Negócio Fechado

By _Nix81

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[Reta Final | Em Revisão] Não estava nos planos de Henrique repetir o último ano do ensino médio, mas, quando... More

Em Breve
Notas Iniciais
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete: Parte I
Capítulo Dezessete: Parte II
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois: Parte I
Capítulo Trinta e Dois: Parte II
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove

Capítulo Vinte e Três

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By _Nix81

— Administração?

— Sim.

Henrique voltou seu olhar para o outro lado da rua, tentando esconder o pequeno sorriso que havia se formado em seu rosto.

Vinberurbo estava excepcionalmente movimentado durante o fim de tarde daquela segunda-feira. E mesmo que já estivesse acostumado com aquela atípica aglomeração de pessoas, ainda ficava surpreso com a enorme quantidade de gente que saíam de suas casas para prestigiar o evento. O aniversário de elevação era uma festividade tão tradicional e conhecida, que até mesmo moradores de outras cidades viajavam até o local para participar dela.

Ainda assim, Ayla não estava muito interessada naquilo, sua atenção estava exclusivamente depositada em Henrique. Por isso, ergueu as sobrancelhas, confusa com o aparente divertimento do garoto e o puxou pelo braço, o fazendo encará-la mais uma vez.

— Qual a graça?

— Nenhuma — disse sério, mordendo os lábios.

— Henrique...

— Ok — rendeu-se, rindo baixinho. — É que essa profissão combina demais com você. Eu facilmente consigo te imaginar daqui a alguns anos, sendo a presidente de uma empresa muito importante, enquanto usa um terninho de executiva e dá ordens pra todo mundo.

Ayla pendeu a cabeça um pouco para o lado, permitindo que um vislumbre daquela cena inusitada passasse por sua mente. Não negava; era um futuro que almejava alcançar há um bom tempo. Mas, ainda que tirasse notas altas e fosse uma boa aluna, não tinha tanta certeza se conseguiria mesmo fazer aquilo.

— Sonhar é bom — concluiu em um suspiro.

— Realizar é ainda melhor — rebateu, pegando em sua mão.

Na mesma hora, a morena sentiu o ar fugir de seus pulmões e seu coração errar algumas batidas ao notar seus dedos colados aos de Henrique.

Ele, em contrapartida, semicerrou os olhos, sem saber ao certo o porquê de ter feito aquilo. Apenas queria encorajá-la de alguma forma. Segurar em sua mão lhe pareceu uma boa ideia.

— Foi mal — a soltou, sem jeito.

— Não! — exclamou, apertando-a mais uma vez. Ele a fitou, oscilante. — É legal. Digo, você segurar minha mão... Pode fazer isso, se quiser.

Onde estavam? Na sétima série? Por que de repente havia perdido a capacidade de formular uma simples frase sem se perder todinha?

— Relaxa — falou Henrique, brincando com suas mãos entrelaçadas. Ela respirou fundo. — Eu também sou novo nessas coisas.

Ainda um pouco hesitante, Ayla acenou em concordância.

Apesar de tudo, ele não parecia muito nervoso. Não tanto quanto ela, pelo menos. E mesmo que estivesse, sempre sabia o que falar para amenizar o clima desconfortável que de vez em quando se formava entre os dois.

Contudo, a razão de todo aquele constrangimento não era algo gerado pela falta de intimidade entre os dois. Claro que não. Já haviam conseguido conquistá-la há um bom tempo. O grande diferencial de toda aquela situação era que agora haviam sentimentos envolvidos. Eles já estavam lá, obviamente (escondidos, mas estavam). O real problema era o fato de Henrique saber da existência deles e Ayla não fazer a mínima ideia de como ou quando expressá-los.

— Desculpa — murmurou ela, encolhendo os ombros.

— Tá tudo bem — garantiu, suavemente, apressando o passo e puxando-a junto consigo ao avistar a fachada da Vinícola Montenegro; lotada de barracas e pessoas. — Sabe, eu nunca tive um encontro como esse antes — comentou distraído. Ayla o observou curiosa. — Quero dizer, conversas nunca foram muito presentes, geralmente eu passava a maior parte do tempo beijando a garota ou transan-

— Entendi, entendi — soltou um forte pigarro, fazendo uma careta logo em seguida. — Você realmente não precisa entrar em detalhes.

Droga.

Henrique foi rápido em exprimir um pedido de desculpas, sentindo-se realmente envergonhado por ter mencionado o assunto. Afinal de contas, quem era o otário que falava de suas "antigas conquistas” no primeiro encontro?

No entanto, quando olhou para o rosto da garota ao seu lado e percebeu que, aos poucos, suas bochechas começavam a adquirir uma tonalidade avermelhada, precisou levar a mão de encontro a sua boca, em uma falha tentativa de abafar uma risada.

