Uma garota sobrenatural

By oiyasw

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Uma dramática história sobrenatural de uma garota anjo e demônio que trabalhava em uma cafeteria de Stanford... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10

Capítulo 3

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By oiyasw

— Como assim? – A garota perguntava sem entender.
Como assim “Asas”?

— Calma, preciso que você se acalme. – A mãe disse passando as mãos levemente nas costas da filha que ainda se contorcia de coceira. — Não coça, desse jeito você pode machucá-las.

— Pode me explicar o que é isso? – A calma de Suzan deixava Mary furiosa.

— Filha, você é um anjo. – Ela diz ainda calma deixando Mary ainda mais furiosa.

— O que você está falando?

— Você é um anjo. Você sabe, seres celestiais de asas e auréolas.

— Você está de brincadeira comigo mãe?

— Não querida, seu pai também é um. – Ela diz surpreendentemente sorridente.

— E por que me contou isso só agora?

— Você nunca acreditaria. – Ela diz passando a mão nas costas de Mary.

— É, eu ainda não acredito... Isso dói muito!

— Suas asas estão se formando na pele uma hora ela vai se formar por completo e finalmente vai sair e vão estar prontas para estrear.

— E como eu vou usar minhas roupas?

— Quando não for usá-las elas ficaram na pele como se fossem um desenho. Mas vou avisando logo que, elas não aguentam ficar muito tempo dentro da pele, uma hora ou outra ela vai sair e não importa o que estiver na frente delas.

— E então quer dizer que meu pai tem isso?

— Não, ele não tem asas igual á você mas ainda tem os mesmos poderes.

— Eu tenho poderes?

— É capaz. Já que você é um anjo. E não é só isso.

— Como é? Me diz que tudo isso é um sonho e eu tô ficando maluca.

Mary não fazia idéia do que estaria acontecendo.

— Você tem o meu sangue, por tanto, você é um demônio também.

— Isso só fica pior á cada pergunta. – Mary começou á chorar. — Por favor, Mary acorda.

— Você não está sonhando Mary. Isso é real. Essas coisas existem.

— Agora só falta dizer que, depois das asas saírem terei que me mudar daqui e vou estudar em uma escola como em Hogwarts.

— Como adivinhou?

— O quê? Isso existe?

— Claro que existe, mas não é tão perto. E também não é Hogwarts, é óbvio. – Ela diz se levantando e colocando as roupas de Mary em uma mala.

— O que eu fiz pra merecer isso?

— Vai dar tudo certo querida. Continua deitada, eu arrumo suas coisas.

— Não, não vai. Olha pra mim! – Mary grita furiosa com lágrimas em seus olhos. — Eu não sou humana e de alguma maneira você omitiu uma coisa dessas pra mim durante todos esses anos. Estou completamente desesperada!
E o meu trabalho o que eu vou fazer?

— Vai sair, é simples.

— E o John... Ah, droga. – Mary choramingou.

— Vocês nem são tão amigos pare com isso.

— Não! Não vou parar! – A garota gritou com voz de choro. — Você nem liga não é? Minha vida tá um lixo e você nem se importa.

— Claro que me importo é por isso que quero te ajudar. – Suzan para de arrumar as coisas e consola a filha com um abraço apertado.

— Quando vou partir?

— Que tal de amanhã cedo?

— É, pode ser.

— Só que amanhã, antes de ir, pegarei minhas coisas no Starbucks, depois virei direto pra cá e vamos.

— Então vou terminar de fazer as suas malas enquanto você toma um banho pra tirar essa inflamação. — Vai dar tudo certo. – Suzan disse e beijou a testa da filha carinhosamente.
Durante o banho quente e longo, Mary entrou no chuveiro, a água percorria por toda sua pele á deixando mais relaxada. Seus cabelos presos um coque para prevenir que molhassem, a água atingia a região de seu ferimento que estava sensível, mas não sentia tanta dor como antes por conta da água.
Vestiu seu pijama quente e deitou-se. Depois de tantos minutos "lutando" contra seu próprio corpo pegou no sono.
De manhã, ainda sentia fortes coceiras, mas resistiu e fez suas higienes matinais indo para o trabalho pegar suas coisas.

— Bom dia May. – Steve disse alegre, mas seu sorriso desmanchou quando percebeu que faltava algo em Mary. O uniforme.

— Bom dia Steve. Bom, acho que você reparou que eu não estou usando meu uniforme.

— É percebi, aconteceu alguma coisa? – Steve perguntou enquanto limpava as vidraças.

— Eu vou embora.

— O quê? – Ele disse parando de limpar.

— Eu vou embora. Decidi tomar um rumo diferente pra minha vida...

— Mas tão repentino?

— Sim... Você me ajudou muito durante todo esse tempo, mas eu acho, que agora eu preciso de um pouquinho de aventura. Não acha?

— Sim. – Ele sorriu um pouco triste. — Pode pegar suas coisas eu vou fazer o acerto. – Steve foi até os fundos voltando com o contrato de Mary. – Esqueceu de me avisar como chegou em casa ontem.

— Eu acabei esquecendo. – Mary disse nervosa e ansiosa.

