tudo o que viu foi um aluno comum muito atento ao que se falava, um talento para esconder emoções...
— Ele é um artista recente e suas publicações são feitas unicamente pela internet, apesar de ter um acervo pequeno, o dito artista é extremamente famoso e todos esperam para que ele logo volte com um novo poema profundo e questionador, hoje vocês verão a mistura desses dois elementos em uma de suas obras que eu e o senhor Kim escolhemos para analisar.— Jungkook disse calmo e atento, até se podia ver um sorrisinho de animação florescer no cantinho da boca do moreno e esse fato o fazia mais belo, bastava esse pequeno ato para que as garotas da turma convidada ficassem extasiadas pela beleza daquele moreninho e ao ver os cochichos das alunas Taehyung teve que morder o lábio inferior em irritação, Tsc...
— Confesso que nunca sequer ouvi falar nesse tal poeta meninos, pelo menos ele tem uma bibliografia?— A "senhorita" Seora questionou enquanto levantava uma das sobrancelhas em desconfiança, haviam tantos poetas famosos e aqueles garotos tinham que buscar justo um poeta novo e alienígena em seu acervo de conhecimento literário?
— Sim, se a senhora nos permitir, temos um roteiro de apresentação e queremos segui-lo.— Taehyung respondeu com a voz firme enquanto seguia para o notebook onde um slide com algumas informações sobre o tal poeta descansavam, era a hora do mundo conhecer T.K.
— T.K não é seu nome verdadeiro, na verdade é um acrônimo que o autor adotou em forma de proteger sua intimidade e privacidade, então as informações que os fãs dos escritos desse poeta têm, são os que o mesmo libera esporadicamente em entrevistas exclusivas, por isso vamos nos basear por elas, em entrevista T.K contou que ele é o irmão mais novo dentre os três filhos do casamento de seus pais que ainda vivem em Busan, então daí se subentende que ele não mora nas áreas rurais de nosso país, mas ele comentou que gosta muito de sair pela tarde e admirar o entardecer, normalmente a natureza lhe traz muita inspiração então ele procura sempre estar perto dela. Ele também comentou que no início de sua carreira muitos diziam que ele fosse uma mulher poetisa, mas ele garantiu que não é seu caso, devemos nos atentar que isso não é 100% de certeza até porque as entrevistas sempre foram feitas por escrito, assim não há um repórter ou qualquer outro profissional que já o tenham visto, ele também comentou que sua personalidade é uma mistura de sistemático com humorista e que ele ultimamente anda a ver a beleza das suas imperfeições e também a daqueles ao seu redor, para ele o imperfeito é muito melhor do que o perfeito.
Jungkook disse enquanto apontava as informações sobre T.K no quadro, informações essas que as pessoas faziam muita questão em conhecer sem de fato se importar, então os garotos criaram um álibi que convencesse ou pelo menos tentaram.
— Há boatos de que T.K se trata de um homem de idade mediana, por volta dos 25 anos, há quem afirme com veemência que o tal homem é extremamente belo, carrega uma pequena cicatriz na bochecha e um sinal na ponta do nariz, é até onde T.K nos permitiu chegar sobre sua pessoa e personalidade. Em relação aos seus trabalhos, sua primeira obra publicada foi "Amor criptografado", a qual iremos analisar hoje junto com vocês, sua segunda obra "Eu e você" parece remeter às primeiras descobertas de um casal, com todas as mudanças que esse sentimento aflora no ser humano, muitos especularam um romance indireto o qual o artista desejava de forma implícita entregar aos leitores por meio das palavras soltas no poema, mas nada foi confirmado, recentemente sua assessoria informou que pelo menos mais três obras de T.K estão prontas para a publicação então os fãs estão de fato ansiosos para esse evento importante que é a entrega de poemas feitas pelo autor.
— T.K vem se mostrando uma personalidade forte, com muitas referências e abordagens vistas por alguns como "polêmicas", suas obras são tão enigmáticas que o autor só utiliza termos sem um gênero específico dificultando até mesmo saber quem é o Eu lírico de suas obras. Uma vez imerso nas palavras de T.K a sensação é estar dentro de um novo universo onde tudo é novidade, onde cada vírgula, erros propositais, é como se fossem em totalidade uma bolha que o coloca como o protagonista e também como telespectador da trama toda.— Jungkook não conseguiu controlar o frenesi dentro de seu coração, a vontade de ser poeta para a vida toda, de estar ao lado de Taehyung colorindo e gritando no idioma da vida. Era uma perspectiva.
