UM AMOR PARA ETERNIDADE

By Jaqueline_Carvalho69

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Um passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 31

CAPÍTULO 30

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By Jaqueline_Carvalho69

                  DOMINIC FALCÃO

O frio estava presente em todo o meu corpo, a dor física que eu estou sentindo nem se compara com a dor no meu coração por ver Mariana passando por toda essa situação. Escutar o seu choro descontrolado e sentir suas lágrimas pingando em mim só faz quebrar ainda mais o meu mundo. Suas mãos estão frias, trêmulas, sujas de sangue, a respiração fora de controle e eu não consigo fazer nada. Merda!

Meus olhos estão pesados e eu ainda continuo lutando para não os fechar, eu quero ver o rosto dela, mesmo com a visão embaçada e pouca luz eu quero ver os olhos da mulher que amo, o olhos castanhos mais lindos que já vi. Mas agora tudo dói... E dói numa proporção que não consigo mensurar. Tudo gira, e aos poucos vai sumindo. Só escuto de forma quase inaudível a voz de Mariana pedindo pra eu não deixá-la, e eu não quero deixar essa mulher. Mas o meu corpo nega o seu pedido e cede a escuridão.

               MARIANA ASSUNÇÃO

Aproximadamente vinte minutos após os assaltantes terem saído levando uma boa quantia de dinheiro do restaurante, Caio chegou ao local com uma equipe que nunca tinha visto antes, os trajes eram totalmente táticos, junto com eles também vieram uma equipe médica que logo prestaram atendimento a Débora e Dominic, e a polícia local.

Ambos foram levados as pressas para um hospital particular, e agora estou aqui, sentada no banco de um carro que parece uma rocha de tão blindado a caminho do hospital ao lado de um homem que também está sofrendo.

Caio dirige calado, e apesar da minha dor eu consigo sentir a dor dele. Seus olhos estão concentrados na estrada, mas vejo quando uma lágrima escorre pelo cantinho do seu olho e dessa vez ele permite cair.

Encolhi ainda mais o meu corpo no banco e choro baixinho. Ainda não consigo acreditar no que aconteceu, foi tudo tão rápido e assustador que pareceu ser uma cena de filme.

— Ele vai sobreviver Mari, o Dom é forte. – ele faz um afago no meu ombro e logo se concentra novamente.

— Tinha muito sangue, e ele não tava respirando. – digo entre os soluços do choro.

— Eu vi, mas ele vai sobreviver, ele tem que viver, porra Dom! – Caio esmurra o volante, deixando a ira sair.

Tentei me manter forte o tempo todo, mas não dá, não dá mais, eu não consigo. Eu preciso colocar pra fora toda dor e medo que estão acumulados em mim. A quem estou tentando enganar? Eu vi o sangue, eu senti seu pulso parar e a sua respiração falhar. Eu vi seus olhos, o azul mais lindos que já vi, fecharem com o peso da dor e o seu coração já não batia com tanta força. Ele tava partindo nos meus braços.

— Onde está a minha filha? – pergunto por Melissa enquanto enxugo as lágrimas que não param de rolar.

— Está na sua casa com a Bruna, as deixei dormindo quando saí. Também deixei dois seguranças da minha confiança para cuidarem da sua casa. Não sabemos se foi um simples assalto ou se foi armação contra Dominic e o Roberto.

— Armação? Mas quem faria isso?

— Vamos descobrir. Como um grande advogado e empresário, o Dominic têm alguns desafetos que adorariam se vingar, já o Roberto eu não sei muito sobre ele. Mas sei que é um homem de negócios.

— Por isso tinha seguranças que nunca vi na porta. Eles usavam o roupas parecidas aos dos assaltantes.

— São as mesmas pessoas Mariana, quem contratou a equipe de segurança pode estar por trás do roubo. Quando recebi o alerta do Dom já sabia que tinha acontecido alguma merda grande.

— Alerta?

— Usamos um botão de alerta na maioria dos relógios, isso faz parte do código de segurança da minha equipe. Só usamos em situações extrema de perigo e o Dom nunca tinha acionado antes.

— É muita informação pra minha cabeça.

— Em outro momento eu te falo sobre isso, Mariana. De fato é muita coisa.

O silêncio tomou conta do restante do percurso até o hospital. Meus pensamentos estão desordenados e mau consigo raciocinar algo sobre isso agora. Sei que pessoas poderosas podem ter inimigos, mas quem seria capaz de fazer algo assim ao Dominic e ao Roberto? E também tem a Débora, que tomou um tiro. Ela poderia ter morrido hoje. Meu Deus!

