Capítulo 3

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— Como assim? – A garota perguntava sem entender.
Como assim “Asas”?

— Calma, preciso que você se acalme. – A mãe disse passando as mãos levemente nas costas da filha que ainda se contorcia de coceira. — Não coça, desse jeito você pode machucá-las.

— Pode me explicar o que é isso? – A calma de Suzan deixava Mary furiosa.

— Filha, você é um anjo. – Ela diz ainda calma deixando Mary ainda mais furiosa.

— O que você está falando?

— Você é um anjo. Você sabe, seres celestiais de asas e auréolas.

— Você está de brincadeira comigo mãe?

— Não querida, seu pai também é um. – Ela diz surpreendentemente sorridente.

— E por que me contou isso só agora?

— Você nunca acreditaria. – Ela diz passando a mão nas costas de Mary.

— É, eu ainda não acredito... Isso dói muito!

— Suas asas estão se formando na pele uma hora ela vai se formar por completo e finalmente vai sair e vão estar prontas para estrear.

— E como eu vou usar minhas roupas?

— Quando não for usá-las elas ficaram na pele como se fossem um desenho. Mas vou avisando logo que, elas não aguentam ficar muito tempo dentro da pele, uma hora ou outra ela vai sair e não importa o que estiver na frente delas.

— E então quer dizer que meu pai tem isso?

— Não, ele não tem asas igual á você mas ainda tem os mesmos poderes.

— Eu tenho poderes?

— É capaz. Já que você é um anjo. E não é só isso.

— Como é? Me diz que tudo isso é um sonho e eu tô ficando maluca.

Mary não fazia idéia do que estaria acontecendo.

— Você tem o meu sangue, por tanto, você é um demônio também.

— Isso só fica pior á cada pergunta. – Mary começou á chorar. — Por favor, Mary acorda.

— Você não está sonhando Mary. Isso é real. Essas coisas existem.

— Agora só falta dizer que, depois das asas saírem terei que me mudar daqui e vou estudar em uma escola como em Hogwarts.

— Como adivinhou?

— O quê? Isso existe?

— Claro que existe, mas não é tão perto. E também não é Hogwarts, é óbvio. – Ela diz se levantando e colocando as roupas de Mary em uma mala.

— O que eu fiz pra merecer isso?

— Vai dar tudo certo querida. Continua deitada, eu arrumo suas coisas.

— Não, não vai. Olha pra mim! – Mary grita furiosa com lágrimas em seus olhos. — Eu não sou humana e de alguma maneira você omitiu uma coisa dessas pra mim durante todos esses anos. Estou completamente desesperada!
E o meu trabalho o que eu vou fazer?

— Vai sair, é simples.

— E o John... Ah, droga. – Mary choramingou.

— Vocês nem são tão amigos pare com isso.

— Não! Não vou parar! – A garota gritou com voz de choro. — Você nem liga não é? Minha vida tá um lixo e você nem se importa.

— Claro que me importo é por isso que quero te ajudar. – Suzan para de arrumar as coisas e consola a filha com um abraço apertado.

Uma garota sobrenaturalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora