Here today - John Lennon

By Dreamofme_001

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Anna voltou para o futuro contra a sua vontade e vai ter que aprender a lidar com a dor que isso a causou. C... More

We found her!
Quero ela de volta
O vazio
The dream
Pule!
1964
Deixe ela ficar!
Money! That's what I want
I'm sorry, so sorry
Tão perto mas tão longe
Dresses
Vamos para Glasgow
O show
You're back!
I'm yours
O que foi que eu fiz?
Hey
I can't wait!
Me, a model?
Discussão
I want you, I want you so bad
See you soon
Dia 14
Miami
Ensaio
Personagens
Beach
Entra Anna!
A Casa Do Milionário
New Beatles Girl?
A Anna voltou?
Let's eat!
Phone call
Você é linda
I like that you're broken, broken like me
What the fuck?
Now we wait
Really?
Eu tive uma ideia!
You too!
Two idiots in a bar
Strong temper
Aviso
You look stunning
Ritz
Para vizualizar
Hawaii
Caos
Bonjour, excusez-moi
Drinks
Te vejo hoje a noite
Premiere pt1
Premiere pt2
A vadia

I wanna go home

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By Dreamofme_001

Acordo com o sol batendo em meu rosto, já era de manhã.
Olho pela janela do carro e vejo um campo verde repleto de vaquinhas marrons.
Me espreguiço ainda com sono e olho Aug dirigindo ao meu lado. Ele parecia cansado, tadinho, dirigiu à noite inteira sem dormir, queria saber dirigir para ajudá-lo, mas eu não tenho carteira de motorista.
-good morning Aug.- lanço um sorriso.
-morning Ann.
-estamos chegando?-me permito fechar os olhos novamente.
-Em cinco minutos estamos lá.- ele da um sorriso cansado e de alívio.
-cool.
——
Chegamos em um lugar todo verde e repleto de flores. Por incrível que pareça dava para escutar som de ondas do mar. Na beira de um penhasco dava para ver a água batendo nas rochas, um mar azul e brilhante.
Eu e Aug carregávamos as malas pelo caminho de pedras até chegar na casa coberta por flores cor de rosa.
Era um lugar tranquilo e inspirador, John teria amado.
Não muito longe de nós uma senhorinha abre a porta da casa.
-August meu neto!- ela grita, era a avó dele.
-Oi vovó!- ele larga as malas e sai correndo até ela.
Enquanto eles se abraçavam eu pego as malas e as carrego.
-eu senti tanto sua falta August.-ela o abraçava e beijava.-Precisamos te engordar você está magrinho!
-oh não vovó eu estou gordinho isso sim.- ele beija sua bochecha.
Ela é uma senhorinha baixinha, com o cabelo bem curtinho que aparentemente amava tecidos floridos, já que usava um vestido e lenço floridos.
-You must be Anna.- ela se dirige a mim.
-Eu mesma! Muito prazer, senhora?- pergunto seu nome.
-Clarabeth mas pode me chamar de Clara.- ela pega em minhas mãos e sorri, um sorriso convidativo e acolhedor.
-muito prazer senhora Clara.- devolvo o sorriso na mesma intensidade.
-vem vamos entrando crianças!
Aug me ajuda com as malas.
A casa dela era linda repleta de cestinhas de madeira e plantas.
Na sala uma cristaleira com pratos muito bonitos.
Algumas fotos bem antigas, suponho que sejam do casamento da Clarabeth, em cima de uma prateleira. No canto perto da lareira uma vitrola e vinis encostados ao lado.
O sofá era branco com pequenas flores cor de rosa, as almofadas verde musgo e o tapete tinha cor de laranja surrado.
August larga as malas perto do sofá, eu faço o mesmo.
-vocês querem comer alguma coisa?- ela pergunta.- Eu fiz bolo de laranja.
-I'm starving granny.- ele se dirige a cozinha.
Eu o sigo, afinal eu ainda estou com vergonha de me sentir a vontade.
A cozinha era igualmente linda, com os armários brancos, cheia de janelas por onde o sol não tinha vergonha de entrar, tapetes verdes e várias pimentas penduradas em um canto.
Mais para o meio se encontrava uma mesa redonda já pronta para nos receber.
-aqui está querido.- a senhora coloca bolo e chá na mesa, logo se senta conosco.
-quer um pouco?- ele pergunta me oferecendo chá.
-por favor Aug.- estendo minha xícara.
Eu já estava com um pedaço de bolo no prato e meu chá na xícara.
Ele e sua avó conversavam animados sobre a fazenda e também sobre como Aug cuidava bem do hotel. Ela o parabenizava toda hora dizendo que ele era um menino iluminado.
-Aug eu nunca pensei que você se casaria com uma garota branca, mas eu estou tão feliz por vocês dois.-ela se dirige a nós.
Eu engasguei e soltei uma leve risada.
-Vovó nós somos melhores amigos, não vamos nos casar.-o rosto dele estava envergonhado.
-meu filho eu sei, estava só brincando com vocês.- ela soltou uma risada gostosa.-Eu sei que ela não faz o seu tipo.- pisca.
Suponho que ela saiba que ele é gay.
-Na verdade a Anna namora outro homem vovó.- ele sorri aliviado por sua avó estar brincando.
-Qual o nome do rapaz?- ela pergunta.
-his name is John.- solto um sorriso bobo ao falar sobre ele.
-not just John! John Lennon granny.- August da ênfase em Lennon. Eu o olho com um pouco de raiva.
-shut up Aug.- rosno entre os dentes.
-who?- ela pergunta. Achei estranho ela perguntar, mas logo lembrei que Beatles nessa época é coisa de adolescentes.
-the Beatles granny.-Aug a lembra.
-oh, the Beatles boy?-ela pergunta.
-yes, he's one of the Beatles.-Eu sorrio.
-you're a lucky girl.
-yeah I guess I am.- respondo educada.
Passamos um tempinho tomando chá e conversando. Perguntei a senhora Clara se ela morava sozinha, ela disse que não, disse que mora com sua sobrinha Jane.
Provavelmente prima do Aug.
——-