Ela não estava vermelha por timidez. Não. Era por outra coisa.

Ele relaxou os ombros e a cutucou de leve. Quando finalmente ganhou sua atenção, sorriu, lhe enviando um olhar sugestivo.

Algo como: “você tá morrendo de ciúme, não é?”

Não!

Ayla não estava com ciúme. Aquilo não era ciúme, certo? O fato de Henrique já ter ficado com outras garotas antes dela era algo completamente normal e aceitável.

Não era ciúme.

— Não, nem começa — bradou, separando suas mãos. — Se você tava solteiro, tinha a liberdade de ficar com qualquer garota — arquejou, impaciente, cruzando os braços. — É só não detalhar. Não detalha, que dá tudo certo.

Henrique passou a língua pelos lábios, confiante, alisando seu terno e a encarando com desdém.

Ela estava com ciúme sim.

— Ou então não — mudou de ideia, reparando em seu atrevimento. O que ela era? Uma telepata? — Se quiser, eu também posso falar dos caras com quem eu já sai — a alegria no rosto do garoto desapareceu. — Teve uma vez que...

— Tá — a interrompeu, fechando a cara. — Nada de detalhar pessoas do passado — fez um bico.

Aparentemente não era apenas ele que sabia provocar.

— Ótimo.

— Ótimo.

Fuzilaram-se silenciosamente.

Henrique colocou as mãos nos bolsos, ranzinza, começando a analisar cuidadosamente o lugar onde eles estavam. Crianças corriam de um lado para o outro, havia um grande palanque montado bem no centro do terreno — no qual, com toda certeza, seu pai faria um discurso poético e memorável — além de várias barracas, cheias de comida, e alguns jogos.

— Eu tô com fome — disse por fim.

— É só comprar, as opções são ilimitadas — proferiu, amistosa, apontando com os olhos para uma pequena tenda branca, onde se encontrava uma mulher de meia-idade entregando algodões-doces para três meninas.

— Então... — fitou o chão, receoso. — Você vai achar essa história um pouco engraçada, na verdade — riu consigo mesmo, mas logo pigarreou, tenso, ao perceber que a garota não o acompanhara em sua tentativa de descontração.  — Acontece que eu... — balbuciou, embaralhado, em busca das melhores palavras possíveis. — Meio que não tenho mais dinheiro aqui comigo — Ayla piscou, incrédula. — Surpresa!

— Deixa eu ver se eu entendi — expirou profundamente. — Você veio pra esse encontro sem nenhum centavo?

— Assim você me ofende, Robozinha — lamentou, colocando a mão no peito esquerdo. — É claro que eu tinha dinheiro. Mas acabei gastando tudo quando tive que comprar aquele livro e aquela caixa de bombons pra você. Foi caro.

— Você comeu tudo.

— Mas eu comprei.

Bom, Henrique tinha um ponto.

Havia gastado uma quantia considerável de dinheiro com a funcionária do cinema. Enquanto ela, em resposta, simplesmente aceitara o gato de sua vizinha, não desembolsando nada em troca.

De certa forma, ele tinha razão.

Mas só daquela vez.

— Henrique — o chamou, calma, segurando em sua mão. Era um tanto quanto complicado ser uma pessoa pacífica e amável ao mesmo tempo. Mas, ei, ninguém poderia dizer que Ayla não estava tentando. — Quer que eu compre um algodão doce pra você?

Poderia ser uma hipérbole, mas Henrique derreteu-se por inteiro ao escutar aquela frase. A carranca que havia em seu rosto sumiu por completo, sendo rapidamente substituída por um grande sorriso.

— Rosa — confirmou, animado.

— Recebi mais um aviso ontem à noite. Só falta um mês pro meu prazo acabar e eu ser despejada de casa — Henrique projetou seu corpo para o lado, tentando entender o que Ayla havia acabado de falar.

A música estava bastante alta; uma banda tocava no palco e apesar de eles estarem sentados em um banco relativamente distante, ainda podiam ouvir em alto e bom som a melodia da música, que ele arriscaria classificar como MPB.

— O quê?

Ayla inclinou-se, chegando mais perto do garoto e ele se adiantou em mover-se, posicionando o ouvido a poucos centímetros de sua boca.

— Aluguel. Dívidas. Eu sendo despejada e consequentemente assassinada pela minha mãe por não ter contado nada — simplificou, puxando mais um pedaço de seu algodão-doce.

— Você não tentou conversar com o dono do imóvel? Talvez ele esteja aberto a algum acordo, ou, sei lá, a estender o prazo.

— Os dois meses já são uma extensão do prazo. Na verdade, se formos parar pra pensar, ele tá sendo bem generoso comigo me deixando viver de favor na casa dele por todo esse tempo.

Henrique massageou as têmporas, frustrado.

— Queria poder te ajudar, mas também não tenho muito dinheiro.

