UM AMOR PARA ETERNIDADE

By Jaqueline_Carvalho69

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Um passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31

CAPÍTULO 23

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By Jaqueline_Carvalho69

Aniversário de Melissa...

              MARIANA ASSUNÇÃO

A Mel hoje acordou antes do despertador, corria de um lado para o outro como um furacão desgovernado. Até entendo. Eu também ficaria assim se fosse meu aniversário. Essa criança está crescendo tão rápido que dá um aperto no coração. Se eu pudesse colocava dentro de um potinho e guardava no meu coração.

Seis anos! Ela já tem seis anos. Nossa!

Tantos obstáculos pra chegar até aqui meu Deus. Tantas decepções, mas também houve muita luta, determinação e fé. Como é bom saber que todo aquele medo que tive quando descobri a gravidez hoje é apenas amor por essa pessoinha.

A gestação foi de longe a parte mais difícil comparado ao o pós parto, rejeição da família e um bebê que se comunicava apenas com choro.

Lembro como se fosse ontem o primeiro banho que dei em Melissa, passei uma eternidade para colocar aquele corpinho pequeno na água com medo de estar muito quente ou muito fria, e foi incrível quando finalmente parei de chorar e comecei a banhar ela. Melissa gostava da água, tava morninha, ela sugava os dedos das mãos mostrando tranquilidade. Com o passar dos dias fui pegando jeito e adaptando as técnicas que aprendia na internet.

Em dias de cólicas eu chorava junto com ela na maioria das vezes. Achava tão injusto ela sentir dor só porque comi um pedacinho de chocolate, até parei de comer chocolate na época, mas depois aprendi que tudo era questão de equilíbrio.

E o famoso salto de desenvolvimento? Nossa! Essa fase com certeza dura até hoje. Melissa é muito serelepe.

Hoje, o amor da minha vida faz seis aninhos. Minha grande guerreira, minha dose diária de amor e força.

Como havíamos combinado, mandei Melissa para a casa de uma amiguinha pra poder arrumar tudo sem pressa, porque ela estava ansiosa e já queria furar o bolo com o dedo, abrir os presentes que meus pais mandaram. Eles não vêm, eu já estou acostumada com a ausência deles na minha vida, mas a Mel não, ela não tem culpa e nem deveria se sentir abandona pelos avós maternos.

Por falar nisso, será que Dominic já encarou os pais sobre isso? Afinal eles receberam a carta que mandei anos atrás, pelo menos é o que acho.

Karol fez questão de vir me ajudar já que milagrosamente o restaurante hoje não irá funcionar. Hoje é dia de revisão geral dos aparelhos da cozinha, sistema de segurança, refrigeração e outras coisas internas.

Todo mundo liberado, em pleno domingo. Só pode ser obra de alguém lá de cima. Obrigada!

A campainha toca e já sei que é a minha amiga surtada. Os gritos não negam, ela é a tia maluca da Melissa já que não tenho irmã ou irmão pra esse posto.

— Bom diaaaaaaa... – abro a porta e me deparo com várias caixas em seus braços.

— Esse seu bom humor vai ajudar muito na arrumação, bom dia flor. Quer um café?

Tudo que vamos usar estava dentro das caixas pronto pra fazer a decoração mais linda do mundo, do jeitinho que a Mel pediu.

— A minha dose de café já ultrapassou o limite hoje, mas eu aceito. – Karol ama café.

— Café nunca é demais. Vem, pode ficar a vontade. – pego algumas caixas e ponho no chão.

— Obrigada.

— O maior trabalho vai ser tirar todos os móveis da sala, já que não tenho tanto espaço. – digo.

A minha casa não é tão grande como as dos vizinhos, quando meus pais compraram na época tínhamos o objetivo de usá-la apenas em momentos especiais, viagens, mas quando fui expulsa de casa por meu pai foi ela que me restou. Pelo menos tive um lar aconchegante, que foi ficando do meu jeitinho com o passar dos dias.

