My Best Mistake

By c_laais

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Por mais planos que você faça, por mais chances que você aposte, tudo pode desmoronar em menos de um segundo... More

Não conte a ninguém
Nos vemos mais tarde
3.
4.
Paulo Castagnoli
Nosso passado
Motivo
"Sempre"
Pesadelo
Nada nos impede
Isso é um pedido?
O nosso futuro
Banho de chuva
Apenas um sonho
Nosso novo "sempre"
"Amigos"
Vai ser tarde demais
Melhor pra nós dois
Seu sorriso
O intercâmbio
A ligação
Eu escolhi você
Eu amo você, sabia?
Longe de mim
Ok
Sem saída
FESTA!
Girando, girando.
"Senti sua falta"
Foi real?
Parar de fingir
Tchau, Nathan
De volta à você
PARTE 2!
Cap. 36
Nós vamos ficar bem
Ao seu lado
Feliz aniversário, Gabi
LONDRES?
Mesmo depois de tudo
Apenas sua

Não te perdi totalmente

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By c_laais

Continuei olhando para ele, sem expressar absolutamente nada em meu rosto. Balancei a cabeça, respondendo que não.

O "sempre" não existe mais. É como naquela frase que eu realmente não me lembro onde li: "alguns infinitos são maiores que outros".

Não posso dizer que fico feliz magoando-o assim, mas eu não quero dar esperanças a ele, não quando meu coração pertence a outra pessoa. Por hora, vou fingir que ele nem está aqui. Quem sabe assim nós evitamos essas perguntas.

Depois que todos terminaram de ler suas cartas, começamos a falar sobre isso. Não era uma conversa que pode-se chamar de organizada, afinal de contas, fazia anos que ninguém se via. Finalmente consegui conversar com a Jasmin, ela era minha melhor amiga na escola!

- Senti tanto a sua falta! - ela disse, me abraçando forte.

- Ai, nem me fale! Também senti sua falta. Uma pena que a gente more tão longe uma da outra - respondi, me afastando para podermos conversar.

Conversamos sobre como nossas vida mudaram desde a escola, sobre nossos namorados, enfim, sobre tudo! Amei ver ela de novo e saber que nossa amizade não mudou apesar do tempo e distância.

Queria continuar conversando com ela pelo resto da tarde, mas o pessoal decidiu fazer trilha e tivemos que ir trocar de roupa. Coloquei um short jeans claro, uma regata e tênis, como todas as meninas fizeram.

Meia hora depois, todo mundo já estava na varanda de novo e o pai do Caíque explicou que a trilha nos levaria até uma cachoeira, o que nos deixou ainda mais empolgados. Não que eu vá poder entrar na água, na verdade nem sei nadar. Mas acho que o passeio vai ser divertido.

- Bu! - Nathan exclamou, me abraçando por trás e eu levei um susto.

- Ei, você me assustou! - nós rimos e ele me deu um selinho.

Essas coisas simples que ele faz são as mais valiosas pra mim. E eu continuaria rindo com ele se não tivesse percebido que o Paulo estava olhando pra nós dois juntos.

- Você ta bem? - Nathan me perguntou quando viu minha expressão mudando de uma hora pra outra.

Olhei pra ele e demorei uns três segundos pra respondê-lo.

- Estou, eu só... Deixa pra lá, estou bem.

Por mais que eu já não amasse o Paulo, ver ele me olhando daquele jeito me faz sentir a pessoa mais cruel do mundo!

Dez minutos depois, estamos todos na entrada da trilha, que eu quero chamar de "corredor das pedras" por que foi a primeira coisa que veio a minha cabeça.

Não caminhamos nem trinta metros e eu tenho que começar a me xingar mentalmente por não ter passado repelente. Eu e o Nathan somos os últimos da "fila", dou graças porque o Paulo está lá na frente, junto com o Caíque.

Todo mundo fazia piadinhas durante o caminho, conversava e etc. Foi divertido apesar de todos os insetos que me atacaram. Não sei dizer por quanto tempo caminhamos, mas chutaria no mínimo uma hora e meia por causa das paradas para descansar.

Finalmente chegamos na cachoeira! É simplesmente uma das coisas mais lindas que eu já vi! A águas é quase cristalina e dá pra ver o fundo do rio. Ta, essa parte do fundo não me deixou muito feliz porque eu nunca aprendi a nadar.

Em poucos segundos, todos já estavam dentro da água, com roupa e tudo. Menos eu e o Nathan. Ele insistiu pra ficar comigo fora d'água mas eu consegui convencer ele que não me importava de ficar sozinha e seria até bom pra mim porque preciso pensar um pouco.

Não sei se ele aceitou ir por causa do calor que estava fazendo ou porque se lembrou de como eu estava mal depois do almoço. Mas enfim, consegui ficar sozinha.

A parte do "preciso pensar um pouco" era mentira. Tudo que eu mais quero é não pensar em absolutamente NADA. Mas pra isso, preciso de um lugar que não tenha mil insetos me picando. Comecei a observar o lago e a maneira como a pequena cachoeira desmoronava no mesmo. É simplesmente fantástico! Mas enquanto me concentro nisso, uma outra coisa me chama a atenção: a trilha de pedras que leva até a parte de trás da cachoeira!