— É, eu sei — comentou, divertida, fazendo menção ao algodão-doce em sua mão. — Porém, ser meu parceiro na investigação do roubo já é uma grande ajuda — brincou com uma mecha de seu cabelo, enquanto assistia de longe a banda no palco. — Precisamos voltar com ela o quanto antes. Essa é a minha única esperança.

— Vai dar tudo certo, Robozinha — acariciou lentamente o seu braço. — Amanhã a gente tá de volta — Ayla concordou, aliviada. — Mas, me diz uma coisa, se por acaso não conseguirmos descobrir quem é o ladrão e não ganharmos o dinheiro da recompensa, você vai... — suspirou pesadamente — voltar a morar com seus pais?

Ayla abafou uma risada, pensando que aquela era, provavelmente, a pior a ideia que já havia escutado desde que se mudara para Vinberurbo.

— E morar de novo na minha antiga cidade? Não, obrigada.

— Por que não? — Não que não houvesse gostado daquela resposta. Ele gostou. Henrique não queria que ela fosse embora e o deixasse para trás, mas também estava curioso para saber o motivo daquela possibilidade lhe parecer algo tão abominável.

— Não importa — levantou-se, jogando a embalagem de seu algodão-doce em uma lixeira que havia logo ali. Ele fez o mesmo com a sua. — De qualquer forma, se o pensamento de ir embora dessa cidade sequer passasse pela minha cabeça, você, com certeza, seria um dos primeiros a saber.

Um calor subiu pelo rosto do garoto. Um pouco de culpa, talvez? Quando ergueu o olhar, Ayla já estava a uns bons metros de distância dele, caminhando entre as pessoas, que assistiam um pouco entediadas a apresentação musical. Ele pulou do banco, apressando o passo para conseguir alcançá-la.

— Pra onde você vai?

Ayla parou de andar.

— Ah... eu não sei. Isso é um encontro, certo? Devíamos fazer alguma outra coisa, além de ficarmos sentados conversando sobre despejos e investigações — descansou o queixo em sua mão, pensativa. — Seguir o roteiro, talvez? — arriscou.

— Bom, tecnicamente, a gente já pulou umas boas partes desse roteiro. Esse é o nosso primeiro encontro e já nos beijamos duas vezes — elencou. — Dormimos na mesma cama. Duas vezes. Sem contar que acabamos de ter, oficialmente, a nossa primeira DR por causa de ciúmes.

— Eu não fiquei com ciúmes — esbravejou, voltando a se afastar. Henrique a seguiu, gargalhando alto. Irritá-la era o seu esporte favorito. — Olha ali, a Babi e o Santi — ele fixou o olhar para onde sua mão estava apontando e não demorou para avistar os dois amigos da garota. — Vem, vamos falar com eles — o puxou pelo braço.

Henrique estancou em seu lugar.

— O Santiago não gosta de mim.

— Isso é besteira.

— O cara quase quebrou minha mão quando foi me cumprimentar. Você sabe o que aconteceria se eu nunca mais pudesse usar essa ferramenta, aqui? O Apocalipse — Ayla preferiu não levar aquela frase para uma conotação maliciosa.

— Fica tranquilo, ele não vai fazer nada — assegurou, acenando para Babi e Santi, que fizeram o mesmo ao notá-la. Os dois afastaram-se da barraca onde estavam, esgueirando-se entre a multidão para chegar até ela e Henrique.

— Oi, casal — a garçonete cantarolou, enquanto abraçava os dois. — Não acredito que finalmente esse dia chegou.

Ayla e Henrique entreolharam-se, envergonhados.

Santi olhou para os lados, incerto sobre qual atitude tomar. Depois de pensar bastante, deu um beijo no rosto de Ayla e lançou um aceno de cabeça em direção a Henrique, que aceitou de prontidão, mesmo que ainda estivesse um pouco acanhado.

Mas Babi não deixaria aquela situação se estender por mais tempo. Empurrou o ajudante de cozinha para frente, quase o fazendo esbarrar no filho do prefeito.

— O Santi quer conversar com você — comunicou a Henrique, que arregalou os olhos, subitamente amedrontado.

Então era aquilo? O momento de sua morte enfim havia chegado? Não, não, não! Precisava beijar Ayla mais vezes.

E fazer outras coisas com ela também.

— Quero? — indagou Santi, olhando para Babi, duvidoso. Ela estalou a língua, o fitando, ameaçadora. — Quero sim — reafirmou, convicto.

A primeira reação de Henrique ao receber aquele convite tão suspeito e estranho foi mover-se com maestria para o lado, escondendo seu corpo atrás de Ayla. Ela cobriu o rosto com as duas mãos, exasperada.

— Você não tá a fim de ver seu futuro namorado dentro de um caixão, né? — sussurrou em seu ouvido. Em resposta, Ayla sacudiu a cabeça negativamente. — Então me protege.