— Agora vamos proporcionar isso a vocês, senhoras e senhores, lhes apresento "Amor criptografado" de T.K.— Taehyung passou para o próximo slide enquanto cada aluno ali vislumbrava aquele pequeno escrito a voz do castanho dedilhava cada pedacinho deste, declamando com paixão. A imagem refletida era a de um papel amarelado pelo tempo e as palavras do autor anônimo, cravados nela, era como se adviessem do passado, do tempo das princesas e príncipes, guerreiros e guerreiras, um tempo distante.
Amor Criptografado
Dentro de cada pequena esquina
É onde o amor se esconde de nós
Lá dentro, nós não somos tão diferentes
Espiando através de buracos de fechaduras, somos iguais
Você acha que o amor escolhe um lado
Quando ele é cego?
Porque eu te queria, sob a pele
Oculto dentro de mim
Oooh! Amor criptografado.
Eu te queria, e olha o que eu consegui
Eu tenho um pressentimento
Oooh! Amor criptografado.
Homem, saiba que eles tentam mudá-lo.
Eles o forçam.
Mas o quão perdemos nosso juízo
Para tornar-nos sem sentido
Para as pessoas?
Você acha que o amor escolhe um lado
Quando ele é cego?
— Vamos agora destrinchar essa obra prima, em interpretação aberta nossa, quando ele diz "Dentro de cada pequena esquina; É onde o amor se esconde de nós..." O autor busca desmistificar essa visão de que o amor, seja qual for ele, é algo divinamente impossível para os humanos, ele mostra o contrário do que nossa sociedade prega, ele mostra que se o amor nasce de dentro de nós então ele é tão humano quanto, então no fim todo humano tem amor e merece amor.— Jungkook tocou as palavras refletidas no quadro com paixão, o que suas palavras queriam de verdade dizer? O que seu coração falou quando de dentro de si e de Taehyung aqueles palavras regurgitaram?
— E a magia das palavras se perdura quando na frase seguinte ele afirma, "Lá dentro, nós não somos tão diferentes; Espiando através de buracos de fechaduras, somos iguais." Aqui T.K afirma a origem do amor, "lá dentro de nós." logo em seguida ele mostra como reagimos ante a esse sentimento, por vezes escondidos, espiando o amor e desejando ter ele, quando ele afirma que somos iguais é porque no interior de cada um somos como crianças curiosas aspirando por amor.— Taehyung podia sentir como se em suas costas grandes asas batessem na frequência de sua inquietação, o coração saltava contra o peito, não por nervosismo mas por paixão, algo em si acendeu, algo como a sensibilidade, o falar, o respirar e cada bater de asas, afinal era tudo da natureza.— Em sequência o autor nos traz novas visões sobre o assunto, não de forma utópica como os grandes poetas do Romantismo, e sim contemporâneo, realista, "Você acha que o amor escolhe um lado; Quando ele é cego?" esse é um ponto onde muitos fãs se identificaram, T.K aqui denuncia a forma de ver o amor por nós, há grupos dentro de nossa sociedade que julga aqueles que amam, em nossas pesquisas descobrimos até grupos políticos que se posicionam contra o relacionamento amoroso entre iguais, acreditamos que o questionamento do autor aqui é saber, por que condenar quem ama? Com base em quê? Existe realmente um único tipo de amor?
— E o mais intrigante aqui é o termo " Quando ele é cego." O autor usou um tipo de sátira, porque quando muitos vão falar sobre o amor normalmente dizem "O amor é fogo que arde sem se ver." E se ele faz realmente esse trajeto de queimar sem olhar a direção é porque ele é cego e imparcial, atinge todos e todas sem distinção, então porque pedir que alguém escolha entre o amor "certo" e o amor puro e natural? Não somos nós mesmo quem dizemos que ele arde sem ver?
Jungkook estava se segurando para gritar na frente de todos que aquele pensamento desregrado sobre iguais não terem direito de se amar era puro egoísmo e maldade genuína, porque sua família era linda e se ele estava ali é porque sua existência foi advinda do amor entre seus dois pais, dois homens, dois corações e um único amor.