O sol já se punha, eu estava sentada na varanda apenas deixando o vento bater em meu rosto. Aug estava dormindo em seu quarto, estava cansado de mais para fazer qualquer coisa.
A tarde estava ficando fria e eu estava apenas de calça e camiseta, eu precisava de um casaco. Estava prestes a levantar quando a senhora Clara se senta na cadeira ao lado.
-quer um cobertor querida?- ela pergunta me oferecendo um cobertor repleto de pelinhos.
-por favor.- pego e logo me enrolo morrendo de frio.- obrigada.
Ficamos em silêncio por um tempo, ela me observava com um leve sorriso no rosto e um pouco pensativa.
-você parece exausta criança.- ela quebra o silêncio.
-exausta?-pergunto, afinal eu havia dormido a manhã toda!
-Sim, exausta. Está acontecendo alguma coisa?
-agora está tudo bem.- sorrio.
-mas tem algo estressante acontecendo não tem?- ela pergunta. Sinto que ela queria saber mais sobre mim, ou já sabia muito e só queria ter certeza.
-na verdade, tem sim.- falo ainda um pouco hesitante.
-what's the matter child?
-I-I don't know it's just... it's so difficult to be an adult y'know.- finalmente me solto.
-how old are you?- pergunta, sempre cheia de perguntas.
-I'm sixteen, mas faço dezessete daqui uma semana.
-você é uma adolescente! Porque tenta ser uma adulta?- ela solta uma pequena risada.
-Eu preciso ser adulta, eu não tenho família e meu namorado é mais velho.- dou de ombros.- E ter um namorado mais velho e famoso é muita pressão.
-você não precisa se sentir assim.- ela fala.-Viva a vida, aproveita que ele é mais velho e deixa ele tomar conta de você!
-ele consegue ser mais infantil que eu.- dou uma risada nasal.- E eu não quero depender dele.
-Esses homens de hoje em dia são tão bobões!- ela riu.- olha só para o August, não consegue nem fazer café!
Eu rio junto com ela.
-É só por isso que você está estressada?- ela me pergunta.
-quem dera fosse.
-vamos lá, conta pra vovó.-brinca.
-É uma longa lista, mas se você quer ouvir...
Contei a ela sobre John já ser casado e ter uma família, disse que isso me deixava com muito medo, medo de não ser adulta o suficiente para poder ajudá-lo. Disse também que eu estava desempregada e que eu não queria ser um pé no saco na vida do meu namorado e usar o dinheiro dele.
No final mas não menos importante falei sobre como era difícil não ter minha família por perto para me ajudar. E é lógico que eu não contei sobre eu ser do futuro.
Ela me ouviu e esperou para poder dar sua opinião.
-Sobre ele ser casado e ser famoso... talvez seja difícil para ele como qualquer separação é, mas você não precisa agir como adulta para ajudá-lo.
-oque eu devo fazer?- pergunto sem direção.
-deve ouvi-lo, compreendê-lo e deixar ele ser esse bebezão que você diz que ele é.- ela ri.
-você é incrível senhora Clara.
-E sobre você não ter um emprego, você é uma garota bonita logo arranja um.- fez uma pausa.- E se precisar de uma família, estamos aqui pra você.
-muito obrigada.- sorrio envergonhada.

Ficamos em silêncio novamente, acho que ela me deu um tempo para pensar.

