Capítulo 13 - Lídia Woods

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Que Noah White é rico, eu já sabia, mas que ele solta ouro pelos poros, eu não fazia ideia.

E eu que achava que o riquinho de merda era o Antony, errei feio.

Ele me mostra o estacionamento exclusivo, cercado por janelas de vidro, com uma decoração bem masculina, rock'n roll, nada parecido com o mauricinho Noah White.

Alguns seguranças estão parados no canto, com os olhos fixos em nós dois mas nos dando privacidade. Noah me apresenta a eles e todos apenas balançam a cabeça e eu os ofereço um sorriso. Ele me mostra a vista que a janela de vidro proporciona e me encanta o verde contrastando com o cinza do céu.

— Jack, a senhorita Norma, está em casa? - eu franzo a testa e encaro ele — Ela é minha governanta. - eu afirmo

— Sim, senhor. - o homem alto diz e eu o encaro

Eu preciso dizer que esses seguranças são uns gatos. O tal Jack tem um corte na sobrancelha que vai até o canto do olho, piora a cara de mal dele mas deixa ele uma delícia. Fica bem com o porte de armário dele.

— Para de olhar assim para meu segurança! - Noah parece extremamente puto e isso só me faz sorrir

— Ciúmes, baby? - antes que ele responda eu volto a encarar o segurança dele — Você é gato mas eu prefiro o Sven.

— Sven? - Noah quase grita e eu reprimo meu riso — O segurança da Crystal? Esse Sven?

— Sim, ele é o homem mais gostoso que eu conheço. - isso é uma mentira, já que o homem mais gostoso que conheço está bem a minha frente

— O homem mais gostoso que você conhece? - a sobrancelha arqueada faz com que a pequena mentira valha a pena — Vamos ver se é verdade. - a porta do elevador se abre e ele sai do mesmo entrando num hall todo branco exceto o piso de porcelanato negro

A porta grande e preta é aberta por um dos seguranças e entramos no seu humilde apartamento. Humilde, há.

O lugar é idêntico ao apartamento do Christian Grey, sério! O piso negro nos leva até a sala onde o negro dá lugar ao cinza queimado dois degraus abaixo, com a decoração em preto, cinza e branco deixa tudo tão espetacular que eu perco um pouco meu ar. As paredes todas são de vidro e a visão é ainda mais incrível daqui de cima.

— Gostou? - eu o encaro e ele parece meio incerto

— Se eu gostei? É incrível! - eu ando pela sala até chegar na parede para ver a vista — Olha isso! - eu fico tão encantada que começo a mostrar o apartamento para o próprio dono, como se ele não morasse ali a anos — Me desculpa, esse apartamento é seu, eu sei.

— Tudo bem. - ele sorri de uma forma diferente de todos os sorrisos que ele já me mostrou. É doce, fofo e não parece em nada com o Noah que eu sempre conheci — Eu gosto de saber que posso te deixar assim. - eu levanto uma sobrancelha — Maravilhada.

— E eu estou. - eu percebo que a atmosfera muda e eu me obrigo a parar com tudo isso — Queijo. - ele franze a testa — A pizza. - eu engulo em seco — Quero com muito queijo.

— Eu vou... - ele aponta para trás de si e franze a testa — Eu já volto. - ele sai sem esperar que eu responda algo

Eu me permito sentar na poltrona de veludo negro em frente a grande janela de vidro. O lugar é realmente incrível, parecendo um apartamento daqueles capas de revista, não parece um que alguém more.

— Eu posso te ajudar com algo? - a voz suave me assusta, não a ponto de me derrubar da poltrona, mas acelera meu coração

— Norma? - a mulher mais velha afirma e eu abro um sorriso contrastando com o rosto fechado dela — Estou bem, obrigada. - ela afirma me deixando sozinha na sala outra vez

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