— Em uma quebra gigantesca o autor agora traz um novo Stigma da sociedade, o amor criptografado, notem o que ele diz neste trecho.— Taehyung disse enquanto apontava para o quadro onde a tal frase jazia, calma e reveladora.— "Porque eu te queria, sob a pele; Oculto dentro de mim; Oooh! Amor criptografado." Se olharmos e lermos rápidos demais talvez ariscaremos dizer que o autor se refere à pessoa amada, mas na verdade ele fala sobre o amor em abstrato, até aqui T.K já nos disse que o amor nasce dentro de nós, e que diante de uma visão distorcida acabamos por o afastar de nosso alcance pela doce tortura de o ver longe, também descobrimos que alguns deturpam o amor e pregam que ele escolha um único lado certo e coerente, agora ele nós diz que diante de tudo o que a humanidade fez com o amor, agora ele o deseja também, mas escondido, seja debaixo da pele, trancado a sete chaves no coração, agora sim, ele terá o amor criptografado para o proteger da maldade humana, para que somente quem tem o coração puro e o olhar imaculado de crenças possa o alcançar.
— E como se a cada segundo suas emoções se transportassem para o poema, aqui nós vemos a fusão das moléculas, agitadas e humanas demais.— Jungkook exclamou confuso até mesmo pelas palavras que agora para si tinha outra perspectiva, era a beleza de sua cria?— No trecho "Eu te queria, e olha o que eu consegui; Eu tenho um pressentimento; Oooh! Amor criptografado." Aqui o poeta louva escondido o seu sucesso de criptografar o amor, está protegido a final, mas no meio de sua glória ele também sente algo a mais, e aqui é onde nasce o pressentimento, um final totalmente aberto onde quem lê o poema questiona, mas e agora? O que vai acontecer? Alguém perseguirá o amor criptografado?
— Não dá pra dizer com propriedade se o pressentimento era sobre as linhas posteriores, mas vamos olhar com cuidado: "Homem, saiba que eles tentam mudá-lo; Eles o forçam." O autor faz uma espécie de aviso, como se quisesse abrir os olhos de alguém, aqui somos nós representados no "homem" porque o pressentimento no final se findou em que o único cego nessa história toda são os seres humanos, os mesmo que impuseram no amor tal característica, os mesmos que nos forçam a acreditar em algo não detém crédito de veracidade.
Taehyung não sabia de onde estava tirando aquela análise e muito menos o rumo daquela apresentação, era que mesmo contra a sua vontade a boca falava sem freio, sem filtros, sem receios, Cosmos poderia explicar aquele fenômeno?
— Como se fosse um ato máximo de escorraça, T.K vem com um trecho que expõe aqueles atacam o seu precioso amor, "Mas o quão perdemos nosso juízo; Para tornar-nos sem sentido;Para as pessoas?" Aqui ele termina o poema demonstrando sua revolta fiel à tudo o que fizemos nesses anos, nossa ética plastificada, a humanidade líquida e volúvel, e fazemos tudo isso para que as outras pessoas nos notem, para que em um ato de caridade alguém nos ofereça uma esmola de amor, amor esse que desde o início T.K nos disse, nasce lá dentro de nós.
Jungkook terminou sua análise sobre o último trecho do poema de T.K e um silêncio se fez presente na sala, dentro de Taehyung e do Jeon mais novo um eco baixinho ressoava, o peito onde o coração morava pulsava lento e preguiçoso, o que acabaram de fazer? Quem era T.K no meio daquelas palavras, quem era Taehyung e Jungkook donos de palavras mutantes tal qual os Feijões mágicos do jovem João, que magia era essa?
Não importava, qualquer questionamento se desfez com o som de palmas e assobios, a sala inteira vibrava em choque e emoção pelas palavras do poeta. E no fim o garotos conseguiram o que tanto queriam, o 10 em literatura, mas no meio do caminho...não se ocuparam de algo a mais?
Embaixo da pele...
[...]
Tensão.
— Você está se deixando levar demais pela paixão Namjoon-ssi.— O vampiro Sombra disse a si mesmo enquanto dirigia pelas ruas vazias de Busan, ainda estava entorpecido pelo encontro com Hoseok, estava tão obcecado com a luta contra Mallus que pode até sentir um aroma em quem não tinha qualquer culpa sobre isso.
