A porta de madeira negra grande é tão magnífica que me deixa ainda mais temerosa sobre o que vai acontecer aqui dentro.
Nunca conheci meus sogros e as pessoas que conheceram não tiveram boas memórias desses momentos. Crystal não fala sobre os sogros mas eu sei que ela ainda guarda um certo ressentimento pelos primeiros meses de vida da Snow. Até eu sinto certa raiva deles não terem a visitado até que ela estivesse prestes a completar dez meses.
Mas, em pensar na minha situação, eu nunca tive um namoro realmente sério para que esse momento chegasse. Scott foi o mais longo mas não poderia classificá-lo como namorado, nos encontramos mais as noites do que qualquer outra coisa e, sinceramente, eu não via o porquê. Eu era completamente apaixonada por ele, não posso negar, mas eu tinha outras paixões também. Açúcar e me formar. Hoje em dia não tenho mais nada além dos meus amigos, do meu trabalho, da minha família e de mim mesmo. Sim, hoje em dia eu tenho mais paixões do que antes mas é a vida.
Mas, em relação aos White, eu já os conheci. Passamos aniversários, festas de fim de ano e encontro ocasionais juntos. Eles não se parecem com os Labarras mas não sei como irão reagir a esse encontro. Agora eu não sou apenas uma amiga do seu filho - o que eu nunca fui mesmo -, agora eu sou noiva do único filho deles. O grande, e herdeiro de tudo, Noah White.
Eu o encaro mais uma vez antes que ele me puxe para a entrada. O nosso último encontro foi um divisor de águas para nós dois, mudou muita coisa e eu pude ver isso hoje no carro. Eu não tenho mais aquele ódio absoluto por ele, não digo que estou caindo de amores por ele, apenas consigo vê-lo sem querer o matar instantâneamente.
— Tudo bem. - ele diz mais para si do que para mim — Lá vamos nós. - ele respira fundo e eu vejo que ele também está nervoso com esse jantar
Não é apenas uma novidade para mim, é para ele também. Noah nunca namorou, tampouco trouxe alguma mulher para conhecer seus pais. Ele também está nervoso com o que isso pode significar daqui em diante.
A porta se abre mesmo sem que ninguém bata nela. Uma mulher bonita está com um sorriso no rosto olhando diretamente para o Noah. Não é sua mãe, eu nunca a vi antes, mas pelo uniforme vejo que trabalha na casa dos pais dele. O olhar também me diz que ela é apaixonada pelo meu noivo.
— Noah! - a voz animada e extremamente aguda me causa nojo
— Ann. - o moreno ao meu lado a cumprimenta educadamente, ele me envolve em seus braços, deixando sua mão descansando em minha cintura — Essa é a Lídia. - eu o olho e vejo um sorriso pequeno em seu rosto e eu gosto disso
— Oi. - a voz alegre e aguda dá lugar a uma voz dura e seca — Seus pais lhe esperam na sala de estar. - ela abre a porta e some de vista. Eu espero a certeza de não ter ninguém por perto para o olhar fixamente.
— Deixe-me adivinhar... - ele me encara, intercalando o olhar entre meus olhos e meus lábios — Você e ela já foram para a cama.
— Eu e a Ann? - vejo sua garganta se movimentar quando ele engole em seco — Algumas vezes.
— Desde que ela começou a trabalhar aqui, não foi? - eu reviro meus olhos — Apenas se certifique que ela não cuspa na minha comida.
— Pensei que você iria fazer um escândalo por conta disso. - eu dou de ombros — Você sempre me surpreende.
— Vamos logo que eu estou nervosa! - eu sussurro e ela ri entrando dentro da casa dos seus pais
Eu já estive aqui em um aniversário do Noah, continua sendo um dos lugares mais lindos que já vi, mas completamente diferente de quem eu sou. Na minha casa não se encontrará lustres de cristal, nem objetos de ouro ou quadros de pintores famosos que morreram bem antes de eu nascer. Não tem móveis de couro branco importado, tapeçaria turca, objetos de coleção ou vasos caríssimos. Na minha casa você vai encontrar móveis confortáveis, porta retratos com fotos espalhados por toda a sala, um tapete super macio que a Crystal deu de presente para minha mãe, copos de vidro desenhados, canecas que meus pais fizeram na aula de cerâmica. Nada comparado ao luxo excessivo que é visto na casa dos White.