Olho para os meus pés, pensando se é seguro ir saltanto de pedra em pedra para descobrir o que tem por trás daquela linda cascata de água. Na pior das hipóteses eu posso acabar caindo na água e várias pessoas vão estar lá pra me ajudar a sair.

Tiro os tênis e as meias e caminho até a primeira pedra. Primeiro piso nela com a ponta de um pé só, pra ver se está firme. Parece que sim. Continuo passando por cima das pedras da mesma maneira, sempre testando a firmeza de cada uma. Passar por elas seria bem mais fácil se não fossem tão escorregadias assim, mas consigo chegar onde quero.

Me molho praticamente inteira para atravessar para o outro lado da cachoeira mas tudo bem, o calor está acabando comigo.

É um pouco decepcionante descobrir que atrás de algo tão lindo, existe apenas uma espécie de caverna. Mas o lugar com certeza é mais fresco e calmo do que lá fora.

O que mais me impressiona é a iluminação, isso com certeza é o que fez o trajeto valer a pena; a luz do sol atravessa a água da cachoeira e forma um arco-íris no chão do local, fazendo a coisa toda parecer meio mágica.

A caverna em si é pequena, uns cinco metros quadrados eu diria. No fundo tem uma pedra bem grande que vai me servir de banco. Vou até ela e me sento de frente para a cachoeira, que derrama água descontroladamente no lado de fora. O arco-íris esparramado no chão é quase ipnotisante! As cores parecem dançar umas com as outras como se o som da cachoeira fosse a música de uma grande festa.

Me perco pensando nisso por uns quinze ou vinte minutos, até que o Paulo aparece na outra ponta da caverna e me encara com um "quase sorriso" no rosto. Minha mente demora vários e vários segundos pra entender que ele estava mesmo ali. POR QUE? Ele nunca vai me dar sossego enquanto estiver perto de mim?

- Posso entrar? - ele pergunta, ainda sem se aproximar.

- Como se você já não tivesse feito isso - respondo simplesmente.

Ele caminha até o fundo da caverna e se senta na pedra também, numa distânica respeitosa entre nós dois.

- Por que veio até aqui? - pergunto sem olhar pra ele.

- Eu vi você entrando e, sei lá, quis vir falar com você de novo.

Faço uma pausa antes de encará-lo e responder.

- Olha só, nós não temos nada pra conversar há muito tempo e - ele me interrompeu.

- Ah nós temos sim, Gabi. Você sabe disso.

Respiro fundo pra não começar a gritar com ele.

- Tudo bem então, Paulo - eu disse, tentando manter a calma mas já explodindo por dentro - sobre o que você tanto quer conversar?

Ele deu risada, como se fosse óbvio.

- "Sempre" ´responde ele, fazendo aspas com as mãos.

Ok, agora é minha vez de dar risada.

- Esquece isso. Não é mais verdade.

- É só uma questão de tempo até que seja.

Mil coisas passam pela minha cabeça quando ele diz isso. E o jeito como ele fala é tão normal, que a coisa toda parece simples de acontecer. Quando é que ele vai entender que eu tenho um namorado?

Ele percebe que eu não vou responder - pra variar - e começa a falar de novo.

- Ta, isso foi idiota, me desculpa.

- Tudo bem.

- Você não mudou nada desde o terceiro ano, sabia?

Um "quase sorriso" se abre no meu rosto também.

- Em que sentido você diz isso?

- Ah, em todos - ele ri - você continua teimosa e com a mesma mania de mexer na ponta da orelha.

- Acho que isso é algo que nunca vou parar de fazer - eu dou risada - mas eu não sou tão teimosa, nem vem.

- Aham, claro que não - ele revira os olhos de brincadeira e nós rimos juntos.

É no meio dessas risadas que penso que nossa amizade pode sobreviver apesar de tudo. E isso me deixa feliz de repente.

- Ta, mas você é que me provoca!

- Além de teimosa fica jogando a culpa em mim, que não te fiz nada!

Dou um soquinho no ombro dele e rimos.

- Fico feliz por saber que não te perdi totalmente - diz ele, sorrindo.

- Também fico - retribuo o sorriso.

Ficamos em silêncio por um bom tempo. Não tem muito o que dizer agora. Então me lembro de todas as pessoas que estão lá fora e o que o Nathan pode pensar se vir que estou aqui sozinha com o Paulo!

- Vamos voltar lá pra fora? - pergunto e ele assente.

Levantamos do "banco" e saímos da caverna. As pedras parecem estar ainda mais escorregadias agora que meus pés estão molhados.

Eu fui andando na frente, tentando ir rápido pro Nathan não nos ver, e por sorte ele está lá do outro lado junto com todo mundo, há uns trezentos metros de onde estou. E o plano dá certo, até que meu pé escorrega na quarta pedra e eu me desequilibro. Como o Paulo está duas pedras atrás de mim, não tem em quem me segurar e acabo caindo direto na água! Eu tento ficar com a cabeça na superfície mas não sei nadar e começo a me afogar na mesma hora!

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