Havia negligenciado seu sono para se dedicar aos estudos e estratégias, estava em seu limite, talvez a falta de descanso tenha afetado seus sentidos e um vampiro sem direção era um obstáculo para os demais, ele não poderia se permitir fraquejar, não ali, naquele momento crucial, não.
— Ainda aqui?— Gichan surgiu como uma brisa ao lado do Sombra que se assustou com a aproximação repentina, enquanto distraído caminhava pelo estacionamento do castelo.
— Óh! Gichan.— Namjoon se assustou enquanto já se colocava em sinal de alerta e posição de ataque.— Deu pra ser um vampiro sombra agora é?— Ele sorriu enquanto via seu tio erguer os braços em redenção, mostrando não ser a ameaça que sua percepção destacou tardiamente.
— Você anda Muito distraído Nam...— O vampiro Beladona disse enquanto tocava o ombro do sobrinho como forma de dizer que ele também estava enxergando os limites de seu fiel amigo.— Descanse hoje, vou pedir para Euisoo buscar as crias, durma, regule esse sono e depois volte pro que você precisa fazer, não carregue essa responsabilidade sozinho.
— Mas Eu pre-...
— Precisa descansar. Eu fui claro com você, é um vampiro inteligente e vai cumprir com as ordens do seu príncipe.— Gichan estufou o peito em orgulho enquanto via o sobrinho rolar os olhos em deboche, família...
— Príncipe...— O Sombra disse com falso escárnio na voz.— tem sorte de ter esse título, mas pra mim você não passa de um velhote.— Alfinetou enquanto vislumbrava seu tio abrir a boca em espanto e revolta.
— Yah! Você é quase da mesma idade que eu, e não sou velhote, nem a idade de ancião chegamos ainda, não me acrescente dias.— Gichan disse revoltado enquanto alisava o próprio rosto como forma de espantar possíveis rugas presentes ali, em sua epiderme lisa, macia, perfumada.
— Tá bom cria da terceira geração. Mas o que faz acordado a essa hora? Sabe que precisa descansar bem pra tudo o que vamos fazer nos últimos meses certo?!— O vampiro Sombra destacou enquanto adentravam a sala principal do castelo onde poderiam conversar brevemente e sem interrupções.
— Eu e Euisoo estávamos montando a sequência de aulas das crias, e uma específica para Jungkook.— O vampiro Beladona comentou calmamente enquanto servia duas taças de vinho para que acompanhassem aquela conversa.
— Entendo, meditação, dialética, legislação, e técnicas de comportamento são coisas que não agregam para as demais crias. Aposto que todas dormiriam em todas as aulas.— Namjoon sorriu soprado enquanto balançava o líquido vermelho da taça, fazendo com que o aroma inundassem seu olfato extremamente sensível e apurado.
Doce líquido.
— Sim! Mas o diferencial é que, quem ensinará essas coisas para Jungkook será eu e Euisoo, prometi ser um bom pai e toda a atenção eu darei ao meu filho.— Gichan sorriu enquanto fechava os olhos e imaginava os anos e coisas boas que ainda estarão no caminho de seu rebento, óh que Cosmos cumprisse com a promessa de que dias melhores viriam.
— Estão certos! Jungkook é um menino curioso, com vocês ao lado dele, irão trazer segurança, vão mostrar que ele tem uma fortaleza, um lugar onde ele pode se deixar despertar, você fez a escolha certa.
— Sim! Acho que vai ser um orgulho ver Jungkook governando um domínio todo, com filhos, feliz e forte.— O Beladona sorriu com a possibilidade de mini crias com traços de seu Jungkook correndo pelo castelo o chamando de Vovô, o coração palpitava feliz, a felicidade reinaria ali, sim, ela reinaria.
— Não me engane. Tudo o que você quer é uma aposentadoria compulsória, cuidar das rugas aparentes, segunda lua de mel, essas coisas que apaixonados e bobões fazem.
— Ah! Faça mil favor né Namjoon?! Primeiro, toda Busan comenta sobre a beleza dos príncipes e nossa pele jovial, mesmo com a habilidade de não envelhecimento, não há quem chegue no nosso nível.— Gichan sorriu convencido enquanto colocava as mãos na altura do maxilar e sustentava sua melhor expressão fofa e ele conseguiu, se Namjoon não conhecesse toda a história diria que aquele em sua frente era um aluno de colegial muito bonito e também muito gay, mas essa parte ele preferiu não expor.