— Vocês chegaram! - a voz animada da senhora White me faz sorrir mesmo que seja de nervoso. Ela sorri amplamente, com os lábios pintados de um vermelho escuro que estava ainda mais sua pele alva muito bem cuidado pelos seus cremes caríssimos
Dona Margaret caminha elegantemente até nós dois, para alguns passos a nossa frente e espera, calmamente, pelo seu filho de braços abertos. Noah não demora a ir de encontro a ela, a abraçando e parecendo uma criança pequena. Ela passa as mãos delicadas pelo rosto do filho, analisa cada centímetro de seu corpo e sorri a cada segundo.
— Fico feliz que estejam aqui. - ela se afasta de seu filho e me encara — A quanto tempo, Lídia!
— Realmente, senhora White. - ela me estende a mão e eu a seguro suavemente retribuindo o gesto e o sorriso
— Me chame de Maggie, Lídia. Somos uma família agora. - o sorriso que ela dá ao intercalar os olhares entre eu e o Noah me faz sorrir também
— Certo, Maggie. - ela amplia ainda mais o sorriso e se afasta dando espaço para passarmos
— O Tim está terminando uma ligação no escritório mas ele já vem. - ela se senta no sofá enorme branco, Noah me direciona a um outro sofá menor e sentamos um ao lado do outro, bem próximos, até demais — Me conte, estou ansiosa demais para saber como deixaram de serem amigos e se apaixonaram. - merda, não tínhamos pensando nessa parte
— Nós... - eu encaro o Noah com um leve medo mas ele não parece nenhum pouco preocupado, ao contrário, parece relaxado demais e eu me obrigo a fazer o mesmo
— Eu sempre a achei linda. - ele diz olhando diretamente para meus olhos — E sempre achei que ficaríamos perfeitos juntos. - a tranquilidade dele me acalma, faz com que meus poros deixem de exalar medo e sim paz, a mesma que ele exibe em seus olhos azuis vibrantes
— Mas levaram anos para isso acontecer, certo? - eu encaro a mãe do meu noivo e afirmo — Quando perceberam que se amavam?
— Eu precisei da ajuda dele. - eu digo tentando contar o mínimo de mentiras possível — Noah não exitou em me ajudar. - eu o encaro sorrindo — Nos aproximamos muitos desde então e foi impossível não se encantar por esses lindos olhos. - isso não é uma mentira
— São olhos realmente lindos, não são? - eu afirmo olhando para a Maggie — São exatamente como os meus.
— Realmente são. - eu reparo melhor nos olhos dela e sorrio. Mas, enquanto os dela são de uma superioridade incrível, os do Noah tem uma malícia que desperta tudo dentro de mim
— Espero não ter perdido muito. - o senhor White chama nossa atenção ao descer pelas amplas escadas e nós três nos levantamos a sua espera — Bela Lídia, como vai? - ele diz depois de beijar sua esposa e cumprimentar seu filho
— Eu estou bem e o senhor? - eu aperto a mão estendida dele e ele sorri
— Apenas Tim, minha querida. - eu afirmo com o mesmo sorriso que o dele — Vamos nos sentar? - voltamos a nos sentar e a ter uma conversa leve e educada
O jantar é bem mais tranquilo do que imaginávamos. Não tem nenhuma pergunta impertinente, nenhuma que nós dois não sabemos respondê-la sem realmente respondê-la. Não contamos muitas mentiras, talvez apenas sobre o quão apaixonados estamos e o quanto queremos compartilhar a vida no futuro, nada que fará mal a alguém num futuro próximo.
A comida deliciosa enche minha barriga e me deixa satisfeita. Claro que estranho comer comida francesa acompanhada de champanhe mas Tony e sua mania de rico me ajudaram a me acostumar com isso tudo.
— Bom, eu tenho que dizer uma coisa. - o senhor White, Tim, diz — Vocês formam realmente um casal bonito. - eu sorrio e olho para meu noivo
— Eu sempre achei isso! - a senhora Maggie diz e eu a encara com uma leve surpresa — Não me olhe assim, eu sempre soube quem era boa para o meu bebê!