— Mary, você vai sair daqui atrás de algo melhor. Não é? – Ele pergunta olhando nos olhos dela que não paravam em um ponto fixo.

— Creio que sim, Steve.

— Espero mesmo.

— Tá bom. – Mary sorriu fraco e pegou seus pertences em seu armário onde estavam. Depois de guardar tudo em uma grande caixa de papelão, assinou o papel e finalmente seguiu rumo até sua casa. Mas enquanto seguia o caminho, e menos esperou, sentiu esbarrar em algo derrubando a caixa com seus objetos pessoais.

— Cuidado! – Reconheceu o garoto era um dos amigos de John.

— Você é um dos amigos de John, não é?

— É, eu sou o Ash.

— Oi. – Mary disse sorridente, mas um tanto desfavorável. — Será que poderia dizer ao John, que eu não vou trabalhar hoje e perguntar se ele não pode passar na minha casa? – Mary perguntava enquanto pegava seus pertences que haviam caído, Ash ajudou a garota.

— Ah claro. – Ele sorriu.

— Obrigada, tenho que ir agora, tchau.

— Tchau. – Ashton disse e seguiu seu caminho ainda olhando pra trás.

Mary andou calmamente até a sua casa, a caixa parecia pesar cada vez mais por conta do cansaço, fora o incomodo da coceira em suas costas que aparentava não ter fim.

Ao chegar, abriu a porta com suas chaves e viu que a casa estava vazia, seus pais estavam no trabalho. Pegou suas malas já feitas pela mãe e descer as mesmas com muita dificuldade até o final da escada

— Querida? – Suzan, sua mãe apareceu.

— Mãe, já chegou? – Perguntou Mary olhando o horário em seu celular.

— É, a gente vai hoje, não é? Eu preciso te levar.

— Ah, certo. – Disse Mary acariciando as costas que estava ardendo muito.

— Como está? – Sua mãe colocou as mãos em suas costas.

— Não sei Tô evitando olhar pra isso. Só sei que dói muito. – Disse Mary com lágrimas nos olhos.

— Vamos dar uma olhada. – Sua mãe ajudou á tirar a blusa ficando apenas de sutiã novamente e viu pelo espelho que o desenho estava quase completo só faltava as pontas, estava mais vermelho, parecia ser uma alergia grave.

— Ai, meu Deus. – Sua mãe disse pausadamente. — Ela está quase completa, você precisa ir á escola o mais rápido possível!

— Como? Não! – Mary vestiu a blusa rapidamente. — E se o John aparecer?

— Eu lamento. – Sua mãe disse olhando no fundo de seus olhos Mary que não aceitou o fato.

— Mãe, mas...

— Querida, não temos o que fazer. – Suzan diz e vem a dor repentina nas costas de Mary. Que grita agonizando.

— Tá bom, vamos logo. Só faz isso parar.

Suzan, sua mãe. Jogou as malas atrás do carro ao lado de Mary e colocou as chaves no contato. Seguiram uma estrada longa e perdida, coberta por neblina. Era assustador.
Através da janela, deitada no banco do carro trazeiro de barriga pra cima, Mary observava os corvos nos tocos de árvores.
E aos poucos, começou a alucinar. Apareceram algumas espécies assustadoras, como pássaros com caldas de dragão, tartarugas andando em alta velocidade, lebres com marfins de mamute.

— Chegamos? – Mary disse já cansada de ficar dentro do automóvel e com dor. O suor pingava de seu rosto.

-— É. Parece que sim. – Suzan disse ao ver o grande portão de metal com cerca de 15 metros de altura. Saíram do carro pegando as malas feitas por Suzan.

— Olá? – Suzan chamou por alguém á espera que algum humano aparecesse.

— Posso ajudar? – Uma mulher alta, de pescoço longo, mas com o rosto conhecido por Mary apareceu, a garota ficou surpresa.

— Dona Marta? – Ela perguntou ao identificar os traços da senhora.

— Estou um pouco diferente não é? – A mulher saiu do lado de dentro do portão, a neblina fechava o lugar, não conseguia ver o que havia após o portão alto.

— Muito. A senhora está tão bonita. Como conseguiu ter essa aparência tão jovem?

— Digamos que eu sou como você, só que com mais habilidades e mais poderes.

— O quê? Como assim?

— Eu sei de tudo querida. Você é metade demônio e metade anjo. É uma novidade histórica, isso nunca havia acontecido durante esses últimos anos. Podemos entrar e eu posso te explicar melhor.

— Não estou muito á vontade com isso.

— Por favor, Mary. – Marta pede.

— Ok, mas, me dê um minuto?

Ao ouvir isso olhou pra sua mãe que estava com lágrimas nos olhos.

— Vai dar tudo certo, nos veremos de novo. – Suzan disse, e abraçou a filha sem apertar, pois poderia machucar as costas de Mary que estavam sensíveis.

— Adeus mãe.

— Adeus... Filha. – Suzan deu um beijo na testa de Mary em seguida deixou que a filha acompanhasse Dona Marta. Observou Mary até o último instante que pôde.

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