— Que ódio! Como você faz essas caras fofas sem sentir vergonha depois? Eu até tento mas no meio da expressão sinto timidez e meu aegyo vai por água abaixo.— O Sombra disse enquanto sorria em revolta, se lembrava bem de todas as vezes que viu seu tio usar aquela expressão para os tirar de enrascadas, crias...— Você me livrou de muitos puxões de orelhas com isso.
— Verdade, lembro das vezes que meu irmão ficava frustrado devido ao número de estátuas que você quebrava, no palácio quase nenhuma tinha sido salva.— Gichan gargalhou com vontade enquanto lembrava de um Namjoon pequeno, com os olhos amedrontados e carregados de culpa pelos incidentes, era como seu primeiro filho, o qual ele fazia de tudo para proteger.
— Ah nem me lembre, eu chorava sempre porque em nenhuma das vezes foi minha intenção, as vezes eu só chegava perto delas e já era motivo para elas se desmancharem, lembro de ter ouvido meu pai cogitar me levar até os Zira em busca de uma resposta. No fim era só o meu eu desastrado.— O vampiro Sombra sorriu nostálgico, lembrando bem de seu desespero pelas pobres estátuas.
— Sim. Temos muitas aventuras daquele tempo, se Jungkook ouvisse não ia acreditar.— E mais uma vez aquele sorriso belo apareceu, talvez fosse o efeito do vinho ou só a felicidade de viver, correndo nas veias do Beladona, mas não importava, se Gichan estava feliz, toda natureza se inclinava para a felicidade também, o Beladona real, aquele que guardava os segredos da Terra, que era amigo da flora, irmão do que provinha de Cosmos, era o sinal.
— Se você contar que eu sempre fugia pro seu quarto por medo do escuro, eu conto como você conheceu Euisoo, ou melhor forçou conhecer.— Namjoon ameaçou enquanto sorria frouxo, se lembrava bem das inúmeras vezes em que adormeceu enquanto o tio contava de seu amor platônico pelo aluno novo dos Elisios, tinha muita curiosidade de conhecer o tal rapaz que fazia seu hyung suspirar em uma frequência preocupante.
— Não tem nada demais na maneira com a qual conheci Euisoo, foi uma amor inocente sem pressa.— O Beladona tentou argumentar ou pelo menos sustentar sua pequena mentira, era melhor que acreditassem que ele foi um príncipe cortejado a moda antiga, e não que ele jogou para o ar todo tipo de etiqueta e correu atrás de seu futuro marido sim, porque segundo os dito populares, quem não luta não alcança e ele queria para sempre o coração daquele estudante Ahadi para si, aquele sorriso tímido que o derretia todo por dentro.
— Ah claro, esse "sem pressa" você quer dizer, correr atrás do aluno novato como um fã enlouquecido, dizer que namorava ele sem vocês ao menos terem dito um "oi", é isso que você chama de "sem pressa" ?— Namjoon acusou enquanto tomava um último gole da taça, já sentindo o morfeu abraçar seu corpo junto ao efeito do álcool, lhe relaxando e o garantindo que seu sono seria resgatado naquele dia para humanos e madrugada para os vampiros.
— Eu não era um fã enlouquecido que corria atrás dele, você fala como sei lá se eu tivesse no mínimo roubado um livro dele e mentido que ele havia esquecido nos Elisios, só pra conseguir um encontro...puff...
— MAs você fez isso.— Uma voz contida e apaixonada ecoou na sala. E Gichan sentiu o coração acelerar, ah, era tão apaixonado quanto há 180 anos atrás, quando se conheceram e despertaram aquele sentimento tão puro que arrebatava os corações de ambos.— Eu descobri no dia que você me entregou, mas seu semblante de nervosismo era tão lindo e fofo, que eu não pude dizer que já sabia a verdade, apesar de ter medo de você, eu ainda o achava muito fofo e precioso, não conseguia e não consigo dizer não, acho que o segredo são os seus olhos.— O vampiro Ahadi disse enquanto se sentava no braço da poltrona, e abraçando seu marido ele garantia que ali eles nunca se separariam, apesar do aperto inesperado sem explicação Em seu coração, ele sabia que seu amor nunca seria tirado de seus braços, nunca.