— Mãe! - Noah parece envergonhado e eu rio
— Vem, vou te mostrar as fotos do Noah quando era pequeno. - ela me oferece a mão e eu não demoro nem mais um segundo para aproveitar essa chance
Subimos dois lances de escada até parar em frente a uma grande porta de madeira branca, dona Maggie a empurra e logo estamos em uma anti-sala toda decorada em branco e um rosa leve. Ela nos leva até um armário enorme e se estica até pegar uma enorme caixa sobre uma prateleira.
— Aqui está. - ela diz sorrindo e colocando a caixa sobre a mesinha de centro — Olha como ele era o bebê mais lindo do mundo! - ela me oferece um punhado de fotos antigas e ficamos por ali por mais tempo do que eu imaginava
— Nossa. - eu digo pegando uma foto onde está o Noah, o Tony, a Ivy e um bem pequenino Ethan Labarra — Eu não sabia que eles eram tão lindos nessa idade. - a risada dela é tão elegante quanto ela e é doce, parecendo realmente uma risada de felicidade
— Eles eram e ainda são. - eu confirmo — Eu achava que eles iriam acabar se separando com o tempo, a Ivy até ficou alguns anos sem estar junto deles, mas sempre foram assim. - ela aponta para a foto — Unidos, como uma família.
— Eles ainda são. - menos o Ethan, eu penso, meu amigo não parece tão próximo ao grupo como na foto — É realmente bonito ver que o tempo não acabou com a amizade deles.
— É mesmo. - eu fico olhando a foto por mais um momento — O Noah sempre colocou a vida dos outros antes da própria. - eu a encaro — Como você, Lídia.
— Eu? - eu franzo a testa
— Quando foi a última vez que você fez algo pensando exclusivamente em você? - eu me calo porque não sei responder — Eu via de longe você priorizando a vida dos outros e nunca a sua. - ela pega a minha mão e sorri levemente — Não é um julgamento, eu apenas estou dizendo para explicar o meu motivo de ver que vocês são perfeitos um para o outro. - eu afirmo mesmo sem saber sobre o quê — Eu vi meu filho deixando de viver o melhor da vida e via o mesmo prestes a acontecer com você, querida. - ela sorri tranquilamente segurando minha mão ainda — E você não faz ideia de como eu estou feliz por vocês dois estarem se permitindo viver a vida. E juntos. - ela ri — Eu não poderia escolher uma pessoa melhor para casar com meu filho.
— Eu não... - eu engulo em seco
— Eu sei o quão forte você é, Lídia, não poderia ser uma mulher que não aguentaria a loucura que é a vida do meu filho. Não pense que eu não sei o que ele apronta, eu sei bem. - ela parece realmente uma mãe preocupada mas feliz e eu não faço ideia de como reagir a isso — Tinha que ser uma mulher forte, Lídia, uma mulher que não o deixasse viver sem pensar nas consequências da vida. - ela acaricia minha mão me deixando um pouco mais relaxada do que essa conversa está me deixando — Eu estou tão feliz por vocês que não vejo a hora do casamento chegar.
— O casamento! - eu engulo em seco
— Eu faço questão de te ajudar em qualquer coisa que você precisar!
— Eu não... - eu nego querendo sair dessa sala o mais rápido que puder
— Eu sei, eu sei. - ela diz e por um segundo eu relaxo — Não vou fazer como a Elena e te excluir de tudo sobre seu casamento, sei que sua mãe vai adorar participar disso, mas eu também quero participar, está bem? - ela sorri e eu fico sem saber o que falar
Casamento? Como assim casamento? Noivado é uma coisa, casamento é outro bem diferente.
— Acabou de me envergonhar para minha noiva, mãe? - eu respiro aliviada quando ouço a voz do Noah, eu o olho e vejo ele com um semblante um pouco preocupado, mas ainda com um sorriso pequeno no rosto
— Ela amou ver o quão lindo você era, meu filho. - dona Maggie levanta e caminha até o filho o beijando no rosto
— Como sou, mamãe. - ele a corrige com um sorriso pequeno no rosto — Eu sou ainda mais gato do que quando pequeno. - eu sorrio vendo o carinho dos dois
— Há controvérsias, meu filho. - ela bate em seu peito levemente — Há controvérsias. - assim ela sai pela porta e some atrás das portas me deixando sozinha com o Noah
Ele me encara de um forma especulativa, procurando alguma coisa em mim e eu apenas dou de ombros. Bato no sofá ao meu lado e ele caminha até a mim, faz aquele charme todo que ele ama fazer e eu rio.