[...]

Assim que Caio estacionou eu pulei do carro e corri para a recepção do hospital olhando para todos os lados.

— Como ele está? – pergunto para a mulher atrás do balcão, ela me olha confusa.

— Boa noite, qual o nome do paciente por favor? – a recepcionista pergunta de forma calma e educada.

— Dominic Falcão. Ele deu entrada aqui, não foi?

— Mari, deixe isso comigo. – Caio passa a minha frente e conduz a situação.

— Não tem nenhum Dominic Falcão nos registros, senhor.

— Deve ser o homem baleado que chegou às pressas. Não deu tempo de registar. – ouço outra pessoa dizer.

— Não deu tempo porquê? – pergunto.

Meu coração foi acelerando mais que o normal, e os meus sentidos foram se misturando. A visão foi ficando turva e o mundo parecia girar na minha cabeça.

— Mariana, ele está na sala de cirurgia. Por isso não deu tempo de registar. Vem cá.

Caio me guia até um banco e me dá um copo de água.

— Eu quero ver ele, Caio. Por favor!

— Eu vou fazer o registro dele primeiro e depois vamos procurar o médico responsável pelo caso.

E assim foi feito, Caio registrou o Dominic no hospital, e reservou um apartamento para descansarmos enquanto o médico não aparecia.

Mas quem disse que consigo descansar.

— Vá tomar um banho Mari, tirar esse sangue das mãos, deve ter pijamas ou algo assim nessas gavetas, vou pedir pra alguém trazer roupas pra você. – Caio fala assim que os seguranças abrem a porta do quarto para entrarmos.

A equipe dele está aqui no andar da ala cirúrgica, caso algum jornalista ou qualquer outra pessoa sem autorização tente chegar perto.

Olho ao meu redor e não consigo conter o choro. Caio me abraça e também chora comigo.

— Tudo bem, pode chorar. – ele diz afagando meu cabelo.

— Estou com medo Caio, eu não quero perder ele.

— Se ele está na sala de cirurgia, significa que ele ainda está lutando para sobreviver. Vamos ter fé, Mariana.

Já havia passado cerca de duas horas desde que chegamos ao hospital, Dominic ainda estava na sala de cirurgia, e nenhum médico deu notícias até então. Toda essa demora estava me matando de uma forma brutal.

Como Caio havia dito, trouxeram uma bolsa com roupas para mim, provavelmente foi a Bruna quem preparou, já que são roupas minha. Tenho que agradecer a ela por estar cuidando de Melissa nesse momento. A minha menina nem faz ideia do que aconteceu, e também não precisa saber. Ela é uma criança, e essas coisas não devem chegar aos ouvidos dela.

Depois do banho, me vesti com uma calça de tecido e uma camiseta. Calcei as pantufas do hospital e saí do quarto.

— Não precisa vir atrás de mim. – falei quando um dos seguranças do Caio se aproximou.

— Ordens do senhor Caio, senhora. – ele responde.

— Tudo bem. Vou procurar uma das vítimas do assalto no andar de baixo.

— Vou acompanhar de forma discreta. – ele guarda a pistola no coldre e me segue.

— Obrigada.

Entro no elevador e aperto o botão do andar em que a Débora está e aguardo chegar até lá.

Para cada andar tem uma recepção.

— Débora Albuquerque. – informo a recepcionista.

— Ela já está no quarto, o apartamento doze.

— Obrigada.

Respiro com calma e bato na porta. Um dos seguranças abrem e logo sou identificada e liberada por ele. O Caio colocou segurança em todo lugar.

— Mariana! – ela parece surpresa com a minha visita.

— Como você está? – pergunto.

— Agora estou bem, vou ter uma cicatriz horrorosa na perna, mas nada que uma plástica não dê jeito.

— Como consegue ser tão fútil? Você quase morreu com aquela atitude idiota. O cara atirou em você criatura.

— Eu sei, ainda bem que foi de raspão, já já estarei novinha em folha.

— Espero que fique bem Débora, de verdade. Que este dia sirva de aprendizado para alguma coisa.

— E ele, como está o Dominic? – meus olhos enchem de lágrimas, mas não caem.

— Lutando! – respiro fundo.

Enxugo as lágrimas e saio do quarto. Eu vou enlouquecer sem notícias dele.

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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.

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