— Vai começar a boilagem, eu vou indo embora, gente apaixonada me dá alergia.— Namjoon gracejou enquanto cumprimentava com um aperto de mão Euisoo e Gichan, estava tarde, e deveria aproveitar a folga que seu tio lhe dera, não é sempre que se tem o dia todo para dormir e ainda sem descontar no salário, era de fato o melhor príncipe de todos.
— Yah! Você estava ouvindo minha conversa, você não podia saber disso.— O vampiro Beladona disse enquanto estapeava seu marido, este que o pegou no colo, assumindo o seu lugar na poltrona, o trazendo para seu colo, onde os olhos podiam se encontrar sem interrupções, e os corações se tocarem através das peles.
— Então meu príncipe anda a guardar segredos de mim, o que devo fazer pra descobrir cada um deles, Hun?!— O Ahadi questionou enquanto segurava com firmeza na nuca de seu marido, colando as testas e fazendo os lábios de tocarem de forma suave, quase sem querer, sem intenção, quase.
— Hum...primeiro você precisa arranjar um modo de me relaxar sabe, mas eu não sou como os demais, não sou alguém que é amante da delicadeza, eu gosto que me relaxem de outras formas mais ríspidas, se é que você entende, príncipe.— Gichan soprou um sorriso ladino enquanto, de forma despretensiosa seu dentes judiaram dos lábios alheios, lenta e torturante. Euisoo não pôde segurar um suspiro de insatisfação, estavam com roupas demais. E como se estivesse cego pelo desejo, o vampiro ergueu o seu marido e o carregando nos braços, foi em direção ao quarto real, lá seria o cenário perfeito para suas fantasias e saudades daquele corpo que tanta amava, do som melodioso dos gemidos de seu Beladona, ah...as raízes dos Ahadi queimava em sua veia, lhe gerando um libido sem igual, um desejo insaciável e aqueles olhos negros repletos de estrelas, lhe eram o ponto de chegada, com toda a paixão que morava em si ele cataria cada uma delas, perdidas no negrume daquelas orbes.
— E-Euisoo,— O Beladona chamou por si enquanto se deitavam na grande cama, corpo sobre corpo, fogo e desejo, olhos sobre olhos, Gichan estava com o corpo trêmulo em antecipação, os olhos vacilando em prazer, eles mal haviam começado e ele já se tornava furacão, bagunça, caos belo e de luxúria.
Era ele.
— Não ache que serei dobrado por seus olhos pidões, hum?!— Euisoo disse enquanto segurava no queixo alheio, encarando o olhos negros que tanto combinavam com suas Iris esverdeadas, um encaixe perfeito, a mistura de cores que gerava amor.— Vou te mostrar como não provocar seu marido, ainda mais quando tudo o que você faz é motivo pra me acender.
— Não tenho culpa se sou gostoso* Eui,— O príncipe ergueu seu rosto e não se conteve quando sua língua serpenteou de forma devassa os lábios alheios, era como se estivesse sobre efeito de um alucinógeno, e este nada mais era do que a natureza Ahadi lhe sendo transmitida através do laço.— Agora vem aqui e me mostra o que você quer de mim, Hun?!— Gichan não esperou uma resposta, puxou o vampiro com posse, iniciando um beijo quente, e de forma apressada e sedenta pediu passagem com a língua, enquanto a fricção dos corpos fazia a epiderme arrepiar de vontade, de mais, mais daquela sensação boa, mais de seu marido, o corpo sofria de espasmos e mente gritava apenas uma coisa, sexo, sexo violento e quente, e nem um dos dois ali se incomodou com isso, definitivamente não.
Euisoo separou os lábios, buscando fôlego, judiando do pescoço delicado e que era a peça perfeita para suas mãos, enquanto de forma insana movimentava seu corpo sobre o do Beladona, simulando estocadas e o fazendo tremer em desejo, queimar de tesão, não importava como, onde, eles só queriam aliviar de forma lenta aquela sensação gostosa. Gichan ergueu o corpo em busca de um beijo, este que foi cortado por um tapa do marido que sorriu pelo semblante sádico do Beladona que era um exímio amante da tortura entre as pernas de Euisoo, ambos viviam no limite do prazer, experimentando as melhores formas de se descobrir no corpo um do outro, de se afundar no prazer tendo como território aquele amor.