— Então mãos a obra querida porque hoje vai ter uma festa, e eu quero comer bolo.

— E eu quero comer coxinhas.

Preferi fazer a festa em casa, ao contrário de Dominic, que queria alugar um salão enorme com palhaços, pula pula, piscina de bolinhas e até um carrinho de algodão doce. Pra quê? Serão apenas os amigos mais próximos da Mel, alguns professores que ela fez questão de chamar e os bichinhos de pelúcia que ela tanto ama.

Um salão de fato não seria necessário.

— Vamos aproveitar e colocar as fofocas em dia. – Karol adora uma fofoquinha. E eu também.

— Não tem nada para fofocar sua maluca. Aliás...

— Ah! Mari, fala sério?! Um gato daqueles caidinho por você e você diz que não tem nada? Eu acho que vocês tem tudo, atração física, paixão, tesão... Pode começar a falar agorinha mesmo.

— Tá, tá bom. – me rendo a sua curiosidade.

— Vai mulher fala logo, antes que eu comece a roer minhas unhas.

— Quanto exagero amiga.

— Aquele homem com toda certeza deve ser um belo de um exagero mesmo. Aí ai, Brasil!

Sim, um delicioso exagero.

— Nós estamos nos acertando, aos poucos, com muita calma. – um sorriso bobo escapa dos meus lábios. Poxa!

— Hum... Já vi tudo.

— Hum, o quê dona Karol?

— Essa carinha de quem está apaixonada e não é pouco, viu.

— Dessa vez eu acho que concordo com você, amiga. Ele desperta sentimentos em mim. – digo sorrindo.

— Soltem os fogos, abram as portelas. Finalmente amiga. – Karol começa a sambar e chacoalhar os braços.

— Dominic está se mostrando um homem incrível e a cada dia ele me surpreende mais. Muito diferente de quando éramos adolescentes.

Realmente ele está me surpreendendo. Está sendo paciente, cauteloso, romântico e não menos importante, um belo sedutor. Ah, seu cheiro...

As coisas estão fluindo tão bem, que se melhorar estraga.

— Terra chamando Mariana, oi?

— Hum?! O quê?

— É, você está fodidamente apaixonada pelo cabeludo. Mas volta pra terra e foca aqui.

— É por isso que eu amo você.

[...]

Finalmente tudo estava pronto, menos a Karol e eu.

Depois de um banho caprichado eu comecei a me produzir. Por ser um "evento" onde a maioria do público vai ser criança, eu escolhi uma roupa leve e que não me impeça de fazer movimentos rápidos. Visto meu macacão na cor terracota de alças finas, de tecido algodão e sem decote.

Calcei meus sapato muller na cor branco com detalhes dourados, pus meu colar e brincos combinando e um relógio no pulso que tenho há anos.

Minhas unhas estavam sem esmaltes e a essa altura do campeonato nem louca que eu pintaria.

Tirei a toalha do cabelo e passei o secador o mais rápido que consegui, é nessas horas que agradeço pela genética do cabelo liso. Fiz uma maquiagem leve com um pouco de corretivo e sombra brilhosa nos olhos, coloquei um pouco de rímel pra ficar mais chique e um batom clarinho, só pra tirar a palidez da boca. Pronta!

— Uau! – Karol e seu exagero.

Mais confesso, estou bonita sim.

— Uau, digo eu amiga. Que vestido lindo. Está querendo impressionar Alguém?

— Não, estou bem, sossegada quanto a isso. – Karol sossegada é uma novidade.

— Sei, conta outra que eu vi você e o Felipe trocando olhares ontem pelo corredor.

— Ele é gatinho. Mas, nunca é demais estar linda e bela pra si.

— Errada não está. Nossa, que arraso amiga.

— Obrigada. Mas a senhora está sim um verdadeiro espetáculo.

— Senhora não Karol, por favor.

— Senhora sim, senhora Falcão.

Ela pega a escova de cabelo e começa a imitar uma noiva carregando um buquê.

— Nem brinca com isso mulher.

— Hunrrum, sei.

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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.

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