— Para de ser idiota e se senta logo. - ele ri e se esparrama pelo sofá, colocando seus braços sobre meus ombros
— Minha mãe te assustou? - a voz dele é baixa mas continua rouca e pecaminosa demais para minha sanidade aguentar
— Ela me falou sobre nosso casamento! - minha voz está assustada mas nada comparada ao seu rosto e isso me faz rir
— Do que você está rindo, sua maluca? Acha engraçado ter que se casar comigo?
— Acho engraçado essa sua cara feia, isso sim. - a mentira faz com que ele perca o rosto temeroso, ele agora tem um olhar chocado e o sorriso predador me deixa com a respiração presa
— Algo me diz que isso é mentira. - ele se aproxima ainda mais de mim e passa o nariz pela minha pele — Nunca te disseram que mentir é feio?
— Quer mesmo falar sobre como mentir é feio bem agora? - ele me puxa para si e, num piscar de olhos, estou sentada sobre suas pernas — Noah!
— Essa respiração pesada... - ele aspira meus cabelos — Eu não sei como resisto a você.
— Eu não...
— Noah! - Tim White, eu te devo uma. O pai do Noah nos grita e eu dou um pulo do seu colo — Noah, acho que chegou a hora!
— Salva pelo gongo, tigresa. - ele levanta do sofá, concerta o terno e me estende a mão — Quero te mostrar uma coisa. - eu seguro sua mão ainda desconfiada
— Sem tentar me beijar outra vez, idiota. - ele não diz nada, apenas sorri e me puxa para o andar de baixo
Seus pais estão sentados na sala, a mesma que ficamos antes, cada um com uma taça de champanhe na mão e sorrisos amplos em seus rostos. Eu fico sem entender, piora quando o Noah nos leva até o centro da sala, bem entre seus pais e me coloca a sua frente.
— Lídia. - ele respira fundo e abre um sorriso lateral — Eu te quis no dia em que te vi, no casamento do Tony e da Crystal, mas eu me lembro que esse belo rostinho não me dizia que você sentia o mesmo.
— Sem chances. - me lembro do dia e faço, possivelmente, a mesma cara que ele falou
— Mas as coisas mudam. Muito. - ele ri — E hoje estamos aqui, na frente dos meus pais e compromissados de uma maneira que nunca me imaginei estar.
— O que você... - ele pisca para mim mas isso não me diz muita coisa
— Você disse que precisava de um anel e, bom, não tem outro anel além desse que ficaria tão perfeito em seu dedo. - ele solta minha mão e pega a pequena caixa preta do bolso de dentro do terno, se ajoelha e eu arregalo meus olhos
— Eu estava brincando! - minha voz sai alta e tão assustada que tenho medo de perceberem meu medo real
— Mas não mentiu. - ele diz sorrindo e essa calma toda começa a me tirar dos nervos — Lídia Woods, você aceita ser minha noiva? - ele levanta uma sobrancelha quando eu não respondo nada e me forço a falar alguma coisa
— Sim. - eu engulo em seco e tento sorrir — Eu aceito. - ele parece satisfeito e abre a caixinha preta — Ai meu Deus! - o anel é, sem dúvida,no anel mais lindo que eu já vi e, vê-lo deslizar em meu dedo, faz com que tudo em mim vire uma confusão
— Beija, beija, beija! - dona Maggie bate palmas e pula como uma adolescente vendo um filme ao vivo e, só de pensar em ser beijada pelo Noah, eu fico ainda mais confusa
Noah se levanta calmamente, parecendo um leão prestes a atacar sua presa. Ele desliza a mão pelo meu braço até entrelaçar seus dedos nos meus. Ele não tem o sorriso de sempre no rosto, dessa vez ele apenas me encara fixamente a espera do que virá. Ele dá um passo para mais perto de mim, com a mão livre ele me puxa para si e eu tenho que inclinar meu rosto para trás para o olhar nos olhos. Lentamente Noah se abaixa e encosta os lábios nos meus, nada louco ou selvagem, apenas um encostar leve de lábios. Ele se afasta e pisca para mim não parecendo nenhum pouco afetado com o momento como eu.