Sorrisos insanos, desejo, lábios sedentos, naquela manhã-madrugada para os vampiros, o amor de Euisoo e Gichan ganhou uma nova cor e uma nova memória, porque não importava onde estavam, em que época, seja amando com os corpos ou amando com as almas, eles não paravam de crescer naquele sentimento que foi a bonança de muitos tempos, que foi a origem de Jeon Jungkook, o escolhido de Cosmos.
Ah...o caos do amor.
[...]
— Maldição!— Namjoon praguejou enquanto se debatia jogando para fora o coberto quente e de fios de ouro. Ali naquele quarto repleto da mais rica decoração existente, o vampiro Sombra jazia o seu lindo pouco de descobertas, e também de insônias.
Não era fácil um membro do clã Sombra passar por dias de insônia e ausência de sono, muito pelo contrário, graças ao traço do sangue que corria naquela linhagem, a aptidão para a sonolência era inevitável e o marcavam durante toda a existência.
Mas não era o caso de vampiro Sombra naquele dia, seus olhos se recusavam a se fechar e em seu interior algo emitia sinais de atenção, sinais de que algo ainda precisava ser analisado.
— Por que estou sentindo como se eu não devesse dormir? Como se a resposta para os problemas estivesse prestes a me surgir...mas o que de fato será?!— Namjoon se auto questionava enquanto se dirigia até sua pequena adega, um bom vinho talvez o direcionasse para uma resposta plausível ou um alucinação alcólica, qualquer uma das duas seria lucro, contando que ele conseguisse dormir depois, tudo ficaria bem.
O líquido escarlate passou por sua garganta como um doce veneno, e um lapso temporal lhe surgiu. Jungkook. Naquela madrugada a pequena cria lhe surgiu com uma taça de vinho quente e os olhos curiosos e trêmulos de ansiedade, havia lhe dito uma frase que lhe trazia um sensação de angústia no peito, uma frase proibida.
— Coiotes...— Como luz em um túnel escuro, o vampiro Sombra se recordou de mais detalhes daquela noite, e por isso se apressou em buscar seu caderno de estratégias, pronto para receber mais informações de suas sinapses persistentes e elaboradas.— Havia coiotes na floresta, e enquanto Jungkook falava um ideia se passou por minha mente, mas ele me interrompeu e não pude concluir o raciocínio, o que poderia ser...?
Ele fechava os olhos como forma de prender a atenção unicamente nas lembranças, sem interrupções, ele precisava lembrar.— Coiotes, coiotes...porque essa palavra só me lembra aquele desenho bobo do papa-léguas. Que merda...
Ele praguejava enquanto em sua mente os coiotes daquele noite escura se mesclavam com o papa-léguas do desenho infantil, lhe garanto uma nova figura, uma figura que tinha características muito bem conhecidas por si.
— Mallus. O filho da puta que criou eles se inspirou nos coiotes, são animais desconfiados e que geralmente andam sozinhos, assim são os Mallus.— Namjoon ia encaixando as peças do quebra-cabeça tal qual uma criança ansiosa para o desenho final, mas este último tópico não se aplicava ao vampiro, afinal, o desenho final pode não ser tão bonito e seguro como se pensa.— Minha mente me trouxe o papa-léguas, porque foi o fundamento dessa criação, Mallus e Beladonas são inimigos de sangue tal qual o Coiote e o Papa-léguas, um animal rápido porém sem massa o suficiente para lutar contra o caçador, mas no caso de Mallus a força vem do descontrole da besta, a força vem dela como um verdadeiro pacto, um pacto a procura de sangue.
A mão deslizavam inconscientes pelo papel, guiando a caneta ele fazia suas próprias anotações, não se dando conta de que o que nascia de si era a teoria de tudo, ou pelo menos quase tudo. O inimigo que viria era maior do que aquilo?
Não era um Coiote.
Não era um ave super rápida.
Não.
— Mas algo não está fazendo sentido, se o coiote tem mais massa e mais força do que o papa-léguas, porque Mallus alcança os Beladona e ele não?— Namjoon sentia que a qualquer minuto seus neurônios fritariam com tanta informação de uma única vez. Por uso para lhe ajudar ele correu até seu notebook, pesquisando sobre alguma teoria existente que versasse sobre massas e trouxesse explicações sobre aquele fenômeno.
