Capítulo 11 - Lídia Woods

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— Doutora Lídia? - eu olho na direção da voz e sorrio ao encontrar a Rosa Gomez, uma das mais doces enfermeiras com quem já trabalhei

— Sim, docinho? - eu me despeço do cardiologista com quem estava conversando e me viro para ela — Em que posso te ajudar?

— Parece que você tem uma visita lá na recepção. - ela abre um sorriso — E é uma bela visita, chica. - ela deixa o sotaque argentino sair e eu sorrio com o jeito dela

— É um homem, pelo visto. - ela sorri animada e eu beijo sua testa antes de me despedir dela — Você precisa de um namorado, Rosita.

— Se quiser me apresentar seu amigo, eu estou a sua disposição. - eu reviro meus olhos e caminho em direção ao elevador

Aposto que o Ethan vai amar saber que a Rosita o acha uma "bela vista". Ele já a conhece a um tempo e eu até estranho ela não o chamar pelo apelido que só ela o chama: "ojos de gato".

Eu comprimento meia dúzia de pessoas pelo caminho, alguns enfermeiros sorriem e outros apenas acenam. Eu não tenho a mesma fama que o José tem. Claro, até porque não vou para cama com as mulheres daqui como o doutor Fraser.

— Alexa, você sabe me dizer onde está o Ethan? - eu pergunto para a recepcionista

— Eu não vi o Ethan por aqui não, doutora. - ela nega — Mas tem outra pessoa aqui querendo vê-la. - eu franzo a testa

— Não é o Ethan? - ela nega e aponta para alguém atrás de mim e eu me viro dando de cara com o Noah — O que você está fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa com os meninos?

— Não, eles estão bem. - ele me assegura e anda a passos lentos até a mim

— Então o que aconteceu? - ele se aproxima tanto de mim que eu tenho que levantar minha cabeça — Por que você está tão perto assim? - minha voz não passa de um sussurro e quase me bato por estar tão afetada com sua aproximação

— Precisamos conversar. - ele diz me olhando nos olhos — A sós. - eu tento respirar normalmente e tentar imaginar o que é que ele quer falar comigo — Podemos ir até o seu consultório?

— Claro. - eu engulo em seco — Alexa? - eu chamo a recepcionista e empurro de leve o Noah — Eu estarei no meu consultório por alguns minutos, está bem?

— Claro, doutora. - ela sorri e eu me viro indo em direção ao elevador

— Por aqui. - eu digo já longe dele porque, pelo visto, essa aproximação dele só me afeta e não gosto nada disso

Noah me acompanha em silêncio, se mantém a uma certa distância e minha sanidade agradece. Ele apenas fica me encarando com aqueles benditos olhos azuis que parecem ser especialmente feito para enlouquecer a mente feminina.

E por que eu estou pensando sobre isso agora? O que aconteceu comigo que não sinto mais nojo ao olhar para esses mesmos olhos? Por que logo agora eu sinto apenas desejo? Um escaldante desejo...

O elevador nos leva até o meu setor. Noah de mantém a alguns passos de distância de mim mas sinto sua presença me perseguindo. Parece que todo meu corpo se tornou consciente dele do nada.

Do.

Nada.

Literalmente.

— Olá, gostosa. - José, me para antes que eu consiga virar para entrar no meu consultório — Achei que estava lá na emergência hoje.

— E eu estou. - eu o encaro — Por que, está sentindo minha falta? - eu cruzo os braços e vejo o sorriso de predador que ele me lança

— Você sabe que eu sinto. - quando ele dá um passo na minha direção, eu dou um passo para trás e sinto bater minhas costas no peitoral do Noah

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