— Parabéns! - eu pisco voltando a olhar para meus sogros. Eles estão abraçando o filho e logo vem até a mim e me abraçam emocionados — Desejo que sejam felizes. - senhor White me diz sorrindo — Bem vinda a família, minha querida.
— Obrigada, senhor White. - ele levanta uma sobrancelha e eu rio sem graça — Obrigada, Tim.
— Me diga quando encontrar sua mãe, querida. - minha sogra diz depois de me abraçar apertado — Eu quero participar de todos os detalhes dos preparativos, está bem?
— Mãe, se acalma, eu acabei de pedi-la em casamento. - Noah se põe ao meu lado abraçando a minha cintura
— E você acha que vai ficar noivo para sempre? - ela bate delicadamente no rosto do filho sorrindo — Não ouse em demorar para marcar a data ou eu mesma faço isso.
— Mãe! - ela não parece abalada, continua sorrindo amplamente
— Seu avô estaria orgulhoso. - ela diz sorrindo ao olhar para minha mão e eu franzo a testa — Ele comprou esse anel com o primeiro milhão que fez.
— Você me deu o anel da sua avó? - eu o encaro e ele apenas afirma — Por quê?
— Porque ela me deixou para esse momento, Lídia. - ele beija minha testa
— Vocês tem planos para a próxima semana? Poderíamos ir para Hamptons por dois dias, que tal? - ela nos olha com expectativa e eu encolho meus ombros por decepcioná-la
— Vamos para Seattle semana que vem. - eu olho para o Noah — Meus pais vai dar um jantar, lembra?
— Claro, baby. - ele beija meus cabelos e depois sorri — Poderíamos ir para Hamptons depois.
— Marcaremos. - o Tim diz e afirmamos todos
Algumas taças de champanhe depois Noah decide ir embora, os senhores White me fazem prometer voltar outras vezes e eu faço as promessas sentindo um aperto na garganta. Eu definitivamente não fui feita para mentir desse jeito.
Eu e o Noah nos despedimos com acenos e saímos da casa de mãos dadas. Ele não parece nenhum pouco interessado em soltar minha mão e, honestamente, nem eu. É confortável e me trás uma certa segurança. Surpreendentemente.
— Aqui. - ele abre a porta do carro para mim e eu sorrio em gratidão. Eu espero ele se sentar atrás do volante para deslizar o cinto de segurança pelo meu corpo — Gostou do jantar?
— Foi uma noite maravilhosa. - eu sorrio — Seus pais são incríveis. Eu amo sua mãe. - ele ri ligando o carro
— Ela definitivamente te ama também. - eu sorrio. Levanto minha perna até conseguir soltar a tira da minha sandália e depois respiro aliviada quando não tenho mais os saltos apertando meus pés — Confortável?
— Sim, eu estou. - eu sorrio e encaro seu perfil bonito — Você deveria ter me lembrando de trazer um chinelo ou guardar um aqui para mim. - eu resmungo e vejo quando ele não entende o que eu digo — Coisas normais para alguém que me conhece. Você deveria saber.
— Anotado, senhorita Woods. - ele sorri
— Futura senhora White segundo esse anel. - eu levanto minha mão com o anel e vejo ele brilhar mesmo na pouco iluminação de dentro do carro — Esse anel é o anel mais lindo que já vi em toda minha vida!
— É azul por causa dos olhos da minha avó. - eu o encaro — Meu avó comprou porque, assim que o olhou, lembrou da minha avó. Dos olhos dela, no caso.
— É da cor dos seus olhos também. - ele me olha rapidamente sorrindo — Eu vou gostar de olhar para ele e lembrar de você. - assim que a frase sai pela minha boca eu me arrependo — Quero dizer... - eu me perco em minhas desculpas e ouço a risada rouca do Noah
— Tigresa, tigresa, você está começando a brincar com fogo. - ele me olha rapidamente — Isso pode ficar perigoso.
— Eu sempre gostei de brincar com o perigo mesmo. - é, eu estou ferrada