"Dualidade de onda e partículas. Esta teoria afirma que os objetos no universo quântico podem se comportar como partículas— um rebatendo contra o outro — ou como ondas — um passando através do outro e combinando-se entre si. Apenas partículas muito pequenas, como elétrons e fótons podem ter propriedades semelhantes às das ondas, e quanto mais energia possuem, maior é seu cumprimento de onda."
O vampiro Sombra leu e releu a matéria sobre a teoria, buscando criar um vínculo que explicasse aquela barbárie que sua mente apontava, o clã e sua raiz queimando nas veias do belo homem, eram suas aptidões gritando e pedido liberdade para investigar sobre o assunto com mais espaço, com mais velocidade, em busca da verdade.
— Pensa Namjoon, pensa...— Os dedos tamborilavam sobre a mesa enquanto com atenção ele levava à taça até seus lábios desejando que Dionísio de algum maneira ressurgisse e lhe desse a bênção que tanto desejava, prender a fonte daquele caos em um lugar impossível de se fugir. A morte.— Mallus é o Coiote e Beladona é o papa-léguas. Seguindo essa lógica, personagens que tem muita energia também devem se comportar como ondas. O Coiote possuí muita massa e por essa razão é lento, o papa-léguas é menor, por isso as partículas em seu corpo se movem em maior velocidade, sendo esse o motivo pelo qual ele sempre consegue fugir, e nunca fica em um só lugar para ser atacado, sempre passando ileso das artimanhas criadas pelo mais maciço porém menos energético Coiote.
Namjoon sorriu daquela forma peculiar, misteriosa, perversa, parte do que ele procurava acabara de ser revelado diante de seus olhos, um dia ele estaria diante do Coiote e até lá a armadilha seria feita e a noite, a lua do caçador não brilhará.
— O criador de Mallus teve essa mesma lógica,— A ponta da caneta se chocava-se contra a mesa na medida em que suas sinopses se alinhavam e o que era escuro e desconhecido diante de seus olhos se revelava.— mas é claro, com uma pequena alteração, na vida real ele pegou a velocidade que morava no papa-léguas e a aplicou no coiote, agora a presa não foge e não há como lutar contra o predador, é por isso que não há como sair um Beladona vivo diante de um conflito direto com um Mallus, mas isso era antes de mim, posso demorar, mas vou achar o responsável por essa criação, pode não ser eu, mas ensinarei aquele que caçara a oferenda para pôr fim nesse ciclo do caos, ou eu não me chamo Kim Namjoon, líder do clã Sombra.
Quem acredita sempre alcança.
Aquele que procura acha.
E seu nome era Kim Namjoon.
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✨Hey my little pineapples 🍍✨
Como foi o capítulo? Bom? Ruim? Eu queria ter a capacidade de transmitir pra vocês a química interna que me atingiu na hora que os Taekook estavam analisando o poema, não sei se falhei nessa missão, mas o tanto que eles estavam nervosos e ansiosos enquanto falavam do poema foi como eu fiquei na hora de escrever, é algo surreal até, então sim, essa foi minha parte favorita do capítulo e a de vcs?
O baile está chegando e muitas emoções e coisas peculiares poderão ser observadas. Aguenta coração. Esse capítulo foi recheado de emoções, Hobi e Taeshin lidando com a besta, os príncipes vivendo o amor puro deles, Namjoon cansado, mas igualmente perspicaz e inquisidor, confesso que estou curiosa pro que pode vir desse emaranhado de universos colidindo.✨☄️✨
Se vc gostou do capítulo, printou algum trecho e quer surtar com alguém, a Noona trouxe a solução. Tomei a liberdade de criar uma tag 🏷 pra fic, assim fica fácil de eu localizar e interagir com vcs, porque a autora surta também gente. 😅🤧
Então para surtos, pedidos de terapias e afins, usem no Twitter a #Escarlatetk. Vou esperar por vocês 🥰.
Bebam água, fiquem saudáveis, stream nas playlists de aniversário do Hobi e 💛💛.
✨✨Com brilhinhos de amor e magia, Noona✨✨