— Ei, donzela em perigo — chamou Santi. — Fica calmo. Não vou fazer nada com você. — Henrique o encarou ainda desconfiado. — Não trouxe a minha faca — sorriu deliberadamente sarcástico.

Ayla — gemeu cheio de medo, abraçando suas costas com força e enterrando o rosto em seus longos — e cheirosos — cabelos negros. Eram tão macios que Henrique até se permitiu sentir um pouco de sono e fechar os olhos por alguns segundos.

— Você é o melhor Romeu que eu poderia ter — zombou, afastando-se de seu abraço. — Eu vou ver algumas barracas com a Babi — puxou a amiga pelo mão, que acenou afirmativamente com um sorriso. — Aproveitem esse tempo pra se entenderem.

— Mas-

— E não mata o Henrique, Santi — gritou Babi.

As duas já estavam longe demais para que o funcionário do cinema ao menos cogitasse a possibilidade de fugir com elas. Vendo que não possuía mais nenhuma alternativa, se recompôs e tossiu, buscando coragem dentro de si para enfrentar o garoto a sua frente.

— Olha, o papo é o seguinte: eu acho o seu pai um merda — soltou Santi de uma vez.

Henrique sorriu.

— Bem, já temos algo em comum; eu também acho Sérgio Montenegro um merda.

O ajudante de cozinha, cambaleou para trás, boquiaberto e genuinamente surpreso. Não esperava ouvir aquilo.

— É que — puxou o ar. — Ele enganou minha mãe. Disse que ia ajudar durante as campanhas, mas foi só ganhar, que se esqueceu de tudo e não fez por.ra nenhuma.

— Eu sinto muito por você e pela sua mãe, mas ela já deveria saber que não se deve esperar nada de político. Ainda mais sendo o meu pai. Ele não tinha que prometer nada pra ninguém em troca de voto. Só precisava agir como alguém decente. Mas acredito que esperar uma atitude dessa vinda dele já é um pouco demais.

— É, você tem razão; fomos ingênuos — admitiu. — Eu acabei transferindo a raiva que eu sentia dele pra você e isso foi errado. Que tal um recomeço? — lhe estendeu a mão. — A Ayla realmente parece gostar dessa sua cara de bobão.

Ofensas e mais ofensas contra sua pessoa. Até quando?

— Achei que você gostasse dela — disse sem filtros, aceitando, sem pestanejar, sua oferta de trégua.

— Eca! — colocou os dedos perto da boca simulando um vômito. — A Ayla é como uma irmã pra mim. Eu nunca pensei nela dessa forma. — continuou, puxando um maço de cigarros para fora de seu bolso.

Ah, não, Henrique não estava com a mínima vontade de ser fumante passivo.

— Fumar faz mal, Santiago. Dá câncer. Não tá vendo a boca desse homem? — apontou para a imagem da caixa. — Os dentes dele tão só o resto. Quer ficar assim?

Santi arfou.

— Relaxa, aí, amigão. Um passo de cada vez. Já tá querendo me dar ordens?

— Bom, a vida é sua, né — Henrique deu ombros, optando por não insistir no assunto. O moreno agradeceu silenciosamente, acendendo um cigarro com o isqueiro que possuía em seu outro bolso — E a morte também.

— Certo — ignorou sua advertência, inalando a fumaça e a soltando logo em seguida. — Então é isso, eu abençoo sua relação com a Ayla. Não que ela precise que alguém aprove isso, nem nada do tipo. Ela é livre e independente, mas eu realmente me sinto como um irmão mais velho e gosto de saber com que tipo de pessoa ela tá se envolvendo.

— Ah... Obrigado?

— De nada — respondeu, sorridente. — Agora — tirou o cigarro da boca e segurou nos ombros de Henrique, com um ar de intimidação —, se você magoar ela de alguma forma, pode ter certeza que eu quebro as suas pernas no meio. E nem queira saber o que a Babi vai fazer. Ela tem aquela carinha de anjo, mas é um verdadeiro demônio quando quer.

Nossa, mas que marcação era aquela que todo mundo tinha com Henrique? Toda dia uma ameaça de morte diferente.

— Calma, cara — abriu um grande sorriso apaixonado. — Aqui é só amor.

***
Oi, muito obrigada por ter lido até aqui, se tiver gostado do capítulo, deixa o seu voto.

Esse capítulo ia ser bem grande, mas eu decidi dividir ele em duas partes, porque achei que iria ficar bastante cansativo tantas palavras e tantos acontecimentos de uma vez só. Então, o próximo ainda vai ser no encontro do Henrique e da Ayla e vai ser nele onde as coisas vão ficar um pouco... tensas? 👀

É, isso. Obrigada por continuar lendo essa história e por ter paciência de esperar as atualizações. 💜

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