Capítulo 10 - Noah White

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Eu sabia que mulheres são doidas mas não fazia ideia de que elas são insanas. Não como a Lídia Woods.

Diarréia? Sério? Não tinha desculpa pior não? Ela bem que poderia ficar na dela e nada disso teria acontecido. Mas é a cara dela fazer algo assim.

Lídia é uma caixinha de surpresa. Ela uma hora é doce, como quando está com as crianças, outras ela é mais azeda do que limão. Eu as vezes fico sem entender ela, acho que nem ela se entende muito bem, mas é um desafio gostoso de se ter.

É uma coisa diferente para mim olhar para ela de longe. Não que eu a esteja perseguindo, mas ver o jeito que ela é de longe parece viciar mais do que qualquer tipo de droga ilícita.

— Você está sorrindo para a parede? - eu quase tenho um ataque cardíaco com a voz da Ivy

— Mais que merda, Ivy! - a risada que ela dá só me faz ter a certeza que ela fez isso de propósito

— Você estava tão bonitinho todo distraído aí que eu não pude resistir. - ela fecha a porta atrás de si e caminha pelo meu escritório — Parecia até estar todo apaixonadinho. - eu reviro meus olhos

— Você perdeu a cabeça. - eu volto a olhar para os papéis sobre minha mesa

— Eu sei muito bem o que eu vi, Noah. - eu dou de ombros

— Talvez você esteja precisando usar óculos e não sabe. - eu junto a documentação que estava lendo e coloco outra vez na pasta marrom

— Por que você está tão resistente em assumir que estava sorrindo ao pensar em alguém? - eu levanto meus olhos e a encaro, vendo seus lindos lábios se curvarem em um sorriso amplo — Em quem você estava pensando, Noah? Era em mulher, eu aposto!

— Essa aposta é bem ambígua já que eu só penso em mulher. - eu dou de ombros e encosto na poltrona usando minha mão para alisar meu queixo — Mas a curiosidade é para saber se é uma certa ruiva que permeiam meus pensamentos?

— Eu sei bem que não é. - ela se inclina sobre minha mesa e arrasta o tablet até estar a minha frente — É uma certa morena com sangue latino mesmo. - no tablet, para minha total surpresa, uma foto minha e da Lídia se destaca no início de uma matéria em um jornal popular

— O que significa isso? - eu pego o aparelho da mesa e leio a reportagem — Mas que merda!

— Esse aí é apenas o rascunho da matéria, Noah. - eu a encaro — Lembra do Jim Bennett? O repórter que ajudou o Antony naquela história do pai dele?

— Sim, claro, eu fui com o Antony conversar com esse cara. - eu falo me lembrando do cara rechonchudo e meio careca — O que tem ele?

— Ele envio esse email com uma frase meio capciosa. - eu levanto uma sobrancelha

— Que seria?

— “Quanto será que vale essa matéria?” - ela faz sinais de aspas com os dedos e eu bufo — Isso foi uma chantagem ou é impressão minha?

— Apenas negócios, Ivy. - eu me levanto e fecho o botão do meu terno — Ele deixou algum endereço?

— Não, nada além da frase e o arquivo da matéria. - eu bufo — O que você vai fazer? Vai deixar ser chantageado?

— Claro que não. - eu pego minha carteira e meu celular — Vou comprar esse tal jornal. - ela ri meio chocada mas vê que eu estou falando sério

— Vocês são tão mimados. - eu sorrio pelo jeito dela — Você realmente vai comprar o jornal?

— Não, vou resolver isso, não se preocupe. - eu beijo sua testa quando passo por ela e saio do meu escritório

Homem filho de uma boa puta! O que ele achou que eu iria fazer? Me render a uma chantagem idiota? Não é a primeira vez que fazem algo do tipo e nem é a primeira vez que uma matéria sobre um possível romance meu é publicado. Nada é uma novidade além da cara de pau do repórter idiota.

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