-Ele já sabe que você está grávida?- ela quebra o silêncio com essa pergunta totalmente inesperada.
Nesse momento meu coração começa a bater rápido e minhas mãos ficam geladas, oque ela estava falando?
-oque?- rio de nervoso.
-Você está grávida não está?- ela pergunta sem entender.
-não que eu saiba.
-Eu nunca erro minha querida, eu consigo ver uma mulher grávida de longe!
Eu sinto o meu chão cair, minha mãos ficam geladas, minha cabeça começa a doer e meu estômago revirou.
Oque eu tinha acabado de ouvir?
Mas que porra?
Grávida? Até parece, não tem como. Usamos camisinha, não é possível.
Eu não lembro de alguma vez que não usamos camisinha.
Ok respira Anna, não é nada.
-uhm, Eu vou tomar um banho e já volto.- me retiro.
Eu vou esbarrando em quase todos os móveis da casa, minha mente está paralisada na
frase da senhora.
Chego em meu quarto e me jogo no chão. Com o rosto em meio às minhas mãos eu tentava regularizar minha respiração.
Eu não posso estar grávida, John vai surtar se isso acontecer. Mais um filho inesperado para ele? Ele já nem aguenta o filho que ele já tem, imagina outro! Isso não pode acontecer, não pode.
Eu tenho 16 anos, eu não posso ficar grávida! Como eu vou arranjar um emprego? Eu não tenho casa, não tenho dinheiro e o John ainda não se separou da Cynthia... Como vou lidar com tudo isso e um bebê?
Ele viaja quase toda a semana, como isso vai ser? Não vai dar certo! 
Nós usamos camisinha, ela não simplesmente estourou! Não da!
E se essa velha estiver certa? E seu estiver grávida? Minha vida tá  fodida.
——-
Já era noite e eu não tinha saído do meu quarto, fiquei deitada na cama desde que ela me falou aquilo.
Eu não conseguia parar de pensar! Minha ansiedade estava a milhão, mas graças a Deus minha respiração voltou ao normal.
Oque era para ser uma viagem tranquila se tornou um pesadelo.
Eu preciso sair daqui o mais rápido possível.
-Anna?- escuto alguém do outro lado da porta.- vem jantar.
Era August me chamando.
Eu não queria comer, mas eu também não queria ser mal educada.
Então eu me levantei e fui até a cozinha.
Quando entro no cômodo me deparo com uma mulher muito bonita. Sua pele é negra, ela  é alta, magra e tem olhos verdes. O sorriso dela é lindo assim como o de Aug.
-Ann this is my cousin Jane.- Ele nos apresenta.
-hi I'm Anna.- estendo a mão para ela.
-I'm Jane, oh my god you're so beautiful!- ela me elogia.
-ah muito obrigada Jane, você também é muito bonita.- fico sem graça.
Nós íamos jantar carangueijo e um pãozinho caseiro de cebola da senhora Clara.
Estava tudo com um cheiro tão bom... Acho que eu vou comer sim.
Já na mesa comendo o delicioso jantar, Aug comenta que eu namoro um Beatle e que eu sou modelo... Eu juro que não entendo porque ele conta isso para todo mundo, mas tudo bem.
Sua prima Jane ficou chocada quando ficou sabendo que eu namoro o John, porque ele era o beatle favorito dela. Então eu passei o resto do jantar respondendo as suas perguntas de fã... contra a minha vontade.
Ela ligou os pontos e lembrou que a garota no jornal, aquele fatídico jornal, era eu. Então suas perguntas só aumentaram, "ah mas ele não é casado?", "ele não tem um bebê?", "Ele vai separar da esposa pra ficar com você? Que romântico!"... obviamente eu não respondi todas, afinal eu precisava de privacidade na minha vida. No final eu pedi a ela que não contasse nada a ninguém... Mas a esse ponto quem liga? Eu não ligo, mais um problema na minha vida não vai fazer diferença.
———

No dia seguinte eu acordo com dor de cabeça pela noite mal dormida que tive.
A única coisa que eu queria fazer era sair de lá. Eu precisava resolver minha vida e precisava fazer isso agora.
Me levanto, visto uma calça , o casaco marrom que John deu para mim e uma bota que eu comprei na Biba.
Era uma manhã ensolarada mas fria. O som das árvores e plantas mexendo por conta do vento era tão alto que até ofuscava o canto dos passarinhos.
Eu procuro por August, mas ele não estava na casa. Eu decido procurar do lado de fora.
Andei pelos caminhos de pedra até o campo de flores, e nada, ele não estava lá. Ao longe avisto um seleiro de madeira, talvez ele esteja lá.
Sigo pelo caminho de pedras até a pequena construção.
Eu estava me sentindo agoniada, ansiosa e raivosa. Tudo oque me preocupava veio como uma onda em minha mente, eu me afoguei nesses pensamentos ruins.
Começo a correr, correr e correr, até não sentir mais minhas pernas. Eu preciso correr, sair daqui, esquecer tudo, eu quero sumir.

Eu tropeço e bato a cabeça no chão. Por um instante meu ouvido chiou, eu não escutava nada e via tudo ao meu redor girar.
Eu me sento e coloco as mãos cabeça na esperança que tudo volte ao normal.
Ainda tonta e desnorteada eu me levanto e volto a andar em direção ao seleiro.
Finalmente chego na porta, quando a abro me deparo com August beijando um garoto.
Finalmente o encontrei.
-Anna?- August se assusta quando abro a porta.
Eu sentia uma tremenda vontade de chorar. E foi oque eu fiz, eu chorei.
-I wanna go home.- Eu soluçava.
-oque aconteceu?- ele larga o garoto e vem até mim.-Oh my God, your head is bleeding!
Eu coloco a mão na cabeça e percebo que minha cabeça realmente estava sangrando.
Então eu desmaio.

Sumi mas voltei!!!

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